O que já Respondi aos que me Perguntaram?

1. Respostas a Um "Testemunha de Jeová" (10/11/2024)

1. Pergunta: A Segunda Vinda de Cristo já ocorreu de forma invisível em 1914, conforme ensinam as Testemunhas de Jeová?

Resposta: A doutrina da suposta "Segunda Vinda Invisível de Cristo em 1914" foi propagada principalmente pela Sociedade Torre de Vigia, organização que rege as Testemunhas de Jeová. Esse ensino tem origem nos cálculos escatológicos de Charles Taze Russell, fundador do movimento dos Estudantes da Bíblia, que mais tarde se transformou nas Testemunhas de Jeová.

A Origem do Ensino de 1914: Charles Taze Russell era influenciado por interpretações proféticas adventistas e pelo cálculo cronológico de John Aquila Brown (1823), que tentava estabelecer datas para eventos escatológicos. Russell adotou a interpretação de que os "sete tempos" mencionados em Daniel 4:16 referiam-se a um período de 2.520 anos, começando em 607 a.C. (data que eles afirmam ser a destruição de Jerusalém, embora arqueologicamente isso seja refutado) e terminando em 1914 d.C.

Russell inicialmente ensinava que, em 1914 o Reino de Deus seria visivelmente estabelecido na Terra e que Cristo voltaria fisicamente. No entanto, quando isso não aconteceu, a doutrina foi reformulada por seu sucessor, Joseph Rutherford, para afirmar que a volta de Cristo havia ocorrido de forma invisível e espiritual, e que Ele havia começado a reinar nos céus a partir daquele ano. Essa mudança foi necessária para justificar a falha da previsão original.

A Segunda Vinda Segundo a Bíblia: As Escrituras ensinam que a Segunda Vinda do Senhor Jesus será visível, poderosa e acompanhada de sinais inconfundíveis, o que contrasta totalmente com a ideia de um retorno invisível em 1914:

  • Visível para todos: "Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo os que o traspassaram" (Apocalipse 1:7).
  • Gloriosa e repentina: "Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem" (Mateus 24:27).
  • Será sete anos após o arrebatamento da Igreja ao céu: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Tessalonicenses 4:16).


2. Pergunta: O mundo começou a ser destruído em 1914 e Zacarias 13:8-9 já está se cumprindo?

Resposta: O argumento de que o mundo começou a ser destruído em 1914 e que isso corresponde à Segunda Vinda de Cristo é um erro grave de interpretação bíblica e histórica. Vamos analisar cuidadosamente os pontos levantados e confrontá-los com o ensino correto das Escrituras.

A Noção de que 1914 Marcou o Início da Segunda Vinda é Infundada. O Senhor Jesus advertiu que haveria guerras, fomes, terremotos e tribulações ao longo da história, mas que "ainda não é o fim" (Mateus 24:6). A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi, sem dúvida, um evento terrível, mas não pode ser considerada como o início do governo messiânico ou da "presença invisível" de Cristo.

A Bíblia afirma que quando Cristo voltar, Ele será visto por todos (Apocalipse 1:7). Isso ainda não aconteceu, o que demonstra que a teoria da vinda invisível é falsa.

Zacarias 13:8-9 – O Contexto é a Grande Tribulação, Não 1914. Este trecho diz que "dois terços serão exterminados" e "o terço restante será purificado como prata". Isso não tem nenhuma relação com eventos de 1914, mas sim com o futuro juízo de Deus sobre Israel na Grande Tribulação.

A interpretação correta deste texto aponta para a purificação dos judeus fiéis no final da tribulação, preparando-os para entrar no Reino Milenar. A destruição mencionada aqui não é uma referência à Primeira Guerra Mundial, mas à perseguição final contra Israel, culminando na salvação de um remanescente fiel.

Salmo 37:8-11 – A Paciência e a Esperança no Reino Futuro. O Salmo 37 não trata de uma destruição mundial específica, muito menos de 1914. Ele ensina que os ímpios terão um fim, mas isso acontece no tempo determinado por Deus, quando Cristo estabelecer Seu reino na Terra.

A promessa de que os mansos herdarão a terra (v. 11) será cumprida quando Cristo vier visivelmente reinar, não quando um grupo humano decide reinterpretar a história de forma arbitrária.

Apocalipse 11:15-18 – O Sétimo Anjo e o Reinado de Cristo. Este texto descreve o momento em que o Senhor Jesus toma posse do Seu Reino de forma real e visível, o que ainda não aconteceu. As nações ainda não se tornaram plenamente "do Senhor e do Seu Cristo" (v. 15), pois o domínio mundial de Cristo se dará apenas após Sua vinda em glória.

A ira de Deus mencionada aqui (v. 18) está associada ao juízo final sobre os ímpios e à recompensa dos justos – nada disso ocorreu em 1914.


3. Pergunta: Charles Taze Russell foi um verdadeiro profeta de Deus?

Resposta: Charles Taze Russell fez várias previsões que falharam, incluindo a de que Cristo voltaria visivelmente em 1914. Quando a previsão não se cumpriu, a doutrina foi reformulada para afirmar que Cristo havia voltado "invisivelmente". Deuteronômio 18:22 declara que um profeta que erra em suas predições não foi enviado por Deus.

Além disso, Russell teve um histórico de controvérsias e fraudes, como a venda do chamado "trigo milagroso" e a alegação falsa de que sabia grego, sendo desmascarado em tribunal. Essas evidências indicam que ele não era um verdadeiro profeta, mas sim um líder religioso com ensinos falhos e enganosos.


4. Pergunta: O ensino da Trindade é bíblico ou foi uma invenção posterior?

Resposta: A doutrina da Trindade não foi uma invenção tardia, mas sim um ensino bíblico desde os tempos apostólicos. O próprio Senhor Jesus ordenou o batismo "em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mateus 28:19).

Textos como 2 Coríntios 13:13 mostram claramente a distinção entre as três Pessoas divinas, e passagens como João 1:1, João 20:28 e Hebreus 1:8 afirmam explicitamente a divindade de Cristo. Além disso, Atos 5:3-4 apresenta o Espírito Santo como Deus.

A Trindade não significa três deuses, mas um único Deus em três Pessoas distintas, conforme revelado nas Escrituras.


5. Pergunta: O Senhor Jesus ensinou que Sua volta seria invisível?

Resposta: Não. Em nenhum momento das Escrituras o Senhor Jesus ensinou que Sua Segunda Vinda seria invisível. Pelo contrário, Ele enfatizou que seria um evento visível para todas as pessoas da Terra.

  • "E então verão vir o Filho do homem nas nuvens, com grande poder e glória." (Marcos 13:26)
  • "Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo os que o traspassaram." (Apocalipse 1:7)
  • "Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem." (Mateus 24:27)

A Bíblia ensina claramente que a volta do Senhor será repentina e gloriosa, com sinais inconfundíveis. A teoria da volta invisível em 1914 é uma distorção das Escrituras.


6. Pergunta: Se Cristo não voltou em 1914, o que realmente aconteceu nesse ano?

Resposta: O ano de 1914 foi marcado pela eclosão da Primeira Guerra Mundial, um evento trágico na história humana. No entanto, isso não tem qualquer relação direta com a Segunda Vinda de Cristo.

O ensino das Testemunhas de Jeová sobre 1914 foi baseado em cálculos errôneos, que afirmavam que Cristo voltaria fisicamente para estabelecer Seu Reino. Como isso não ocorreu, a doutrina foi ajustada para dizer que Ele voltou de maneira invisível. Esse tipo de reformulação demonstra a fragilidade da interpretação.


7. Pergunta: Charles Taze Russell foi um profeta verdadeiro ou um falso profeta?

Resposta: A Bíblia ensina que um profeta verdadeiro jamais erra em suas previsões, pois Deus não mente:

  • "Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele." (Deuteronômio 18:22)

Russell fez várias previsões falhas:

  1. Previu que o mundo terminaria em 1914.
  2. Depois disse que 1914 foi apenas a "volta invisível" de Cristo.
  3. Afirmações sobre 1918 e 1925 também falharam.

Se suas previsões falharam, então ele se enquadra no conceito bíblico de falso profeta.


8. Pergunta: A Trindade é um ensino antibíblico?

Resposta: A doutrina da Trindade não foi uma invenção tardia, mas está fundamentada na Bíblia:

  • "Batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo." (Mateus 28:19)
  • "A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós." (2 Coríntios 13:13)

A Trindade não ensina que há três deuses, mas sim um único Deus que subsiste em três Pessoas distintas.


9. Pergunta: Se a Trindade é bíblica, por que Jesus disse que o Pai é maior do que Ele?

Resposta: O Senhor Jesus, enquanto estava na Terra em Sua encarnação, assumiu uma posição de servo:

  • "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade." (Colossenses 2:9)
  • "Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens." (Filipenses 2:7)

Isso significa que, durante Sua missão terrena, Ele estava temporariamente em uma posição de submissão ao Pai. Isso não nega Sua divindade, mas mostra Sua obediência e humildade.


10. Pergunta: As Testemunhas de Jeová afirmam que Jesus é o arcanjo Miguel. Isso é bíblico?

Resposta: A Bíblia nunca ensina que Jesus é Miguel. Na verdade, Jesus é claramente apresentado como Deus:

  • "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (João 1:1)
  • "Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!" (João 20:28)

Os anjos são criaturas de Deus, enquanto Jesus é o Criador:

  • "Porque nele foram criadas todas as coisas." (Colossenses 1:16)

Portanto, identificar Jesus como o arcanjo Miguel é um erro doutrinário.


11. Pergunta: A Bíblia ensina que Jesus é uma criatura ou o próprio Criador?

Resposta: A Bíblia ensina claramente que Jesus não é uma criatura, mas o Criador de todas as coisas. As Testemunhas de Jeová ensinam que Jesus foi criado como um ser inferior a Deus Pai, mas isso contraria o que as Escrituras declaram:

  • "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (João 1:1)
  • "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele." (Colossenses 1:16)

Se todas as coisas foram criadas por Ele, então Ele próprio não pode ser uma criatura. O ensino de que Jesus foi criado é um erro doutrinário grave.


12. Pergunta: A Tradução do Novo Mundo da Bíblia, usada pelas Testemunhas de Jeová, é confiável?

Resposta: A "Tradução do Novo Mundo" (TNM) foi produzida pela Torre de Vigia, sem qualquer respaldo de estudiosos sérios da Bíblia. Diferente das traduções baseadas nos manuscritos originais, a TNM foi alterada intencionalmente para apoiar as doutrinas das Testemunhas de Jeová.

Erros graves incluem:

  • João 1:1 – "O Verbo era Deus" foi alterado para "O Verbo era um deus", diminuindo a divindade de Cristo.
  • Colossenses 1:16 – Inserção da palavra "outras", inexistente no original, para tentar mostrar que Jesus foi criado.
  • Hebreus 1:6 – A remoção da ordem para que os anjos adorem a Jesus.

Nenhum estudioso sério de grego e hebraico reconhece essa tradução como autêntica. É uma versão distorcida da Bíblia.


13. Pergunta: A salvação depende de pertencer a uma organização religiosa específica?

Resposta: As Testemunhas de Jeová ensinam que apenas aqueles que fazem parte da organização Torre de Vigia podem ser salvos. No entanto, a Bíblia ensina claramente que a salvação é pela graça mediante a fé em Cristo, e não pela afiliação a uma instituição humana:

  • "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie." (Efésios 2:8-9)
  • "E em nenhum outro há salvação; porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (Atos 4:12)

Nenhuma organização humana pode garantir a salvação. Apenas Cristo salva.


14. Pergunta: As Testemunhas de Jeová afirmam que o inferno não existe. Isso é verdade?

Resposta: As Testemunhas de Jeová negam a existência do inferno e ensinam que os ímpios simplesmente deixarão de existir. No entanto, a Bíblia ensina que o inferno é um lugar real de tormento eterno:

  • "E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna." (Mateus 25:46)
  • "E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre." (Apocalipse 20:10)

A doutrina de aniquilação dos ímpios contradiz a clara mensagem bíblica sobre o juízo eterno.


15. Pergunta: As Testemunhas de Jeová ensinam que só um grupo limitado de 144 mil pessoas irá para o céu. Isso é bíblico?

Resposta: A Torre de Vigia ensina que apenas 144 mil pessoas irão para o céu, enquanto o restante dos fiéis viverá na Terra. No entanto, essa interpretação é equivocada.

  • Apocalipse 7:4 menciona 144 mil israelitas selados, pertencentes às 12 tribos de Israel, não um número fixo de cristãos que irão para o céu.
  • A Bíblia ensina que a promessa da vida eterna é para todos os que creem em Cristo, não apenas para um grupo seleto:
    • "Na casa de meu Pai há muitas moradas." (João 14:2)
    • "E aquele que crê em mim tem a vida eterna." (João 6:47)

O ensino de que apenas 144 mil vão para o céu é uma distorção do livro de Apocalipse.


16. Pergunta: A Bíblia ensina que Jesus foi pregado em uma cruz ou em uma estaca?

Resposta: As Testemunhas de Jeová ensinam que Jesus foi pregado em uma estaca vertical e não em uma cruz. No entanto, as evidências bíblicas e históricas mostram que Ele foi crucificado em uma cruz:

  • "E disse-lhes Tomé: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos..." (João 20:25) – O plural "cravos" indica que Jesus teve ambas as mãos pregadas separadamente, algo impossível em uma estaca.
  • A palavra grega "stauros", usada para descrever a cruz, pode significar tanto um poste como uma cruz tradicional. A evidência arqueológica confirma que os romanos usavam a cruz como forma de execução.

A doutrina da estaca foi criada para se distanciar do cristianismo tradicional, sem base bíblica sólida.


17. Pergunta: A Bíblia ensina que o Espírito Santo é apenas uma força impessoal?

Resposta: As Testemunhas de Jeová ensinam que o Espírito Santo é uma "força ativa de Deus" e não uma Pessoa divina. No entanto, a Bíblia apresenta o Espírito Santo como um ser pessoal e divino:

  • O Espírito Santo fala e ensina: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, ensinar-vos-á todas as coisas." (João 14:26)
  • Ele pode ser entristecido: "E não entristeçais o Espírito Santo de Deus." (Efésios 4:30)
  • Ele tem vontade própria: "Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer." (1 Coríntios 12:11)

O Espírito Santo é Deus, não uma força impessoal.


18. Pergunta: As Testemunhas de Jeová afirmam que Jesus não deve ser adorado. Isso é correto?

Resposta: As Testemunhas de Jeová ensinam que Jesus não deve ser adorado porque afirmam que Ele não é Deus. No entanto, a Bíblia ensina que Jesus recebeu adoração legítima:

  • "E eis que Jesus lhes saiu ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram." (Mateus 28:9)
  • "E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram." (Mateus 28:17)
  • "E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem." (Hebreus 1:6)

Se Jesus aceitou adoração e os anjos foram ordenados a adorá-Lo, então Ele é digno de adoração. Negar isso é contrariar a Bíblia.


19. Pergunta: Jesus é subordinado ao Pai em essência ou apenas em função?

Resposta: A Bíblia ensina que Jesus, enquanto esteve na Terra, assumiu uma posição de submissão ao Pai, mas isso não significa que Ele seja inferior em essência:

  • "Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens." (Filipenses 2:7)
  • "Eu e o Pai somos um." (João 10:30)
  • "Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai." (João 5:23)

Jesus, em Sua natureza divina, é igual ao Pai. Sua submissão durante Seu ministério terreno foi voluntária e funcional, não essencial.


20. Pergunta: As Testemunhas de Jeová afirmam que o nome "Jeová" deve ser usado exclusivamente. Isso é bíblico?

Resposta: Embora o nome "Jeová" seja usado na tradução das Testemunhas de Jeová, a forma correta do nome de Deus no hebraico é YHWH (Tetragrama). A Bíblia usa vários nomes para Deus, incluindo:

  • "Emanuel" – "Deus conosco." (Mateus 1:23)
  • "Pai nosso." (Mateus 6:9)
  • "Senhor dos Exércitos." (Isaías 47:4)

O Novo Testamento não enfatiza um único nome, mas revela Deus em Cristo. Insistir em um único nome como requisito para salvação não tem base bíblica.


21. Pergunta: Se as Testemunhas de Jeová possuem a verdade, por que mudaram tantas doutrinas ao longo do tempo?

Resposta: As Testemunhas de Jeová alegam ser a única organização com a verdade absoluta, mas sua história mostra várias mudanças doutrinárias:

  • Ensinaram que o fim do mundo ocorreria em 1914, depois mudaram para 1925, depois para 1975.
  • Ensinaram que a geração de 1914 veria o Armagedom, depois mudaram essa interpretação.
  • Já proibiram vacinas e transplantes de órgãos, depois revogaram essas proibições.

A verdade bíblica não muda, pois "a palavra do Senhor permanece para sempre." (1 Pedro 1:25). Mudanças frequentes provam que essa organização não tem autoridade divina.


22. Pergunta: O ensino das Testemunhas de Jeová sobre a destruição das igrejas cristãs é bíblico?

Resposta: As Testemunhas de Jeová ensinam que todas as igrejas cristãs fazem parte da "Babilônia, a Grande" e que devem ser destruídas. No entanto, a Bíblia ensina que Cristo tem um povo verdadeiro entre os cristãos fiéis em todas as igrejas:

  • "E eu também te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." (Mateus 16:18)
  • "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." (Mateus 18:20)

Deus tem um remanescente fiel dentro das igrejas cristãs. A ideia de que todas as igrejas são falsas e apenas uma organização humana detém a verdade é um ensino sectário.


23. Pergunta: As Testemunhas de Jeová ensinam que a alma não é imortal. Isso é correto?

Resposta: As Testemunhas de Jeová negam a imortalidade da alma e ensinam que a alma deixa de existir após a morte. No entanto, a Bíblia ensina que a alma continua existindo após a morte:

  • "E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo." (Mateus 10:28)
  • "E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos." (Lucas 16:22-23)

A alma é imortal e tem destino eterno, seja no céu ou no inferno. Negar isso é rejeitar o ensino claro das Escrituras.


24. Pergunta: O que acontece com aqueles que seguem ensinos falsos?

Resposta: A Bíblia adverte severamente contra seguir falsos mestres e ensinos que distorcem a verdade:

  • "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos temos anunciado, seja anátema." (Gálatas 1:8)
  • "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências." (2 Timóteo 4:3)

Seguir falsas doutrinas pode afastar uma pessoa da verdadeira salvação em Cristo. É fundamental basear a fé somente na Bíblia e não em interpretações humanas distorcidas.


25. Pergunta: As Testemunhas de Jeová afirmam que Jesus voltou invisivelmente em 1914. Isso é verdade?

Resposta: A doutrina da "volta invisível" de Jesus em 1914 é uma invenção das Testemunhas de Jeová baseada em cálculos errôneos. A Bíblia ensina que a volta de Cristo será visível e gloriosa:

  • "E então verão vir o Filho do Homem nas nuvens, com grande poder e glória." (Marcos 13:26)
  • "Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo os que o traspassaram." (Apocalipse 1:7)
  • "Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem." (Mateus 24:27)

Não há base bíblica para uma volta invisível de Cristo. Esse ensino foi criado para justificar a falha da profecia de que Ele voltaria fisicamente em 1914.


26. Pergunta: O ensino de que apenas 144 mil irão para o céu é correto?

Resposta: As Testemunhas de Jeová ensinam que apenas 144 mil pessoas irão para o céu, enquanto os demais viverão na Terra. No entanto, essa interpretação de Apocalipse 7:4-8 está errada.

  • Apocalipse 7:4 menciona 144 mil selados das 12 tribos de Israel, indicando um grupo específico, não um número fixo de cristãos que irão para o céu.
  • Jesus prometeu vida eterna a todos os que creem Nele:
    • "Na casa de meu Pai há muitas moradas." (João 14:2)
    • "E aquele que crê em mim tem a vida eterna." (João 6:47)

Não há base bíblica para limitar o número de pessoas que estarão com Cristo na glória celestial.


27. Pergunta: As Testemunhas de Jeová dizem que a cruz é um símbolo pagão e que Jesus morreu em uma estaca. Isso é verdade?

Resposta: A doutrina da estaca solitária é uma invenção moderna das Testemunhas de Jeová e não tem base histórica ou bíblica. A evidência mostra que Jesus foi crucificado em uma cruz:

  • "E disse-lhes Tomé: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos..." (João 20:25) – O plural "cravos" indica que Jesus teve ambas as mãos pregadas separadamente, algo impossível em uma estaca.
  • O termo grego "stauros" pode significar tanto um poste vertical quanto uma cruz.
  • Evidências arqueológicas mostram que a crucificação romana utilizava a cruz tradicional, não uma estaca única.

O ensino das Testemunhas de Jeová sobre a estaca foi criado para se distanciar do cristianismo tradicional, mas não tem fundamento bíblico.


28. Pergunta: As Testemunhas de Jeová negam que Jesus é Deus. O que a Bíblia ensina?

Resposta: As Testemunhas de Jeová ensinam que Jesus é apenas um ser criado e inferior a Deus Pai. No entanto, a Bíblia afirma claramente que Jesus é Deus:

  • "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (João 1:1)
  • "Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!" (João 20:28)
  • "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade." (Colossenses 2:9)

Jesus é plenamente Deus e digno de adoração.


29. Pergunta: As Testemunhas de Jeová ensinam que só elas são o povo de Deus. Isso é bíblico?

Resposta: A Bíblia ensina que o verdadeiro povo de Deus é formado por todos aqueles que têm fé em Cristo, não por uma organização específica:

  • "Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus." (Gálatas 3:26)
  • "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (João 8:32)
  • "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." (Mateus 18:20)

O ensino de que apenas uma organização religiosa pode ser salva é uma forma de controle humano e não tem base bíblica.


30. Pergunta: As Testemunhas de Jeová dizem que a humanidade será dividida em dois grupos: os 144 mil no céu e os "outros" na Terra. Isso é correto?

Resposta: Essa doutrina não tem fundamento bíblico. A promessa bíblica para os salvos é a vida eterna com Cristo, sem distinção de classes:

  • "E Deus limpará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor." (Apocalipse 21:4)
  • "Na casa de meu Pai há muitas moradas." (João 14:2)
  • "E aquele que crê em mim tem a vida eterna." (João 6:47)

A Bíblia não ensina uma divisão de classes entre os salvos, mas sim uma única esperança para todos que seguem a Cristo.


31. Pergunta: As Testemunhas de Jeová afirmam que o Espírito Santo é apenas uma força impessoal. Isso é verdade?

Resposta: As Testemunhas de Jeová ensinam que o Espírito Santo é uma "força ativa de Deus", negando que Ele seja uma pessoa. No entanto, a Bíblia ensina claramente que o Espírito Santo é um ser pessoal e divino:

  • O Espírito Santo fala e ensina: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito." (João 14:26)
  • Ele pode ser entristecido: "E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção." (Efésios 4:30)
  • Ele tem vontade própria: "Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer." (1 Coríntios 12:11)

A Bíblia apresenta o Espírito Santo como Deus, com características e ações que não podem ser atribuídas a uma simples força impessoal.


32. Pergunta: As Testemunhas de Jeová proíbem transfusões de sangue. Isso é bíblico?

Resposta: As Testemunhas de Jeová afirmam que aceitar uma transfusão de sangue é contra a vontade de Deus, baseando-se em passagens do Antigo Testamento sobre a proibição de comer sangue (Levítico 17:10-14). No entanto, essa interpretação está errada:

  • A proibição em Levítico referia-se a ingestão de sangue como alimento, não a procedimentos médicos.
  • Jesus ensinou que salvar vidas é mais importante do que seguir tradições religiosas: "Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes." (Mateus 12:7)
  • A vida está no sangue (Levítico 17:11), e uma transfusão não equivale a um consumo alimentar, mas a um transplante de um tecido vital para preservar a vida.

Proibir transfusões de sangue com base em uma interpretação errada da Bíblia tem causado a morte de muitas pessoas desnecessariamente.


33. Pergunta: As Testemunhas de Jeová ensinam que Jesus e o arcanjo Miguel são a mesma pessoa. Isso é correto?

Resposta: A Torre de Vigia ensina que Jesus é o arcanjo Miguel, mas essa crença não tem fundamento bíblico. A Bíblia mostra diferenças claras entre Jesus e Miguel:

  • Jesus é adorado: "E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem." (Hebreus 1:6)
  • Jesus tem autoridade suprema: "E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai." (Filipenses 2:11)
  • Miguel é descrito como um anjo que luta (Daniel 10:13), enquanto Jesus é Deus e Criador (Colossenses 1:16).

Nenhum texto bíblico afirma que Jesus e Miguel são a mesma pessoa. Esse ensino é uma tentativa de diminuir a divindade de Cristo.


34. Pergunta: O batismo realizado pelas Testemunhas de Jeová é válido?

Resposta: O batismo cristão deve ser realizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme ordenado por Jesus:

  • "Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo." (Mateus 28:19)

O batismo das Testemunhas de Jeová, no entanto, é feito em nome de uma organização e não da Trindade, tornando-o inválido. Além disso, o batismo cristão é um compromisso com Cristo, enquanto o batismo das Testemunhas de Jeová envolve submissão à Torre de Vigia.


35. Pergunta: As Testemunhas de Jeová celebram aniversários e outras datas comemorativas? Isso é errado?

Resposta: A Torre de Vigia proíbe a celebração de aniversários e outras datas comemorativas, alegando que essas práticas têm origens pagãs. No entanto, a Bíblia não proíbe a comemoração de aniversários ou de qualquer outra data especial:

  • Jó comemorava aniversários com seus filhos (Jó 1:4-5), e Deus não condenou essa prática.
  • O nascimento de Jesus foi celebrado por anjos e pastores (Lucas 2:13-14).
  • O povo de Deus no Antigo Testamento comemorava eventos importantes, como a Páscoa e a Festa dos Tabernáculos.

Se a lógica de evitar tudo o que teve origem pagã fosse aplicada de forma rigorosa, as Testemunhas de Jeová também deveriam parar de usar roupas, dinheiro e calendários, pois todos têm raízes pagãs.


36. Pergunta: As Testemunhas de Jeová ensinam que a humanidade está nos últimos dias desde 1914. Isso é bíblico?

Resposta: As Testemunhas de Jeová afirmam que os "últimos dias" começaram em 1914, mas isso não tem respaldo bíblico. A Bíblia ensina que os últimos dias começaram com a primeira vinda de Cristo:

  • "Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho." (Hebreus 1:1-2)
  • "Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências." (2 Pedro 3:3)

Os "últimos dias" se referem ao período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, não a uma data específica como 1914.


37. Pergunta: Se as Testemunhas de Jeová são a religião verdadeira, por que erraram em tantas profecias?

Resposta: A Torre de Vigia fez diversas previsões que falharam, o que a Bíblia classifica como característica de um falso profeta:

  • 1914: Profetizaram que Cristo retornaria fisicamente e que o Armagedom aconteceria. Não ocorreu.
  • 1925: Ensinaram que Abraão, Isaque e Jacó ressuscitariam. Não ocorreu.
  • 1975: Sugeriram que o fim do mundo aconteceria. Não ocorreu.

A Bíblia ensina que um verdadeiro profeta de Deus nunca erra:

  • "Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá." (Deuteronômio 18:20)
  • "Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele." (Deuteronômio 18:22)

Se uma organização erra repetidamente em suas previsões, isso prova que ela não fala em nome de Deus.


38. Pergunta: A segunda vinda de Cristo acontecerá em uma única ocasião ou em duas etapas?

Resposta: A Bíblia ensina que a segunda vinda de Cristo acontecerá em duas etapas distintas, separadas por um período de sete anos:

  1. O Arrebatamento da Igreja (Primeira Etapa)
    • Antes da Grande Tribulação, Jesus virá para buscar os crentes e levá-los ao céu. Esse evento será repentino e secreto para o mundo.
    • "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (1 Tessalonicenses 4:16-17)
    • "Numa momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." (1 Coríntios 15:52)

Esse evento marca o início da 70ª semana de Daniel (Daniel 9:27), conhecida como a Grande Tribulação, quando Deus voltará a tratar com Israel e julgará o mundo.

  1. A Volta de Cristo em Glória para Julgar e Reinar (Segunda Etapa)
    • Após sete anos de Grande Tribulação, Cristo voltará de forma visível, acompanhado por Seus santos, para derrotar o anticristo e estabelecer Seu Reino Milenar na Terra.
    • "E então verão vir o Filho do Homem nas nuvens, com grande poder e glória." (Marcos 13:26)
    • "E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com justiça." (Apocalipse 19:11)
    • "E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente..." (Zacarias 14:4)

Nesse momento, Cristo estabelecerá Seu Reino Milenar, reinando com justiça sobre toda a Terra (Apocalipse 20:4-6).

A doutrina das Testemunhas de Jeová desconsidera essa distinção e ensina erroneamente que Cristo já está reinando desde 1914, algo que não tem base bíblica. A verdadeira volta de Cristo será visível, poderosa e trará juízo sobre os ímpios, estabelecendo um governo justo sobre toda a humanidade.



Jesus Cristo: Sua Eternidade, Humilhação e Exaltação


"Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus." (Filipenses 2:6)

O texto de Filipenses 2:6-11 revela três momentos distintos da existência do Senhor Jesus Cristo:

  1. Antes de vir ao mundo (versículo 6): Sua condição eterna como Deus.
  2. Durante sua vida terrena (versículos 7 e 8): Sua humilhação e obediência.
  3. Após deixar este mundo (versículos 9 a 11): Sua exaltação pelo Pai.

Entender essa progressão é essencial para compreendermos a identidade de Cristo e Sua obra redentora.

Jesus Cristo Antes de Vir ao Mundo

O versículo 6 deixa claro que Jesus existia antes do Seu nascimento e, mais do que isso, Ele existia em forma de Deus. Isso significa que Ele não foi criado, nem começou a existir quando nasceu em Belém, mas sempre foi Deus. Diferente de nós, que passamos a existir ao nascer, Jesus veio ao mundo porque já existia antes.

A própria Escritura confirma sua preexistência:

  • "Cristo Jesus veio ao mundo." (1 Timóteo 1:15)
  • "O Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido." (Lucas 19:10)
  • "Jesus Cristo veio em carne." (1 João 4:3)

Isso prova que Ele não começou a existir aqui, mas veio do céu.

Filipenses 2:6 afirma que Jesus "subsistia em forma de Deus". A palavra "forma" no grego não significa apenas uma aparência, mas a própria essência e natureza. Ou seja, antes de vir ao mundo, Jesus era Deus em toda a sua plenitude.

As profecias também confirmam essa verdade:

  • Miquéias 5:2: Afirma que o Messias nasceria em Belém, mas que já existia "desde os dias da eternidade".
  • Isaías 9:6: Chama o Messias de "Pai da eternidade", ou seja, Ele é antes de todas as coisas.

Isso significa que Jesus nunca foi criado, mas sempre existiu como Deus.

Jesus Cristo na Terra: O Servo Humilde

"Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens." (Filipenses 2:7)

Mesmo sendo Deus, Jesus se humilhou voluntariamente, tornando-se servo. Aqui, "esvaziou-se" não significa que Ele deixou de ser Deus, mas que abriu mão de Sua glória e de certos direitos enquanto esteve na Terra.

Podemos ilustrar isso com um copo de vidro cheio de água. Se a água for retirada, o copo continua sendo um copo de vidro. Da mesma forma, Jesus se esvaziou, mas continuou sendo Deus.

Sua obediência foi total:

  • "Eu não vim para ser servido, mas para servir." (Mateus 20:28)
  • "Eu não vim para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." (João 6:38)

Jesus não foi forçado a essa posição, Ele escolheu se humilhar, tornando-se obediente até a morte de cruz.

Jesus Cristo Exaltado Sobre Tudo e Todos

"Por isso, Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome." (Filipenses 2:9)

Depois de cumprir Sua missão, Deus O exaltou à posição mais elevada. Jesus, que foi rejeitado e humilhado aqui na Terra, agora está no céu com um Nome acima de todo nome.

Essa exaltação tem implicações claras:

  • O mundo desprezou o Nome de Jesus, mas Deus o honrou supremamente.
  • O Senhor Jesus foi obediente até a cruz, e por isso, agora é Senhor de tudo e todos O reconhecerão.
  • Um dia, todo joelho se dobrará diante dEle – no céu, na terra e até mesmo no inferno.

Isso significa que ninguém escapará desse reconhecimento:

  • No céu, os salvos O adorarão com alegria.
  • Na terra, todos os habitantes da nova criação O reconhecerão como Senhor.
  • No inferno, até os perdidos reconhecerão que desprezaram o Senhor, mas sem alegria, apenas com arrependimento e remorso eterno.

O Senhor Jesus Cristo, que subsistia em forma de Deus, desceu à posição mais humilde, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou e agora está exaltado como Senhor de tudo.

Conclusão: O Que Isso Significa Para Nós?

Filipenses 2 nos ensina verdades fundamentais sobre Jesus Cristo:

  1. Ele sempre foi Deus – Nunca foi criado, sempre existiu.
  2. Ele escolheu se humilhar – Se fez servo e obedeceu até a cruz.
  3. Ele foi exaltado – Hoje, Ele é o Senhor de tudo e todos O reconhecerão.

Essa verdade não é apenas teórica, mas transforma nossas vidas. Pois, se Ele se humilhou e foi exaltado, nós também devemos segui-Lo:

  • Se queremos crescer espiritualmente, devemos aprender a nos humilhar.
  • Se queremos ser grandes no Reino de Deus, devemos primeiro servir.
  • Se queremos glorificar a Deus, devemos confessar Jesus Cristo como Senhor.

O mundo pode rejeitá-Lo, mas um dia todos reconhecerão Sua autoridade. Para os que creem, isso será motivo de alegria. Para os que O rejeitam, será tarde demais.

Que hoje possamos dobrar nossos joelhos diante dEle com alegria, reconhecendo-O como nosso Senhor e Salvador.


Josué Matos

2. Divorciado e no novo casamento, perde a salvação? (13/11/2024)


O tema do divórcio e novo casamento é realmente muito delicado e deve ser abordado com compaixão, sensibilidade e fidelidade à Palavra de Deus. Sabemos que o divórcio traz muito sofrimento para todos os envolvidos — marido, esposa, filhos, e até familiares e amigos próximos. Assim, desejo tratar do assunto à luz do ensino bíblico, de modo a trazer clareza, evitando aumentar a dor daqueles que já sofreram com esta situação.


O Casamento na Perspectiva de Deus

O casamento não é uma instituição criada pela sociedade, mas sim por Deus, e desde o princípio Ele estabeleceu um padrão de união entre um homem e uma mulher para toda a vida (Gênesis 2:23-24). Esta união é chamada de "uma só carne" e deve ser permanente e inseparável, como o próprio Senhor Jesus ensinou: "Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem" (Mateus 19:6). Este é o plano original de Deus: que o casamento seja indissolúvel até que a morte separe o casal.


Fornicação e a Cláusula de Exceção

No Antigo Testamento, o divórcio foi permitido pela dureza do coração dos homens, mas não foi algo estabelecido como plano de Deus. Quando chegamos ao Novo Testamento, o Senhor Jesus menciona uma cláusula de exceção para o divórcio, que aparece em Mateus 19:9: "Qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério."

A palavra "fornicação" (porneia) refere-se, neste contexto, à infidelidade sexual durante o período de desposamento, antes do casamento ser consumado. Ou seja, essa exceção é para casos onde a noiva ou noivo, durante o período de compromisso, foi infiel. Isso significa que, caso ocorra fornicação durante o período de noivado, o parceiro inocente está livre para cancelar o compromisso e casar-se com outra pessoa. Essa exceção não se aplica ao casamento em si, mas sim ao período de desposamento. Portanto, quando o casamento é consumado, ele é visto como uma união indissolúvel, e não há base bíblica para o divórcio e posterior novo casamento enquanto ambos os cônjuges viverem.


Adultério e Novo Casamento

Diferentemente da fornicação, o adultério, que ocorre após o casamento ser consumado, não justifica a dissolução da união aos olhos de Deus. A Bíblia ensina que o divórcio não desfaz o casamento original e, portanto, qualquer pessoa que se divorcia e se casa novamente, enquanto o cônjuge original ainda vive, comete adultério (Marcos 10:11-12; Lucas 16:18).

Mesmo quando ocorre um divórcio legal perante as autoridades humanas, o vínculo matrimonial ainda é considerado válido diante de Deus. Assim, um novo casamento enquanto o cônjuge original vive é, biblicamente, adultério. Este princípio é confirmado por Paulo em Romanos 7:2-3: "A mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele vive, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido."


Base e Continuidade da Salvação

Agora, sobre o ponto importante da salvação. A base da salvação é a fé em Jesus Cristo como nosso Salvador. Efésios 2:8-9 nos diz claramente que somos salvos pela graça, por meio da fé, e isso não vem de nós, é um dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém se glorie. Isso significa que não há mérito humano em alcançar a salvação, e não somos salvos pelas nossas boas obras, mas pela obra perfeita de Cristo na cruz.

No entanto, a continuidade da salvação está ligada ao viver uma vida que honre a Deus. A verdadeira fé em Cristo resulta em transformação de vida, e o fruto do Espírito deve ser evidenciado no comportamento do crente (Gálatas 5:22-23). Portanto, embora a salvação não possa ser perdida como se fosse um simples objeto, ela deve ser acompanhada de arrependimento contínuo, crescimento espiritual e obediência à Palavra de Deus.

No caso de pessoas que se encontram em situações de divórcio e novo casamento enquanto o cônjuge anterior ainda vive, isso deve ser tratado à luz do arrependimento e da busca sincera pela vontade de Deus. Não há dúvida de que Deus perdoa todo pecado quando há arrependimento genuíno (1 João 1:9), mas é necessário que haja um reconhecimento do erro e um desejo sincero de viver em conformidade com os padrões estabelecidos por Deus para o casamento.


Como a Igreja Local Deve Agir

Aos casais que se encontram em uma situação de divórcio e novo casamento enquanto o cônjuge anterior ainda vive, é necessário buscar a orientação do Senhor, arrependimento genuíno e, se possível, o apoio de líderes espirituais. Não há uma solução fácil, especialmente quando há filhos envolvidos, mas Deus é misericordioso e sempre pronto a perdoar quando há arrependimento sincero.

Contudo, é importante esclarecer que, embora essas pessoas sejam salvas e façam parte da Igreja, o Corpo de Cristo, elas não podem ser recebidas na comunhão da igreja local enquanto essa situação permanecer. A condição de estarem em um segundo casamento enquanto o cônjuge anterior ainda vive caracteriza adultério aos olhos de Deus, e por isso, elas não podem participar da comunhão da igreja local, o que inclui a Ceia do Senhor e a participação ativa como membros. Essas pessoas, entretanto, podem frequentar as reuniões, ouvir a Palavra, buscar orientação e crescer na fé como outros frequentadores que ainda não fazem parte da comunhão da igreja.

A igreja deve abordar essas situações com amor e compaixão, oferecendo orientação bíblica e apoio espiritual. Ao mesmo tempo, os padrões de Deus não podem ser comprometidos. Em alguns casos, isso pode significar a difícil decisão de viver sem um novo casamento enquanto o cônjuge original vive, seguindo o ensino de 1 Coríntios 7:10-11, onde Paulo instrui que, se houver separação, "fique sem casar, ou se reconcilie com o marido".


A Segurança da Salvação

A salvação, conforme apresentada no Novo Testamento, é um dom de Deus que nos é concedido pela fé no Senhor Jesus Cristo e na obra completa que Ele realizou na cruz. Efésios 2:8-9 nos lembra que "pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie." Isso significa que a nossa salvação não depende das obras que fazemos ou dos erros que cometemos antes de ser salvos ou após ser salvo, mas do sacrifício perfeito de Cristo. 

Quando consideramos questões como o segundo casamento, é importante entender que a salvação não está ligada ao estado civil de uma pessoa. O que salva uma pessoa é a sua fé em Jesus Cristo e o arrependimento genuíno de seus pecados. O arrependimento implica reconhecer nossos erros, pedir perdão a Deus, e procurar viver de acordo com a Sua vontade. Todos nós temos áreas em nossas vidas onde podemos melhorar, e o segundo casamento é um exemplo de uma situação complexa que precisa ser tratada com arrependimento e graça.

O ensino bíblico sobre casamento é claro ao descrever o padrão de Deus: "Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe e unir-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne" (Gênesis 2:24). O Senhor Jesus reafirmou a santidade do casamento em Marcos 10:6-9. Contudo, a Escritura também ensina que a graça de Deus cobre uma multidão de pecados e que, em Cristo, encontramos perdão e redenção, independentemente da nossa situação pessoal. O apóstolo Paulo escreveu: "Onde o pecado abundou, superabundou a graça" (Romanos 5:20).

No contexto do segundo casamento, algumas pessoas podem se sentir culpadas e acreditar que perderam a possibilidade de salvação. No entanto, é crucial lembrar que a segurança da salvação está firmemente baseada na obra consumada de Cristo e não em nossa própria capacidade de manter um estado de perfeição moral. Romanos 8:1 nos diz que "agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus". Se alguém, em um segundo casamento, se arrependeu e confessou seus pecados diante de Deus, não há razão bíblica para acreditar que essa pessoa esteja excluída da salvação. Deus é fiel para perdoar aqueles que se arrependem sinceramente (1 João 1:9). Após ser salvo, o crente, seguindo em um segundo casamento, tendo ainda o seu cônjuge vivo, está em um pecado moral constante; mas isso não lhe tira a salvação, mas sim o seu testemunho e limitará bastante seu testemunho para Deus no mundo.

Também é necessário entender que a segurança da salvação não se baseia em nossa capacidade de cumprir todos os mandamentos à risca. Todos nós falhamos e caímos em áreas diferentes de nossas vidas. O apóstolo Paulo, em Romanos 7, descreve a sua própria luta contra o pecado, deixando claro que mesmo os maiores homens de Deus enfrentam falhas. Mas ele termina sua reflexão com a declaração de que "graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor" (Romanos 7:25), enfatizando que nossa esperança e segurança não estão em nossa capacidade de ser impecável, mas no que o Senhor Jesus fez por nós.

Portanto, afirmar que alguém em um segundo casamento não poderá ser salvo, se o Senhor Jesus voltar, não está em conformidade com o ensino da graça e do perdão revelado nas Escrituras. A salvação não é determinada pelo estado civil, mas pela fé pessoal no Senhor Jesus, pelo arrependimento sincero, e pela aceitação da graça de Deus.

A nossa segurança está na promessa de Jesus Cristo, que disse: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem; eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; ninguém as arrebatará da minha mão" (João 10:27-28). Aqueles que colocam sua fé em Jesus Cristo e se entregam a Ele podem ter certeza de sua salvação, pois estão seguros em Suas mãos.

Todo o verdadeiro salvo envolvido em um segundo casamento, assim, sofre em seu íntimo, porque ele sabe que a salvação de Deus não é uma autorização para pecar ou viver no pecado. As más escolhas antes de ser salvo, muitas vezes, são difíceis de serem consertadas. É o preço que ele terá que conviver.


Conclusão

Deus aborrece o divórcio, mas Ele é também o Deus da graça e da restauração. Ele deseja que todos vivam de acordo com Sua Palavra, e isso inclui o casamento. Se alguém se encontra em uma situação de segundo casamento enquanto o primeiro cônjuge vive, a solução não é simples, mas é importante buscar arrependimento, orientação espiritual e caminhar em obediência ao Senhor. A igreja deve ajudar aqueles que sofrem com estas situações, oferecendo consolo e direção, mas sem abandonar a verdade das Escrituras.

Que o Senhor Jesus conceda a todos sabedoria e graça para lidar com essas questões de acordo com a Sua vontade, buscando sempre a glória de Deus acima de tudo e lembrando que Ele é um Deus de misericórdia que ama restaurar o pecador arrependido.



Por Josué Matos

3. Blasfêmia contra o Espírito Santo: Diferença nos Evangelhos (16/11/2024)


"Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca terá perdão, mas será culpado de um pecado eterno." (Marcos 3:29)


"Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir."  (Mateus 12:32)


As palavras do Senhor Jesus sobre o pecado imperdoável contra o Espírito Santo podem nos trazer dúvidas, especialmente sobre o que Ele quis dizer com "neste mundo" e "no porvir". Analisando as Escrituras, vemos que os dois textos se complementam e nos ajudam a entender a gravidade de rejeitar a obra de Deus através do Espírito Santo.

Em Mateus 12:32, o termo "neste mundo" refere-se ao período em que o Senhor Jesus estava presente na Terra, sob a Lei. Jesus, como o Filho do Homem, manifestava a glória de Deus e apresentava o Reino ao povo de Israel. Esse tempo era singular, pois a presença física do Messias entre eles significava a realização das promessas de Deus ao povo de Israel. Mesmo que alguém falasse algo contra o Senhor Jesus naquele momento, havia uma chance de perdão, pois muitas das atitudes poderiam ser atribuídas à ignorância humana, à dúvida ou à dificuldade em compreender plenamente quem Ele era.

Porém, ao mencionar o "porvir", o Senhor se refere a uma era futura - especificamente o Reino Messiânico, quando Ele reinará sobre toda a Terra. Nesse período, a rejeição ao Espírito Santo será ainda mais significativa. O Espírito Santo é quem traz convicção de pecado, revela a verdade de Deus, e testifica da obra de Jesus Cristo. Falar contra o Espírito Santo é, portanto, uma rejeição completa e deliberada da obra de Deus, uma recusa consciente à verdade revelada, tanto durante a era da Lei quanto na era do Reino vindouro.

A blasfêmia contra o Espírito Santo ocorre quando alguém atribui a obra de Deus ao maligno, rejeitando assim o testemunho do Espírito e o plano redentor de Deus de forma consciente e definitiva. Em ambas as eras - tanto durante o ministério terreno de Jesus quanto no Reino Messiânico - tal atitude reflete um coração endurecido que resiste à graça e ao testemunho de Deus de maneira definitiva, tornando impossível o perdão. Esse é o pecado eterno do qual o Senhor Jesus falou em Marcos 3:29, pois envolve um coração irremediavelmente fechado ao arrependimento.

O Senhor Jesus deixa claro que Deus é abundantemente misericordioso e pronto a perdoar aqueles que vêm a Ele com um coração quebrantado, mesmo que tenham falhado em reconhecer o Filho do Homem em Sua primeira vinda. Contudo, a resistência ao Espírito Santo é mais do que uma dúvida passageira; é uma oposição deliberada e consciente ao poder e à verdade de Deus. Tal atitude jamais poderá encontrar perdão, porque não há mais arrependimento onde o Espírito é rejeitado.

Assim, fica evidente que a blasfêmia contra o Espírito Santo é uma questão de rejeitar plenamente a obra divina, tanto durante a época em que Jesus estava presente na Terra quanto no Reino Messiânico futuro. É um alerta solene para permanecermos sensíveis à voz de Deus e abertos ao trabalho do Espírito Santo em nossas vidas.


Blasfêmia contra o Espírito Santo na Dispensação da Graça


"E todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado; mas ao que blasfemar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado."  (Lucas 12:10)


Estamos vivendo na chamada dispensação da graça, um período entre a primeira vinda do Senhor Jesus, em que morreu e ressuscitou, e o Seu futuro Reino Messiânico de mil anos aqui na terra. Neste intervalo, surge a pergunta: seria possível cometer a blasfêmia contra o Espírito Santo? E, se sim, haveria perdão para isso?

A blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecado muito sério e específico. No ministério terreno do Senhor Jesus, isso foi exemplificado quando os fariseus e líderes religiosos, vendo os milagres que Ele fazia pelo poder de Deus, deliberadamente atribuíram essas obras ao maligno, dizendo que Ele estava expulsando demônios pelo poder de Belzebu (Mateus 12:24-32). Esta atitude não era fruto de um erro ou mal-entendido, mas de uma rejeição consciente da evidência da obra do Espírito de Deus. Eles estavam vendo a manifestação clara do poder divino e, ainda assim, decidiram endurecer seus corações contra isso, atribuindo ao maligno aquilo que era obra de Deus. Este tipo de rejeição, portanto, é descrito como um pecado imperdoável, pois se trata de um endurecimento extremo e deliberado contra a verdade revelada através do Espírito Santo nas obras do Messias prometido a Israel.

Então, se esse tipo de blasfêmia só seria possível na época do Senhor Jesus e no futuro reino messiânico, como seria na atual dispensação da graça? Teria perdão? Eu não diria que na dispensação da graça teria perdão para este tipo de pecado. Mas sim, que vivemos em uma época em que não temos os elementos para se cometer este tipo de pecado.

Na dispensação da graça, o Espírito Santo está presente no mundo para convencer do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8). Ele é quem ilumina os corações, dando entendimento sobre o estado perdido do ser humano, da graça no Evangelho e levando os homens ao arrependimento. Quando uma pessoa resiste continuamente ao testemunho do Espírito Santo, ela está, na prática, fechando seu coração à única fonte que pode levá-la ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo como Salvador pessoal (João 15:26). Essa rejeição persistente e definitiva da obra do Espírito não pode ser considerada uma forma de blasfêmia ao Espírito Santo, mesmo que envolva o ato consciente de resistir e desprezar a oferta de salvação de Deus. Este pecador não está atribuído à obra do Espírito Santo nele ao maligno; ele somente não quer ceder lugar ao Espírito naquele momento.

Portanto, deve-se entender que a blasfêmia contra o Espírito Santo não se refere a uma dúvida momentânea ou uma falha ocasional, mas a uma atitude contínua e definitiva de atribuir ao maligno a obra feita pelo Espírito Santo quando tudo se faz evidente ser Ele o Autor. A Bíblia ensina que Deus é misericordioso e está sempre disposto a perdoar os que se arrependem genuinamente. O apóstolo Pedro enfatiza que Deus "não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:9). Portanto, enquanto houver um coração disposto a responder ao chamado do Espírito, há esperança de perdão e salvação.

A epístola aos Hebreus traz um forte alerta sobre o perigo de endurecer o coração à voz do Espírito Santo: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações" (Hebreus 3:7-8). Esse chamado é um lembrete contínuo da importância de sermos sensíveis à obra do Espírito e de não resistirmos ao seu convencimento. 

Portanto, enquanto vivemos nesta era da graça, a porta da salvação está aberta a todos que se arrependem e creem no Senhor Jesus. O Espírito Santo continua a operar no mundo, chamando os pecadores ao arrependimento e oferecendo a vida eterna em Cristo. A resistência definitiva e consciente a essa obra é o que torna o pecado imperdoável, pois rejeita a única provisão de Deus para a salvação. Que todos que leem estas linhas já tenham respondido ao Espírito com fé e submissão, aceitando a graça de Deus e vivendo de acordo com a vontade do Senhor Jesus.


Por Josué Matos

4. O que era o "algo indecente", em Deuteronômio 24:1? (28/11/2024)

Deuteronômio 24:1 aborda a questão do divórcio no contexto da sociedade israelita antiga. Tradicionalmente, este versículo é interpretado como referência ao término de um casamento formal. No entanto, entendemos que o texto se refere ao rompimento de um noivado, conhecido como "desposório".

Na cultura judaica, o noivado era um compromisso legalmente vinculante, quase equivalente ao casamento. Durante o período de noivado, o casal era considerado marido e mulher, embora ainda não tivessem consumado a união ou coabitado. Dessa forma, a dissolução de um noivado exigia um procedimento formal semelhante ao divórcio. Essa interpretação é sustentada pelo relato de José e Maria em Mateus 1:18-19, onde José, ao descobrir que Maria estava grávida durante o noivado, planejou "deixá-la secretamente", indicando a necessidade de um ato formal para romper o compromisso.

Aplicando essa perspectiva a Deuteronômio 24:1, o "algo indecente" encontrado poderia referir-se a uma descoberta durante o noivado que justificasse seu término. A exigência de uma "carta de divórcio" assegurava que a dissolução fosse documentada, protegendo os direitos de ambas as partes e permitindo que a mulher pudesse se casar com outro homem, se assim desejasse.

Essa interpretação enfatiza a seriedade do noivado na cultura israelita e a importância de procedimentos formais para dissolvê-lo, garantindo justiça e clareza para ambos os envolvidos.


Deuteronômio 1-4

"Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e acontecer que ela não ache graça aos seus olhos, por ter ele achado nela alguma impureza; então, escreva uma carta de divórcio, e lha dê na mão, e a mande para fora da sua casa. E, quando ela se tiver retirado da sua casa, ela poderá ir e ser mulher de outro homem" (vv.1-2). 


Esta provisão dada por Moisés tem a sua razão esclarecida pelo próprio Senhor Jesus: "Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres" (Mt 19.8). Essa é parte da resposta que o Senhor Jesus deu aos fariseus, em Mateus 19.1-9, quando o desafiaram a respeito do divórcio.


Os fariseus perguntaram ao Senhor: "É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?" A resposta de Jesus foi clara e direta: "Não lestes que Aquele que os fez no princípio os fez macho e fêmea, e disse: Por isso deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim, já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem."


Insistentes, os fariseus voltaram a perguntar: "Por que, então, Moisés ordenou que se desse carta de divórcio e que se repudiasse a mulher?" E o Senhor lhes respondeu: "Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas desde o princípio não foi assim."


O evangelho de Marcos deixa claro que os fariseus estavam tentando colocar Jesus em uma armadilha com suas perguntas: "E os fariseus, aproximando-se dele, perguntaram-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher? tentando-o" (Mc 10.2). Se o Senhor Jesus tivesse dito que não era lícito ao homem repudiar sua mulher, os fariseus teriam citado Deuteronômio 24.1-2 para contradizê-lo. No entanto, se tivesse dito que era lícito, teriam usado Gênesis 2.24 para tentar descredenciá-lo. Parecia, assim, não haver saída para essa situação aparentemente sem solução, pois os inimigos de Jesus aparentemente o colocaram em um dilema impossível. Contudo, suas tentativas de enganá-lo e constrangê-lo fracassaram completamente, pois a resposta do Senhor satisfez ambas as passagens. Mesmo assim, mais tarde, os fariseus, juntamente com os herodianos, tentaram novamente desafiar Jesus com outro dilema aparente, apenas para serem silenciados mais uma vez (Mt 22.15-22). Ele provou ser o Mestre completo da situação em ambas as ocasiões.


É importante observar cuidadosamente como o Senhor lidou com as perguntas dos fariseus. Ele conseguiu silenciá-los explicando as Escrituras de maneira que não houvesse contradição. Para atingir seus objetivos, os fariseus estavam dispostos a colocar uma passagem da Escritura contra a outra. Eles fariam qualquer coisa para desacreditar Jesus. Mas, suas tentativas falharam quando as Escrituras relevantes foram explicadas de forma cuidadosa. Isso nos ensina algo valioso: quando duas passagens parecem se contradizer ou quando outros dizem que há contradição nas Escrituras, um estudo cuidadoso pode resolver o problema. Esse estudo deve envolver uma análise do contexto em que cada declaração foi feita e considerar o propósito original e inalterado de Deus. Agora veremos mais claramente ao examinarmos o ensinamento do Senhor, que faz dois pontos importantes:


a. A Instituição do Casamento por Deus


Em primeiro lugar, devemos notar que o Senhor Jesus respondeu aos fariseus citando o propósito original e imutável de Deus em relação ao casamento: "Não tendes lido que o Criador, no princípio, os fez homem e mulher, e disse: Por isso deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?" Marcos também preserva essa ênfase: "Mas desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher" (Mc 10.6). Jesus citou tanto Gênesis 1.27 quanto 2.24. Isso, por si só, refuta qualquer sugestão de evolução. Ele confirmou a criação de Adão e Eva, o que é natural, pois, como está escrito em João 1.3: "Todas as coisas foram feitas por Ele; e sem Ele nada do que foi feito se fez." As palavras de Jesus — "não separe o homem" — não contêm qualificações. "Fica em aberto se a referência é a uma das duas partes envolvidas, a um intruso que tenta destruir o casamento ou a um oficial que pronunciaria um decreto de divórcio" (H. St. John).

Deus deixou claro Seu pensamento sobre o divórcio: "Porque o Senhor, o Deus de Israel, diz que odeia o repúdio" (Ml 2.16). O desejo de todo crente deve ser cumprir a vontade revelada de Deus em relação ao casamento e, portanto, o divórcio nunca deve ser uma opção. No entanto, é necessário abordar os detalhes mencionados em Deuteronômio 24.1-4. Isso nos leva ao próximo ponto:


b. A Provisão para o Divórcio através de Moisés


Há quem sugira que Moisés não tinha autoridade divina direta para fazer provisão para o divórcio, e que isso se apoiaria nas palavras do Senhor Jesus: "Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres" (Mt 19.8). 

No entanto, esse é um argumento perigoso, pois, se aceito, colocaria em dúvida todos os "estatutos e julgamentos" registrados no livro de Deuteronômio. Ainda que o Senhor tenha afirmado o propósito original e imutável de Deus para o casamento, o fato é que, em resposta à pergunta dEle — "O que Moisés vos ordenou?" — os fariseus responderam corretamente: "Moisés permitiu escrever uma carta de divórcio e repudiá-la" (Mc 10.3-4). Jesus, então, explicou a provisão: "Por causa da dureza do vosso coração (o coração dos homens) ele vos escreveu este mandamento" (Mc 10.5).


A provisão refere-se ao início da vida conjugal: "Quando um homem tomar uma esposa e se casar com ela" (v.1). No livro "Modern Trends in Morality", Wm. T. McBride aponta que isso "não poderia se referir a um casamento bem estabelecido. O texto hebraico indica que a mulher é recém-casada" (p.56). A provisão menciona "alguma impureza nela" (v.1). Certamente, não se refere a adultério, pois a penalidade para o adultério era a morte (Dt 22.22). 

Alguns sugerem que se trata de fornicação durante o noivado, descoberta após o casamento. Contudo, não há evidência explícita de que este seja o caso. A impureza mencionada parece referir-se a algo de natureza física, e não moral, relacionada a funções normais do corpo. A expressão "alguma impureza" também aparece em Deuteronômio 23.13-14, referindo-se ao enterro de dejetos humanos, sugerindo que a "impureza" em Deuteronômio 24.1 se refere a uma emissão corporal. 

McBride aponta que a palavra "contaminado" (Dt 24.4) é da mesma raiz que a palavra usada em Levítico 15.24-25, indicando que pode haver uma relação com a proibição de contato físico durante os dias de menstruação da mulher.


A provisão salvaguarda a mulher contra um futuro sem amor. Uma vez que o homem demonstrou, logo no início do casamento, falta de paciência e cuidado amoroso — aquilo que Jesus chamou de "dureza de coração" — ele deveria "escrever-lhe uma carta de divórcio, entregá-la em sua mão e mandá-la embora de sua casa" (v.1). Se ele já demonstrou esse comportamento nos primeiros dias do casamento, sua conduta futura só tenderia a piorar. Portanto, era para a própria proteção da mulher que lhe era permitido o divórcio, sem qualquer possibilidade de retorno a esse homem.


A provisão também permitia que a mulher se casasse novamente: "E quando ela se tiver separado da casa dele, ela poderá ir e ser esposa de outro homem" (v.2). Não há referência a isso ser uma "abominação" perante o Senhor, nem "fazer a terra pecar" (v.4), a menos que ela tentasse voltar para o primeiro marido, o que era estritamente proibido. Assim, a provisão proibia o novo casamento com o marido original após o divórcio e um segundo casamento.


A razão é claramente explicada: "porque isso é abominação perante o Senhor; e não farás pecar a terra que o Senhor teu Deus te dá por herança" (v.4). Como Raymond Brown observa, "o casamento era para toda a vida e, se os parceiros pensassem que poderiam mudar suas alianças conjugais livremente, eles tinham que saber que tal conduta seria detestável aos olhos do Senhor". 

Na sociedade atual, a total confusão em relação ao casamento e ao divórcio fez com que nossa "terra pecasse", pois "a justiça exalta as nações, mas o pecado é uma vergonha para qualquer povo" (Pv 14.34).


O Antigo Testamento mostra essa anomalia, ou seja, o repúdio. Esta novidade só apareceu nos dias de Moisés, e temos as leis a este respeito em Deuteronômio. Resumindo, são:

  1. Deuteronômio 22:20-21. O homem casou e acusou falsamente a mulher, dizendo que não era virgem. Neste caso ele seria castigado, pagaria cem siclos de prata ao pai da moça, e ela lhe seria por mulher. Além disto, ele nunca poderia divorciá-la.

  2. Deuteronômio 22:20-21. O homem casou e logo descobriu que não era virgem. Neste caso, não haveria divórcio, a mulher seria apedrejada e morta.

  3. Deuteronômio 22:22. Num caso de adultério, não haveria divórcio, pois ambos seriam mortos.

  4. Deuteronômio 22:23-27. Fornicação.

  1. No caso de uma virgem desposada. Se acontecesse na cidade, ambos seriam mortos, pois ela não gritou pedindo socorro; logo, não haveria divórcio.

  2. Se acontecesse no campo, somente o homem e seria morto, pois a moça gritou e não houve quem a socorresse.

  3. Deuteronômio 22:28-29. No caso de uma virgem não desposada. O homem daria ao pai da moça 50 siclos de prata e ela lhe seria por mulher, e ele nunca poderia divorciá-la.

  4. Deuteronômio 24:1-4. Se um homem casasse com uma mulher e esta "não achar graças aos seus olhos, por nela achar coisa feia", ele poderia dar-lhe carta de repúdio, e ela estaria livre para casar com outro. Se, porém, seu segundo marido falecesse ou lhe repudiasse, ela não poderia casar-se novamente com o seu primeiro marido.

Sem entrarmos em detalhes, podemos perceber um fato importante para nosso estudo. O divórcio foi permitido na lei de Moisés, mão não em caso de adultério. Este pecado seria punido com a morte. Algum outro motivo deveria ser à base do divórcio.

Há mais algumas referências ao divórcio no Antigo Testamento que não afetam este estudo. Nesta altura basta notar que o Antigo Testamento encerra este assunto "...ninguém seja desleal com a mulher da sua mocidade. Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que aborrece o repúdio..." (Malaquias 2:15-16).

É claro que nenhuma das anomalias que temos considerado representa a vontade de Deus para a humanidade. Apesar da tolerância à bigamia, da poligamia e do divórcio, o propósito de Deus para a raça humana continua sendo uma união monogâmica que só poderá ser desfeita pela morte de um dos cônjuges.


5. Como saber se devo casar ou não? (28/11/2024)

Bem, listarei alguns assuntos a serem discutidos:

1. Alinhamento Espiritual e Comunhão com Deus: Ambos os jovens devem estar em plena comunhão com Cristo e viver sob a orientação do Espírito Santo. A certeza da vontade de Deus geralmente vem da paz que Ele concede aos envolvidos. Se ambos têm essa paz, é um sinal positivo.

2. Confirmar em Oração e Pela Palavra: É essencial continuar orando e buscar orientação na Palavra de Deus. Um relacionamento que é verdadeiramente da vontade de Deus será confirmado pela Escritura, através de princípios gerais como o amor sacrificial, o desejo de edificar um ao outro e servir juntos ao Senhor.

3. Sinais de Conformidade Com a Vontade de Deus: Deus pode usar circunstâncias, conselhos de irmãos maduros na fé e a situação espiritual de ambos para trazer confirmação. Ouvir o conselho de cristãos espiritualmente maduros pode fornecer discernimento adicional. Deus também pode fechar portas se não for a vontade dEle.

4. Paz Interior e Direção do Espírito Santo: A Bíblia nos encoraja a buscar a paz de Deus como árbitro em nossos corações (Colossenses 3:15). Se ambos experimentam uma paz que persiste em relação ao relacionamento, mesmo em momentos difíceis, isso pode ser um indicativo da direção de Deus.

5. Princípio do Tempo de Deus: A vontade de Deus também é revelada no tempo certo. Não há necessidade de pressa ou pressão. A falta de convicção clara pode ser um indicativo de que ainda não é o momento ou mesmo que o casamento não é o plano de Deus.

6. Considerar a Possibilidade do Dom do Celibato: A vida de solteiro, como a de Paulo, é considerada um dom (1 Coríntios 7:7). Ambos devem buscar diante de Deus se possuem esse dom, que é caracterizado por uma satisfação e realização plena em servir ao Senhor sem a necessidade de um companheiro para tal. Porém, se existe qualquer sentimento de insatisfação de estar só nesta área ou tenha atração por uma determinada pessoa, é um sinal óbvio de que não tem este dom.

Assim, a vontade de Deus para um casamento envolve um discernimento contínuo, buscando a paz de Deus, a confirmação através de Sua Palavra e a direção do Espírito Santo, enquanto consideram conselhos sábios e a situação das portas que Deus abre ou fecha.

6. "Examine-se a si mesmo…" (02/12/2024)


"Portanto, qualquer que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de profanar o corpo e o sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si." (1 Coríntios 27-29)


Este autoexame é uma prática pessoal, onde cada crente avalia sua própria condição espiritual, reconhece pecados não confessados e busca reconciliação com Deus e se for o caso, com os irmãos na fé. A participação digna na Ceia do Senhor requer essa introspecção sincera, assegurando que o ato seja realizado com reverência e entendimento do sacrifício de Cristo.


É importante destacar que Paulo está falando diretamente à igreja em Corinto, ou seja, aos crentes que já estavam em plena comunhão na igreja local. A Ceia do Senhor é um privilégio dado àqueles que fazem parte do Corpo de Cristo e estão em comunhão com a assembleia local. Paulo, ao escrever aos coríntios, deixa claro que o propósito da Ceia é a comunhão dos santos que já foram recebidos na igreja local. Assim, este exame não é dirigido aos crentes de fora, ou seja, àqueles que não estão em comunhão com aquela assembleia específica, mas sim àqueles que já participam ativamente da vida da igreja local.


Essa distinção pode ser vista claramente em 1 Coríntios 10:16-17: "Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão, que partimos, não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do mesmo pão." Aqui, Paulo enfatiza que a Ceia do Senhor é um ato de comunhão daqueles que são parte do corpo local, uma expressão da unidade dos crentes em uma mesma assembleia. Portanto, a Ceia do Senhor não é simplesmente um ato individual, mas uma demonstração da comunhão entre os crentes que compartilham da mesma fé e que estão reunidos como igreja.


A responsabilidade do autoexame é individual, conforme enfatizado por Paulo, e deve ser feita por aqueles que estão em comunhão com a igreja. No entanto, a liderança da igreja tem o papel de instruir e orientar a congregação sobre a importância dessa prática, garantindo que todos compreendam a seriedade da participação na Ceia do Senhor. Isso não implica que líderes devam examinar ou julgar a condição espiritual de cada membro, mas sim fornecer ensino e encorajamento para que cada um faça seu próprio autoexame.


Assim, a prática de líderes examinarem outros antes da participação na Ceia não encontra respaldo bíblico. Cada crente, já estando em comunhão com a igreja local, é chamado a autoavaliar-se, reconhecendo suas falhas e buscando a graça de Deus, para que participe da Ceia de maneira digna e em comunhão no Corpo de Cristo. Desta forma, a Ceia do Senhor é reservada para aqueles que já fazem parte da comunhão eclesiástica, e não é um evento aberto para qualquer crente que não esteja devidamente em comunhão com a igreja local.


Ao ser recebido na comunhão de uma igreja local, o crente não é apenas recebido para uma reunião específica, a ceia do Senhor. Ele foi recebido para todos os privilégios e responsabilidades que estão relacionados a uma assembleia local biblicamente.

7. Uso do véu é cultural ou devemos usar hoje? (05/12/2024)

A questão do uso do véu pelas mulheres, conforme abordado em 1 Coríntios 11:2-16, é interpretada como um mandamento divino, fundamentado na ordem da criação e na hierarquia espiritual estabelecida por Deus. Nessa perspectiva, o uso do véu não é visto como uma prática cultural específica da época, mas como uma instrução que transcende contextos culturais e temporais, sendo aplicável aos cristãos em nossos dias.


Fundamentação Bíblica:

- 1 Coríntios 11:3-5: Paulo estabelece uma ordem de autoridade: "Quero, porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, e o homem, a cabeça da mulher; e Deus, a cabeça de Cristo. Todo homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada."

- 1 Coríntios 11:7-10: Paulo relaciona o uso do véu à ordem da criação: "O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus; mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher, do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher, por causa do homem. Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos."


Considerações:

- Ordem da Criação: A instrução é baseada na ordem da criação, indicando que a mulher foi criada a partir do homem e para o homem, estabelecendo uma hierarquia que se reflete no uso do véu como sinal de submissão.

- Presença dos Anjos: A menção de "por causa dos anjos" sugere uma dimensão espiritual na observância dessa prática, indicando que os anjos observam a ordem e a submissão na adoração.

- Prática Universal: A ausência de referências a costumes culturais específicos sugere que a instrução é destinada a todas as igrejas, independentemente do contexto cultural.


Aplicação Prática:

Igrejas que adotam essa interpretação mantêm a prática do uso do véu por mulheres durante os cultos e momentos de oração, considerando-a uma demonstração de obediência à ordem divina e um testemunho público de submissão à autoridade estabelecida por Deus.


Conclusão:

O uso do véu é entendido como um mandamento divino, fundamentado em princípios teológicos que transcendem contextos culturais específicos, sendo, portanto, aplicável aos cristãos em todas as épocas e lugares.


 Assista ao vídeo com estudo em 1 Coríntios 11:
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8. J.N. Darby era Calvinista? (08/01/2025)


Caro irmão W. K.,


Agradeço sua mensagem e o interesse em compartilhar sobre esse tema. A questão do livre-arbítrio, especialmente no contexto dos escritos de John Nelson Darby, é de fato profunda e merece uma análise cuidadosa.

Em relação à carta que você mencionou, é importante reconhecer que Darby, em sua vasta obra, frequentemente abordou a natureza humana e a soberania divina, colocando um forte ênfase na incapacidade do homem natural em buscar a Deus por si mesmo. Sua posição sobre o livre-arbítrio é consistente com a visão das Escrituras sobre a condição caída do homem. Darby argumenta que o homem, em seu estado natural, está morto em delitos e pecados (Efésios 2:1), incapaz de agradar a Deus ou de buscar a salvação sem a intervenção soberana da graça divina.


Essa visão não é uma negação da responsabilidade humana, mas uma rejeição da ideia de que o homem possui, por si só, a capacidade de escolher a Deus sem a obra do Espírito Santo. Para Darby, a liberdade verdadeira só é encontrada em Cristo, quando o Espírito Santo vivifica o pecador. Ele cita frequentemente Romanos 8:7-8, que afirma que "a mente carnal é inimizade contra Deus" e que "os que estão na carne não podem agradar a Deus". Isso reforça sua posição de que a vontade humana, à parte da graça, está escravizada ao pecado.

No entanto, Darby divergia dos calvinistas em alguns aspectos importantes. Embora compartilhasse da visão reformada sobre a depravação total e a necessidade da graça, ele discordava da ideia da predestinação incondicional nos moldes em que foi defendida por muitos calvinistas. Para Darby, a soberania de Deus não anulava a responsabilidade humana. Ele acreditava que todos os homens são chamados ao arrependimento e à fé no Evangelho, mas que somente aqueles que respondem a essa chamada pela graça divina podem ser salvos. Ele também rejeitava qualquer noção que pudesse sugerir que Deus fosse o autor do pecado ou que a vontade humana fosse irrelevante no processo de salvação.


Uma discordância fundamental de Darby em relação aos calvinistas estava na visão lógica que, se Deus elegeu uns para a salvação, então os outros teriam sido eleitos para a perdição. Para Darby, essa conclusão não era bíblica e comprometia o caráter de Deus. Ele afirmava que a Escritura não ensina a dupla predestinação dessa forma, mas apresenta Deus como justo e amoroso, desejando que todos cheguem ao arrependimento (2 Pedro 3:9). Embora reconhecesse que apenas os eleitos são salvos, ele enfatizava que a condenação dos ímpios é resultado de sua própria rejeição deliberada da graça de Deus e não de um decreto divino que os destina à perdição.

Darby via a responsabilidade humana e o livre-arbítrio como realidades que coexistem com a soberania divina, mas enfatizava que, na prática, o homem só pode exercer essa responsabilidade corretamente quando capacitado pela graça de Deus. Ele ilustrava isso com a figura do pecador que, ao ouvir o Evangelho, é chamado a responder. Embora incapaz por natureza, o Espírito Santo opera no coração para torná-lo disposto e apto a crer. Assim, a responsabilidade do homem está em aceitar ou rejeitar a luz que Deus lhe concede, mesmo que a capacidade de aceitar venha exclusivamente de Deus.


Na prática, isso significa que o crente, ao pregar o Evangelho, deve fazê-lo com a plena consciência de que Deus é quem opera a salvação. No entanto, essa pregação nunca deve ser negligenciada com base em uma suposta incapacidade do ouvinte, pois, como Darby afirmava, Deus usa a Palavra para alcançar os corações. Além disso, Darby insistia que todos os homens são responsáveis por seus pecados e pela rejeição do Evangelho, pois Deus não nega a ninguém a oportunidade de ouvir e responder à Sua Palavra.

Se considerarmos o contexto histórico e teológico em que Darby escreveu, perceberemos que ele estava reagindo contra sistemas que enfatizavam excessivamente o papel da vontade humana na salvação, muitas vezes em detrimento da obra redentora de Cristo e da soberania de Deus. Essa ênfase está em linha com a teologia reformada clássica, que também sublinha a depravação total e a necessidade da graça irresistível.

Portanto, ao examinar os escritos de Darby, incluindo a carta mencionada, parece claro que sua posição sobre o livre-arbítrio é autêntica e consistente com sua teologia geral. Não há indícios de adulteração no conteúdo dessa carta, mas sim uma reafirmação de princípios que ele defendeu amplamente em sua obra.

Espero que essas observações sejam úteis para esclarecer sua dúvida. Caso tenha interesse em explorar mais profundamente os escritos de Darby ou discutir outros temas, estarei à disposição para ajudar.

Com um forte abraço em Cristo,

Josué Matos

9. Reunido com uma pessoa há mais de três anos, já podemos nos considerar como uma igreja local? (10/01/2025)


Definição de Igreja Local e Considerações


Pergunta: Se estou reunido com uma pessoa há mais de três anos, já podemos nos considerar como uma igreja local?


Resposta Baseada nas Escrituras:

A definição de igreja local não se baseia exclusivamente na duração do tempo em que as pessoas estão reunidas, mas sim em princípios bíblicos claros e objetivos. Abaixo estão alguns pontos importantes para esclarecer a questão:

1. O Conceito de Igreja Local

Na Escritura, uma igreja local é uma expressão visível do corpo de Cristo em uma localidade específica (1 Coríntios 1:2; Apocalipse 1:11). É composta por crentes que se reúnem no nome do Senhor Jesus (Mateus 18:20), sob a autoridade da Sua Palavra e guiados pelo Espírito Santo.

2. Elementos Essenciais de uma Igreja Local

Para que um grupo seja considerado uma igreja local, os seguintes princípios devem estar presentes:

  • Reconhecimento da Autoridade do Senhor Jesus: O grupo se reúne exclusivamente no nome do Senhor Jesus, reconhecendo Sua soberania (Colossenses 1:18).
  • Obediência à Palavra de Deus: As Escrituras são a única regra de fé e prática (2 Timóteo 3:16-17).
  • Prática das Ordenanças: Uma igreja local celebra o batismo e a ceia do Senhor conforme ordenado pelo Novo Testamento (Atos 2:41-42; 1 Coríntios 11:23-26).
  • Disciplina e Ordem: Há exercício da disciplina, quando necessário, para preservar a santidade (1 Coríntios 5:6-7).
  • Pluralidade de Liderança: Quando possível, deve haver anciãos (presbíteros) para cuidar da igreja, conforme o modelo bíblico (Atos 14:23; Tito 1:5).

3. O Número de Pessoas Necessárias

Embora o Novo Testamento não estabeleça um número mínimo para formar uma igreja local, é evidente que a igreja é coletiva por natureza. Reunir-se com uma outra pessoa é significativo e valioso, mas para ser considerado uma igreja local, o grupo deve refletir a realidade de um corpo composto por múltiplos membros com diferentes dons e serviços (1 Coríntios 12:12-27).

4. Tempo de Reunião

O tempo que vocês estão reunidos, por mais longo que seja, não define automaticamente uma igreja local. A formação de uma igreja envolve mais do que frequência ou constância; requer conformidade com os princípios bíblicos mencionados acima.

5. Conselho Prático

Reflita sobre os seguintes pontos:

  • Vocês estão reunidos no nome do Senhor Jesus, com o compromisso de viver sob Sua autoridade e Palavra?
  • Há o reconhecimento e prática das ordenanças bíblicas?
  • Existe o desejo de ser um testemunho visível para a localidade onde vocês estão?

Caso essas características estejam presentes, pode-se considerar que vocês estão em processo de serem reconhecidos como uma igreja local. É recomendável buscar a orientação de anciãos experientes ou de igrejas irmãs para ajudar neste discernimento.

Conclusão: O fato de se reunir com outra pessoa é louvável e demonstra um desejo de obedecer ao Senhor. Contudo, para ser considerado uma igreja local, é necessário avaliar se os princípios estabelecidos nas Escrituras estão sendo observados. Que o Senhor continue abençoando vocês nesta caminhada de testemunho e fidelidade.

Josué Matos

10. Cronologia do fim dos Tempos (10/01/2025)


Segue abaixo o que foi enviado para mim por uma pessoa no meu canal do YouTube. Ele dá a sua visão do fim dos tempos. Na primeira parte, é o que ele julga estar correto, na segunda parte, que também foi enviada por ele, e o que ele imagina que eu creia, e por fim, tem a minha resposta:


1º Parte - CRONOLOGIA BÍBLICA DO FIM

(O que ele imagina estar correto)

  1. O dia do Senhor virá como ladrão de noite (1 Tessalonicenses 5:2).
  2. Os cristãos não estão em trevas para que aquele dia os surpreenda como um ladrão (1 Tessalonicenses 5:4).
  3. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor (Joel 2:31; Atos 2:20).
  4. Depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu; então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem vindo sobre as nuvens (Mateus 24:29-30).
  5. O arrebatamento acontecerá no ressoar da última trombeta (1 Coríntios 15:52).
  6. Ele acontece depois da ressurreição dos santos que dormem (1 Tessalonicenses 4:15-17).
  7. A ressurreição dos que dormem acontece no "último dia" (João 6:39-40, 44, 54; João 11:24).
  8. Os santos que dormem virão com Ele em sua vinda (1 Tessalonicenses 4:13-14).
  9. Os santos anjos também vêm na sua vinda de glória (Mateus 25:31; Mateus 16:27; Marcos 8:38; 2 Tessalonicenses 1:7; 1 Tessalonicenses 3:13; Zacarias 14:5).
  10. Os que são de Cristo serão ressuscitados na sua vinda (1 Coríntios 15:23).
  11. Mas os outros mortos não reviveram até que os mil anos acabaram (Apocalipse 20:5).
  12. No "último dia", soa a "última trombeta", os mortos ressuscitam primeiro (João 6:39-40, 44, 54; João 11:24) e depois os vivos serão transformados (1 Coríntios 15:52).
  13. No toque da "última trombeta", se cumpre o mistério de Deus (1 Coríntios 15:51-52; Apocalipse 10:7).
  14. Depois da sétima trombeta, os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo (Apocalipse 11:15).
  15. No seu reino e na sua vinda, Cristo há de julgar os vivos e os mortos (2 Timóteo 4:1).
  16. Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus (1 Coríntios 15:24).


2º Parte - Na CRONOLOGIA PRÉ TRIBULACIONISTA acontece da seguinte maneira: 

(O que ele imagina que eu creia)

  1. No "último dia" (Jo 6.39, 40, 44, 54; 11.24), ao toque da "última trombeta" (1 Co 15.52), os mortos ressuscitam primeiro e depois os vivos são arrebatados.

  2. Sete anos depois do "último dia", toca outra trombeta (Ap 10.7; 11.15), "depois da última trombeta", e então ocorre a vinda visível de Cristo para arrebatar os judeus (Mt 24.29-31).

  3. A "última trombeta" (1 Co 15.52) passa a ser, na prática, a "penúltima trombeta", já que toca outra trombeta (Ap 10.7; 11.15) depois da "última".

  4. A ressurreição dos que dormem acontece no "último dia" (Jo 6.39, 40, 44, 54; 11.24).

  5. Os que são de Cristo serão ressuscitados no "último dia", na vinda invisível (arrebatamento) (1 Co 15.23).

  6. Os mártires salvos na tribulação perderam a ressurreição, pois esta já ocorreu na vinda invisível (1 Co 15.23).

  7. Depois da vinda visível para arrebatar os judeus (Mt 24.29-31), Cristo implanta o Seu reino na terra (Ap 11.15).

  8. No Seu reino e na Sua vinda, Cristo há de julgar os vivos e os mortos (2 Tm 4.1).

  9. Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus (1 Co 15.24).

Veja, meu querido, como ficaria na prática a cronologia do fim, segundo a visão pré tribulacionista. Uma verdadeira confusão, completamente desconectada de textos bíblicos. Eu deixo essa reflexão ao querido irmão! (E.L.)



Minha Resposta:

A cronologia apresentada possui pontos de interpretação que merecem revisão à luz das Escrituras. A seguir, analisaremos as passagens mencionadas e responderemos, oferecendo uma compreensão mais coesa e fiel ao contexto bíblico.

1. "O dia do Senhor virá como ladrão de noite" (1 Ts 5.2)

  • O contexto sugere que o "dia do Senhor" refere-se à manifestação da ira divina sobre os ímpios, não ao arrebatamento em si. Para os cristãos, que não estão em trevas (1 Ts 5.4), esse dia não será inesperado, uma vez que aguardam a redenção.

2. "O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor" (Jl 2.31; At 2.20)

  • Estes sinais cósmicos apontam para eventos associados à segunda vinda visível de Cristo, que é distinta do arrebatamento. Os pré-tribulacionistas identificam o arrebatamento como um evento separado, que ocorre antes da tribulação.

3. "Depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá..." (Mt 24.29-30)

  • Mateus 24 refere-se claramente ao retorno visível de Cristo, no final da tribulação. O arrebatamento não é descrito neste texto. A confusão surge ao misturar eventos da segunda vinda com os do arrebatamento.

4. "O arrebatamento acontecerá no ressoar da última trombeta" (1 Co 15.52)

  • A "última trombeta" em 1 Coríntios 15:52 deve ser entendida no contexto do arrebatamento e não confundida com as trombetas de Apocalipse, que estão associadas ao julgamento divino. A trombeta do arrebatamento é um chamado para os crentes, não um ato de juízo.

5. "A ressurreição dos santos que dormem acontece no 'último dia'" (Jo 6.39, 40, 44, 54)

  • O termo "último dia" pode ser entendido como o fechamento de uma era, marcando o fim da Igreja na terra. A ressurreição dos santos no arrebatamento não conflita com as ressurreições posteriores descritas em Apocalipse 20:4-5.

6. "Os santos que dormem virão com Ele" (1 Ts 4.13-14)

  • 1 Tessalonicenses 4 distingue entre os santos que serão ressuscitados e os que serão transformados. O texto não implica que todos os eventos devem ocorrer simultaneamente.

7. Confusão Sobre Trombetas e Ressurreição

  • A argumentação de que a "última trombeta" é contraditória ignora o contexto específico de cada passagem. As trombetas de Apocalipse pertencem ao período da tribulação, enquanto a trombeta de 1 Coríntios 15:52 é uma referência ao arrebatamento.

8. "No seu reino e na sua vinda, Cristo há de julgar os vivos e os mortos" (2 Tm 4.1)

  • Este versículo aponta para o julgamento no final do milênio (Ap 20:11-15), distinto do arrebatamento e do julgamento das nações (Mt 25.31-46).

Conclusão

A cronologia pré-tribulacionista não é confusa quando analisada em seu próprio contexto. Ela distingue claramente entre:

  1. O arrebatamento da Igreja, como descrito em 1 Tessalonicenses 4:16-17 e 1 Coríntios 15:51-52.
  2. A tribulação, conforme descrita em Apocalipse 6-19.
  3. A segunda vinda visível de Cristo, mencionada em Mateus 24:29-31.
  4. O milênio e os julgamentos subsequentes (Ap 20).

Misturar passagens que tratam de eventos distintos gera confusão. Uma leitura atenta e respeitosa dos textos é essencial para uma compreensão adequada do plano escatológico divino.


Josué Matos

11. Na estátua de Nabucodonosor, hoje estamos nos pés da estátua?  (11/01/2025)


A estátua do sonho de Nabucodonosor, descrita em Daniel 2, é uma representação profética dos impérios que dominariam o mundo ao longo da história. Ela é composta por diferentes materiais, cada um simbolizando um reino:

  1. Cabeça de ouro - Representa o Império Babilônico, reinado por Nabucodonosor. Este era o império mais glorioso e poderoso do seu tempo, simbolizado pelo ouro, o metal mais precioso.

  2. Peito e braços de prata - Refere-se ao Império Medo-Persa, que sucedeu Babilônia. A prata, embora valiosa, é inferior ao ouro, indicando a diminuição relativa da glória.

  3. Ventre e coxas de bronze - Simbolizam o Império Grego, liderado por Alexandre, o Grande. Este império é conhecido por sua força militar e expansão cultural.

  4. Pernas de ferro - Representam o Império Romano, caracterizado pela força e pela dominação esmagadora, assim como o ferro, um metal duro e resistente.

  5. Pés de ferro misturado com barro - Indicam um reino futuro, ainda por vir, que será marcado por divisões e alianças frágeis. Essa parte da estátua simboliza o período da Grande Tribulação, após o arrebatamento da Igreja. Durante esse tempo, uma confederação de reinos será formada, mas será instável e fragmentada, como o ferro misturado com barro.

Hoje, de acordo com uma análise mais detalhada das Escrituras, ainda não estamos vivendo no período dos pés da estátua. Este tempo será instaurado após o arrebatamento da Igreja, conforme descrito em Daniel 7:23-25 e Apocalipse 17:12-14, que falam sobre a formação de uma confederação de reinos sob a liderança do Anticristo. Esta confederação será caracterizada pela mistura de força e fraqueza, refletida no ferro e no barro.

É importante ressaltar que o período da Igreja não faz parte diretamente das profecias de Daniel, mas é um intervalo entre a 69ª e a 70ª semana de Daniel, conforme descrito em Daniel 9:24-27. Este intervalo, conhecido como o "tempo dos gentios", é marcado pela pregação do evangelho e pela formação da Igreja, o corpo de Cristo, composto de judeus e gentios que creem no Senhor Jesus como salvador pessoal.

O sonho revela que a estátua será destruída por uma pedra cortada sem auxílio de mãos humanas, que se tornará um grande monte e encherá toda a terra. Esta pedra simboliza o Reino eterno de Deus, estabelecido pelo Senhor Jesus Cristo, que substituirá todos os reinos humanos e nunca terá fim (Daniel 2:44-45).

Portanto, vivemos no tempo da graça, aguardando o retorno do Senhor Jesus para arrebatar Sua Igreja. Este é um chamado à vigilância e à fidelidade, sabendo que o plano soberano de Deus se cumprirá no tempo determinado, como revelado nas Escrituras.

Josué Matos

12. Onde fica o inferno? (13/01/2025)


A doutrina bíblica do inferno é frequentemente alvo de questionamentos, mas é importante abordar o tema com seriedade, baseando-se exclusivamente nas Escrituras Sagradas. A Bíblia descreve o inferno não como uma invenção humana para controle, mas como uma realidade espiritual mencionada de forma clara por diversos autores bíblicos e, especialmente, pelo próprio Senhor Jesus Cristo.

  1. A Realidade do Inferno na Bíblia - A Bíblia não descreve o inferno como um lugar visível no plano físico, pois trata-se de uma realidade espiritual, assim como o céu. O Senhor Jesus falou sobre o inferno de forma consistente, usando palavras como "fogo eterno" (Mateus 25:41) e "lugar de tormento" (Lucas 16:23). Ele advertiu que é um lugar onde "o fogo nunca se apaga e o verme não morre" (Marcos 9:43-48). Essas não são metáforas, mas advertências sérias para levar os homens ao arrependimento.

  2. A Criação do Inferno - A Bíblia indica que o inferno foi preparado, originalmente, para o diabo e seus anjos: "Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos" (Mateus 25:41). Não se trata de um lugar criado para os homens, mas a consequência da rejeição a Deus é a mesma sorte destinada ao diabo. Assim, o inferno não é uma narrativa omitida na criação, mas uma consequência do juízo de Deus contra o pecado.

  3. A Condição do Pecador - Romanos 6:23, que afirma que "o salário do pecado é a morte", refere-se à separação eterna de Deus. Essa separação é amplamente descrita em Apocalipse 20:14-15, onde o "lago de fogo" é chamado de "segunda morte". Portanto, a morte e o inferno são realidades espirituais, não aniquilação.

  4. Salmos e Provérbios - Os textos de Salmos 37 e Provérbios 2 enfatizam o destino final dos ímpios na terra em contraste com os retos. No entanto, o ensino bíblico completo revela que esse destino se estende além desta vida. Os "maus serão exterminados" (Salmos 37:9) significa que perderão a bênção de Deus e enfrentarão Seu julgamento eterno. Apocalipse 14:11 reforça que o castigo é contínuo: "a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre".

  5. O Papel do Inferno no Ensino Bíblico - A doutrina do inferno não é uma ferramenta de manipulação, mas um chamado à seriedade do evangelho. O apóstolo Paulo, por exemplo, nunca usou o medo do inferno para exigir dízimos ou controle; ao contrário, ele pregou o amor de Deus demonstrado em Jesus Cristo, que veio para salvar os pecadores (1 Timóteo 1:15). O inferno é a consequência da rejeição à salvação oferecida gratuitamente por Cristo, não um meio de extorsão.

  6. O Ensino de Jesus - A ideia de que Jesus ensinou o inferno apenas como metáfora é infundada. Ele falou do "Geena" (um vale fora de Jerusalém associado à destruição e impureza) para ilustrar o juízo eterno, mas sempre fez isso para advertir sobre realidades espirituais (Mateus 5:22, 10:28). Se essas advertências fossem meramente simbólicas, elas perderiam sua seriedade.

Conclusão - O inferno é apresentado na Bíblia como uma realidade séria e espiritual, resultado da justiça divina. Não se trata de controle humano, mas de um apelo ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo para a salvação pessoal (Atos 16:31). Deus não deseja que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (2 Pedro 3:9). Negar o inferno é minimizar a seriedade do pecado e a necessidade da obra redentora de Cristo. A solução não está em ignorar o juízo, mas em aceitar o amor de Deus, que enviou Seu Filho para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16).


Josué Matos

13. Já estamos da 70ª semana de Daniel? (16/01/2025)


A interpretação da profecia das setenta semanas em Daniel 9:24-27 é um dos temas mais debatidos na escatologia bíblica. Abaixo, uma explicação clara e organizada sobre este assunto:


O Que São as Setenta Semanas de Daniel?

O texto de Daniel 9:24-27 apresenta uma revelação profética sobre 70 semanas, que representam 490 anos (cada semana sendo um período de sete anos). Esse período é dividido em três partes principais:

  1. Primeiras 7 semanas (49 anos): Inicia com o decreto para restaurar e edificar Jerusalém, culminando na conclusão da reconstrução da cidade e do templo.
  2. Seguintes 62 semanas (434 anos): Seguem imediatamente após as primeiras 7 semanas e terminam com a manifestação do Messias.
  3. Última semana (7 anos): Refere-se ao período final de eventos antes da plena restauração de Israel e do estabelecimento do reino messiânico.


Onde Estamos na Linha do Tempo?

Os eventos das primeiras 69 semanas (483 anos) foram cumpridos com exatidão histórica. A chegada do Messias ocorre ao final da 69ª semana, quando Jesus Cristo foi apresentado publicamente. Em seguida, Ele foi "cortado" (crucificado), conforme o texto profético: "Depois das sessenta e nove semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo" (Daniel 9:26).

Entretanto, após a 69ª semana, há uma pausa profética antes da 70ª semana. Este intervalo é conhecido como o "período da Igreja", um tempo em que Deus está reunindo um povo para si, tanto de judeus quanto de gentios (Efésios 3:6; Romanos 11:25).

A 70ª semana de Daniel é claramente descrita como um período futuro, que não se iniciou ainda. Este período de sete anos é frequentemente associado aos eventos apocalípticos descritos no livro de Apocalipse (capítulos 6 a 19), incluindo a grande tribulação.


Por Que Não Estamos na 70ª Semana?


1. Intervalo Entre as Semanas:

A crucificação de Cristo não marca o início da 70ª semana, mas o final da 69ª. A destruição de Jerusalém em 70 d.C. e o atual período da Igreja fazem parte deste intervalo profético.

2. Ausência de Sinais Clássicos da 70ª Semana:

A 70ª semana é caracterizada pela confirmação de uma aliança por "um príncipe" (provavelmente o Anticristo) com Israel, seguida pela interrupção dos sacrifícios no meio da semana (Daniel 9:27). Esses eventos ainda não ocorreram.

3. Natureza Escatológica da 70ª Semana:

Este período coincide com o tempo da grande tribulação, descrito por Jesus Cristo em Mateus 24:15-21. Os acontecimentos associados à tribulação, como o surgimento do Anticristo e os juízos divinos, ainda não são evidentes no mundo atual.


Conclusão:

Portanto, afirmar que estamos atualmente na 70ª semana de Daniel é um erro de interpretação. Estamos, sim, vivendo no intervalo entre a 69ª e a 70ª semana, um período em que Deus está cumprindo Seu plano de redenção através da Igreja. A 70ª semana, ainda futura, será um tempo de juízo e preparação para o estabelecimento do reino messiânico.

Este entendimento é sustentado por uma leitura cuidadosa de Daniel 9, combinada com outros textos escatológicos do Novo Testamento.


Josué Matos

14. Na Bíblia, quando uma pessoa estava em disciplina, ela não tinha para onde ir, pois só havia uma igreja. A ideia de assembleias independentes não abre precedentes para haver divisões? Pois basta uma pessoa sair, levar consigo outros seguidores e formar outra assembleia. (Pergunta enviada por V. A. M. J. em 15/02/2025).

Resposta: Essa é uma questão bastante relevante e traz à tona o desafio da unidade dentro das igrejas locais, especialmente em tempos onde há uma multiplicidade de congregações cristãs. Vou abordar a questão da disciplina e a prática da assembleia à luz das Escrituras e dos princípios que historicamente guiaram o povo de Deus.

Nos tempos do Novo Testamento, a disciplina eclesiástica tinha um caráter coletivo e visava sempre o arrependimento e a restauração do membro em disciplina. Não havia realmente outra "igreja" para a qual alguém poderia se dirigir. A igreja era vista como o único corpo de Cristo naquela localidade, e a disciplina era um meio pelo qual todos os crentes buscavam a pureza e a unidade dentro desse corpo. Este princípio está claramente ilustrado em passagens como 1 Coríntios 5, onde o apóstolo Paulo ordena que se discipline um membro da igreja em Corinto, visando a purificação da assembleia e, ao mesmo tempo, a possível restauração daquele que pecou.

Sobre a ideia de "assembleias independentes", é importante notar que as igrejas locais, no padrão bíblico, eram autônomas, mas não independentes no sentido de isoladas umas das outras. Elas estavam unidas pela mesma doutrina, pela mesma fé e, sobretudo, pela mesma autoridade da Palavra de Deus e do Senhor Jesus como Cabeça. A autonomia das igrejas locais permitia que cada assembleia tratasse seus próprios assuntos de acordo com as necessidades locais, mas isso nunca deveria levar à divisão do corpo de Cristo. Quando havia um problema doutrinário ou uma questão importante, as igrejas buscavam resolver isso em conjunto, como se vê no Concílio de Jerusalém em Atos 15, onde os apóstolos e anciãos se reuniram para discutir questões que afligiam várias igrejas.

A questão de uma pessoa sair de uma assembleia e "formar outra" é um problema que surge da carnalidade e da falta de submissão à Palavra de Deus. A ideia de divisão não se harmoniza com o ensino do Novo Testamento, onde vemos Paulo frequentemente apelando aos crentes que "falem a mesma coisa" e que "não haja divisões" entre eles (1 Coríntios 1:10). A divisão é, muitas vezes, fruto do orgulho, da falta de submissão e do desejo de seguir preferências pessoais em vez de seguir a direção do Espírito Santo.

Infelizmente, a realidade atual de múltiplas congregações facilita que pessoas em disciplina procurem uma alternativa mais conveniente em vez de se submeterem à correção bíblica. No entanto, essa atitude não segue o espírito do Novo Testamento e não resulta em verdadeira bênção espiritual. De fato, a ideia de "levar seguidores" para formar outra assembleia é mencionada por Paulo como uma característica daqueles que agem de maneira carnal (Atos 20:30) e visa mais a exaltação própria do que a edificação do corpo de Cristo.

Portanto, a prática de igrejas locais deve buscar manter a unidade do Espírito no vínculo da paz (Efésios 4:3), e os líderes devem estar atentos para lidar com questões de disciplina de forma bíblica e cuidadosa, sempre visando a restauração e não o afastamento definitivo do membro, enquanto mantêm a pureza da assembleia. A ideia de autonomia das igrejas locais é bíblica e saudável, desde que essa autonomia seja acompanhada de comunhão e compromisso mútuo entre os crentes, e uma sincera submissão à vontade do Senhor.

Por Josué Matos

15. Afirmação Adventista sobre o Sábado na Criação (16/02/2025)

O argumento de que o sábado foi dado a Adão e Eva como um mandamento universal para toda a humanidade não tem base bíblica explícita. Embora Gênesis 2:2-3 mencione que Deus descansou no sétimo dia e o santificou, isso não significa que Ele tenha ordenado a guarda do sábado para Adão, Eva ou qualquer outro povo antes de Israel. Vamos analisar biblicamente esse assunto.


1. Gênesis 2:2-3 – O Descanso de Deus Não é um Mandamento para o Homem

"E havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera." (Gênesis 2:2-3, ARC)

  • O texto diz que Deus descansou, mas não há ordem alguma para Adão e Eva guardarem o sábado.
  • Em nenhum lugar do livro de Gênesis encontramos Adão, Noé, Abraão, Isaque ou Jacó guardando o sábado. Se o sábado fosse um mandamento universal, esperaríamos ver evidências claras disso na história dos patriarcas.
  • A primeira vez que o sábado aparece como mandamento é em Êxodo 16, e ali fica claro que era algo novo para os israelitas.

2. O Sábado Foi Dado Somente a Israel

A Bíblia ensina claramente que o sábado foi um sinal exclusivo entre Deus e Israel, dado pela primeira vez no deserto, muito tempo depois da criação.

"Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados; porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações, para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica." (Êxodo 31:12-13, ARC)

E ainda:

"Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre, porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra e ao sétimo dia descansou, e tomou alento." (Êxodo 31:17, ARC)

Esses versículos deixam claro que o sábado não foi dado à humanidade em geral, mas exclusivamente a Israel como um sinal distintivo.


3. Os Patriarcas Não Guardavam o Sábado

Se o sábado fosse uma lei universal desde a criação, então grandes servos de Deus antes de Moisés deveriam ter guardado esse dia. Mas o livro de Gênesis não menciona:

  • Adão guardando o sábado.
  • Noé guardando o sábado.
  • Abraão, Isaque ou Jacó guardando o sábado.

Pelo contrário, Deus diz sobre Abraão:

"Porque Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis." (Gênesis 26:5, ARC)

Se o sábado fosse uma parte essencial da lei desde a criação, ele deveria ser mencionado junto com a fidelidade de Abraão – mas não é.


4. O Sábado Começou a Ser Observado Apenas no Êxodo

O primeiro mandamento sobre a guarda do sábado aparece em Êxodo 16, quando o maná começou a cair no deserto:

"E aconteceu que ao sexto dia colheram pão em dobro, dois gômeres para cada um; e todos os príncipes da congregação vieram, e contaram-no a Moisés. E ele disse-lhes: Isto é o que o Senhor tem dito: Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor." (Êxodo 16:22-23, ARC)

Note que os israelitas precisaram ser instruídos sobre o sábado – se já estivessem guardando desde a criação, por que Moisés precisaria explicar isso? Esse fato mostra que o sábado não era uma prática anterior ao êxodo.

Além disso, quando o sábado foi oficialmente incluído na Lei de Deus no Monte Sinai (Êxodo 20:8-11), foi apresentado como algo especial para Israel, não para toda a humanidade.


5. O Novo Testamento Não Ordena a Guarda do Sábado

No Novo Testamento, nunca vemos os cristãos gentios sendo ensinados a guardar o sábado. Pelo contrário, o apóstolo Paulo deixa claro que o sábado era uma sombra de algo maior:

"Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombra das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo." (Colossenses 2:16-17, ARC)

Se o sábado fosse um mandamento eterno para toda a humanidade, por que Paulo diz que ele era uma sombra? Isso mostra que, em Cristo, o descanso do sábado foi cumprido espiritualmente.


Conclusão: O Sábado Foi Dado Somente a Israel

A afirmação adventista de que o sábado foi estabelecido como um mandamento desde a criação não encontra apoio nas Escrituras. A Bíblia ensina claramente que:

  1. Deus descansou no sétimo dia, mas não ordenou a guarda do sábado a Adão e Eva.
  2. O sábado foi dado somente a Israel como um sinal (Êxodo 31:13-17).
  3. Nenhum patriarca antes de Moisés foi mencionado guardando o sábado.
  4. O primeiro mandamento sobre o sábado aparece somente em Êxodo 16, e os israelitas precisaram ser instruídos sobre ele.
  5. No Novo Testamento, o sábado não é imposto aos cristãos, pois era uma sombra que se cumpriu em Cristo (Colossenses 2:16-17).

Portanto, a ideia de que o sábado foi um mandamento desde a criação e dado a toda a humanidade é um erro teológico sem base bíblica.


Josué Matos

16. Qual passagem biblica diz que haverá um arrebatamento secreto? (17/02/2025)


A segunda vinda de Cristo é um tema essencial na escatologia bíblica e, muitas vezes, é mal compreendido. O que muitos não percebem é que esse evento ocorre em duas fases distintas: primeiro, o arrebatamento da Igreja, e, depois, a manifestação gloriosa de Cristo ao mundo. Essa compreensão ajuda a reconciliar passagens bíblicas que parecem descrever um retorno secreto e outro visível. Da mesma forma, no Antigo Testamento, muitos judeus não compreenderam que a vinda do Messias aconteceria em duas etapas: primeiro para sofrer e depois para reinar.

A seguir, vamos explorar essas duas realidades e como elas se relacionam com a interpretação das Escrituras.


1. A Segunda Vinda de Cristo em Duas Etapas

A Bíblia revela que a segunda vinda do Senhor Jesus não é um evento único, mas ocorre em dois momentos distintos. Isso é fundamental para interpretar corretamente passagens proféticas do Novo Testamento.

  • Primeira Fase: O Arrebatamento da Igreja

    Nesta fase, Cristo não desce até a terra, mas chama os crentes para encontrá-Lo nos ares. O propósito desse evento é livrar os salvos do período de tribulação que virá sobre o mundo.

    • 1 Tessalonicenses 4:16-17: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor."

    • 1 Coríntios 15:51-52: "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados."

    Este evento ocorre de forma repentina e inesperada. Ele não é visível para o mundo, pois se trata da reunião dos crentes com Cristo antes da grande tribulação. A Igreja faz parte do intervalo entre a 69ª e a 70ª semana da profecia de Daniel 9, um período não revelado no Antigo Testamento, mas esclarecido no Novo Testamento como o tempo da graça.

    Após o arrebatamento, haverá um intervalo conhecido como o período da Tribulação e da Grande Tribulação, que será um tempo de juízo sobre a terra antes da manifestação gloriosa de Cristo.

  • Segunda Fase: A Manifestação Gloriosa de Cristo

    Diferente do arrebatamento, esse evento será visível para todas as nações. Cristo retornará com os santos para julgar o mundo e estabelecer Seu reino milenar.

    • Apocalipse 1:7: "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém."

    • Mateus 24:30: "Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do Homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória."

    Essa fase cumpre as promessas de juízo e restauração do Reino Messiânico na terra.


2. As Duas Vindas Profetizadas do Messias no Antigo Testamento

Assim como a segunda vinda de Cristo acontece em duas fases, a vinda do Messias foi predita no Antigo Testamento como um evento duplo: primeiro para sofrer e depois para reinar.

  • Primeira Vinda: O Servo Sofredor

    O Antigo Testamento profetizou que o Messias viria como um servo humilde para sofrer pelos pecados da humanidade.

    • Isaías 53:3-5: "Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados."

    Esta profecia foi cumprida na primeira vinda de Cristo, quando Ele sofreu e morreu na cruz para redimir a humanidade.

  • Segunda Vinda: O Rei Conquistador

    Outras profecias descrevem o Messias como um governante vitorioso que estabelecerá um reino eterno.

    • Zacarias 14:4: "E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, do oriente para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul."

    • Isaías 9:6-7: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e se chamará o seu nome: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do incremento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto."

    Estas passagens apontam para a segunda vinda de Cristo, quando Ele estabelecerá Seu reino na terra.


Conclusão

A segunda vinda de Cristo ocorre em duas fases distintas: o arrebatamento e a manifestação gloriosa. Da mesma forma, o Antigo Testamento já apontava para duas vindas do Messias: uma para sofrer e outra para reinar. Esses eventos demonstram a precisão profética da Palavra de Deus e nos chamam a viver com esperança e prontidão. Cristo virá para buscar Sua Igreja e, posteriormente, reinará sobre toda a terra em glória e justiça.


Josué Matos

17. A Fé é um Dom que Deus Concede para que um Pecador Possa Crer?  (17/02/2025)


Ao longo dos anos, expositores da Bíblia têm se dividido em relação a essa questão. Alguns defendem com firmeza que a palavra "fé" em Efésios 2:8 é o dom de Deus que capacita um pecador a crer, enquanto outros acreditam que a frase "isto não vem de vós" descreve o conjunto da obra da graça de Deus na salvação. Ninguém negaria que a salvação, do começo ao fim, é obra de Deus em favor do pecador, e não obra do pecador para Deus. O início do capítulo enfatiza a morte espiritual e a depravação do pecador e, sem a intervenção e o poder de Deus, o indivíduo estaria totalmente indefeso e sem esperança. Assim, no grande plano do livramento divino, Deus concede a "fé salvadora", como Pedro lembra aos seus leitores: "aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa" (2 Pedro 1:1). É verdade que nunca teríamos crido se Deus não tivesse falado conosco, e nunca teríamos compreendido o valor da morte de Cristo por nós se o Espírito de Deus não nos tivesse revelado a verdade. Como Jonas declarou: "A salvação vem do Senhor."


No entanto, no Novo Testamento, a fé geralmente é vista como uma responsabilidade individual de acreditar na mensagem do evangelho. Portanto, creio que "o dom de Deus", mencionado em Efésios 2:8-9, não se refere à fé, mas sim à salvação, que é baseada na graça e recebida por meio da fé. Há várias razões para essa convicção. No grego, a gramática indica que "fé" (pistis) é um substantivo feminino, enquanto "isto" (touto) é um pronome demonstrativo neutro que significa "esta coisa". Assim, parece que Paulo não está descrevendo a fé, mas sim a salvação pela graça.


Além disso, alguns ensinadores incentivam os pecadores a orarem a Deus pedindo esse dom da fé. No entanto, o pecador nunca é ordenado a orar por um dom de fé. Pelo contrário, ele é ordenado a crer no evangelho. Se a fé fosse um dom especial concedido por Deus para que uma pessoa pudesse crer, a acusação de ser um "incrédulo" poderia ser questionada, pois alguém poderia argumentar que nunca recebeu essa fé para crer. Infelizmente, algumas pessoas colocam a si mesmas em uma espécie de "camisa de força espiritual", esperando por anos pelo dom da fé. E exatamente, como saberiam quando esse dom de fé chegaria? Isso permanece um mistério, pois elas aguardam um sentimento, uma forte convicção ou algum tipo de experiência semelhante à do Caminho de Damasco.


No entanto, a Escritura é clara ao afirmar que "a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus" (Romanos 10:17). Deus nos deu Sua Palavra, o evangelho revelou o remédio divino e a responsabilidade do homem é ouvir e crer. Há dezenas de versículos que tornam a realidade da "fé" ou do "crer em Deus" absolutamente clara:


  • "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo."
  • "Aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece."
  • "Vós também Me vistes e não credes."


Ninguém jamais poderá dizer a Deus: "Eu não consegui crer." Não há falta de evidência suficiente para que a fé se apoie, mas, no fim das contas, a questão se resume à vontade do indivíduo. A maior responsabilidade do homem é crer em Deus e em Sua Palavra, e o resultado será essa maravilhosa salvação pela graça.

O dom de Deus é a vida eterna por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.

Derksen, Marvin 

18. O Que Respondi a Membro da Congregaçã Cristã no Brasil? (18/02/2025)


O termo "seita" é frequentemente utilizado para descrever grupos que, embora reivindiquem uma base cristã, desviam-se das doutrinas fundamentais das Escrituras ou promovem divisões dentro do corpo de Cristo. No contexto bíblico, a palavra "seita" deriva do grego "hairesis", que significa escolha ou facção, e é utilizada para identificar grupos que causam divisões ou se afastam da verdade estabelecida. Por exemplo, em Atos dos Apóstolos 5:17, menciona-se a "seita dos saduceus", referindo-se a um grupo específico dentro do judaísmo com crenças distintas. Portanto, biblicamente, uma seita é qualquer grupo que promove divisões ou se desvia da sã doutrina ensinada nas Escrituras.

Se analisarmos as sete cartas de Apocalipse 2 e 3, veremos um panorama profético da história da Igreja. Ao chegarmos na carta à Filadélfia, percebemos algo notável. Hoje, muitas organizações chamadas "igrejas" seguem decretos de concílios, tradições humanas e opiniões de seus fundadores. No entanto, a igreja em Filadélfia era diferente: não seguia costumes passados nem decretos religiosos. O Senhor Jesus afirmou: "Tu guardaste a Minha Palavra". Ali havia cristãos que se reuniam em nome de Jesus Cristo, atraídos por Ele na salvação, e que obedeciam apenas à Sua Palavra. A Bíblia era sua única autoridade, acima de qualquer tradição ou opinião humana.

Alguns criticam, e até condenam com palavras duras, as pequenas igrejas que se reúnem unicamente em nome do Senhor Jesus Cristo. Podem até zombar: "É claro que aquela 'igrejinha' está errada, pois só fazem obedecer à Bíblia e mais nada". Mas devemos agradecer a Deus por essas igrejas fiéis!

As organizações religiosas criadas pelos homens recebem nomes próprios e se multiplicam, mas Filadélfia, uma igreja com pouca força, guardava a Palavra do Senhor e tinha apenas um Nome: o Nome de Jesus Cristo.

Assim como em Corinto, onde alguns escolhiam nomes de líderes espirituais do passado para se identificar, muitos hoje denominam suas igrejas com base em doutrinas ou em nomes próprios. No entanto, um verdadeiro cristão que deseja seguir a vontade do Senhor não pode se reunir sob um nome denominacional, pois isso significa negar o Nome de Cristo. Quem quer andar conforme a Palavra de Deus não deve aceitar decretos de concílios nem opiniões de pregadores, mas apenas a Escritura Sagrada. O Nome de Jesus Cristo deve ser sua única identidade, sem qualquer luta para defender uma denominação. A fidelidade deve ser à Palavra de Cristo e ao Seu Nome.

Atualmente, ao dizer que é cristão, logo perguntam: "De que igreja você é?". E se alguém não tem um nome denominacional, muitos estranham, como se estivesse escondendo algo. Infelizmente, muitos cristãos não percebem a beleza da simplicidade das igrejas locais que Deus tem estabelecido na terra.

Para aqueles que compreendem essa verdade, devemos valorizar ainda mais a Palavra do Senhor e a beleza do Seu Nome. E não devemos guardar isso apenas para nós mesmos, mas compartilhar com aqueles que ainda estão presos ao sistema denominacional. Temos o dever de anunciar a verdade do Novo Testamento, para que muitos possam abrir os olhos e se libertar dessas organizações humanas. Devemos chamá-los a sair para Cristo, fora do arraial, pois é lá que poderão conhecê-Lo de maneira mais íntima: "Saiamos, pois, a Ele fora do arraial, levando o Seu desprezo." (Hebreus 13:13)

Um exemplo disso está em João 9, onde o Senhor Jesus curou um cego de nascença. Após ter sua visão restaurada, os líderes religiosos o pressionaram para que falasse o que eles queriam ouvir. Mas ele apenas declarou: "Eu era cego, e agora vejo". Como não aceitavam a verdade, expulsaram-no da sinagoga. Logo depois, Jesus encontrou-se com ele fora daquele sistema religioso. Foi lá fora que ele teve comunhão com o Senhor. O mesmo acontece com todos os que foram salvos por Cristo: devem valorizar essas reuniões simples, onde Sua Palavra é guardada e Seu Nome não é negado.


Análise da Congregação Cristã no Brasil (CCB):


  1. Exclusivismo e Isolacionismo: A CCB é conhecida por sua postura exclusivista, frequentemente considerando-se a única detentora da verdadeira fé cristã. Essa visão pode levar ao isolamento de outras comunidades cristãs e à promoção de uma mentalidade sectária. No entanto, as Escrituras enfatizam a unidade do corpo de Cristo. Em 1 Coríntios 12:12-13, Paulo destaca que, embora sejamos muitos membros, formamos um só corpo em Cristo. Atitudes que promovem divisões ou sugerem exclusividade contrariam o espírito de unidade ensinado no Novo Testamento.

  2. Enfoque na Salvação por Obras: Embora a CCB afirme crer na salvação pela graça mediante a fé, observa-se uma ênfase significativa em práticas e normas específicas como evidências de salvação. Por exemplo, há orientações rigorosas sobre vestimentas e comportamentos que, embora possam ter valor disciplinar, não devem ser confundidas com requisitos para a salvação. As Escrituras são claras ao afirmar que a salvação é um dom gratuito de Deus, não baseado em obras humanas. Em Efésios 2:8-9, lemos: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie." Portanto, qualquer ensino que sugira que obras ou conformidade a normas específicas sejam necessárias para a salvação distorce o evangelho da graça.

  3. Interpretação Restritiva das Escrituras: A CCB tende a desencorajar a interpretação individual das Escrituras, promovendo a ideia de que apenas líderes específicos possuem a capacidade de interpretá-las corretamente. Essa abordagem pode limitar o crescimento espiritual dos membros e criar dependência excessiva de líderes humanos. No entanto, a Bíblia incentiva todos os crentes a examinarem as Escrituras e a buscarem entendimento. Em Atos dos Apóstolos 17:11, os bereanos foram elogiados por examinarem diariamente as Escrituras para verificar a veracidade das mensagens que recebiam. Além disso, em 2 Timóteo 3:16-17, Paulo afirma que "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." Isso indica que todos os crentes são encorajados a estudar e aplicar as Escrituras em suas vidas.

  4. A Falsa Alegação de Origem no Movimento dos Irmãos: Algumas pessoas afirmam que a CCB teve origem no Movimento dos Irmãos. No entanto, essa alegação não tem valor real. Se a CCB realmente "saiu" dos Irmãos, significa que, em algum momento, discordou da doutrina bíblica que os Irmãos seguiam e, assim, desviou-se da verdade. Esse mesmo princípio se aplica a diversas figuras na Bíblia. Adão e Eva estavam em um estado de inocência, mas decidiram desobedecer a Deus e perderam sua comunhão com Ele. Da mesma forma, Lúcifer era um querubim ungido, mas escolheu rebelar-se e tornou-se maligno. Os gálatas, que haviam começado bem na fé, foram repreendidos por Paulo com as palavras: "Corríeis bem; quem vos impediu de obedecer à verdade?" (Gálatas 5:7). O fato de um grupo religioso ter saído de outro não significa que manteve a verdade, mas pode ser uma evidência de que se afastou da sã doutrina.

  5. Registro Governamental e Nome Denominacional: A exigência de um registro junto ao governo para a legalização de um local de reunião nada tem a ver com a adoção de um nome denominacional. O registro oficial é um requisito legal para funcionamento administrativo e não determina a identidade da igreja local. A igreja no Novo Testamento nunca recebeu um nome específico; a Bíblia os chama simplesmente de cristãos, irmãos, crentes e discípulos. A verdadeira Igreja de Cristo não é caracterizada por um título denominacional, mas pela fé e comunhão dos santos em Cristo. O fato de um grupo adotar um nome formalizado e institucionalizado já denota um desvio do modelo bíblico de reunião dos crentes.


Paralelo com a Igreja de Corinto:

Mesmo em comunidades cristãs autênticas, como a igreja em Corinto, surgiram divisões e facções. Paulo aborda esse problema em sua primeira carta aos coríntios, destacando que alguns membros estavam se alinhando a diferentes líderes, dizendo: "Eu sou de Paulo", "Eu sou de Apolo", "Eu sou de Cefas" ou "Eu sou de Cristo" (1 Coríntios 1:12). Essas divisões indicavam uma imaturidade espiritual e uma compreensão equivocada da unidade em Cristo. Paulo exorta os coríntios a estarem unidos, afirmando: "Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer" (1 Coríntios 1:10). Isso demonstra que, mesmo em igrejas verdadeiras, é possível o surgimento de divisões que precisam ser corrigidas à luz das Escrituras.

Além disso, em 1 Coríntios 11:19, Paulo afirma: "E até importa que haja heresias [hairesis] entre vós, para que os que são sinceros se manifestem entre vós." Aqui, "hairesis" é traduzida como "heresias", mas pode ser entendida como "divisões sectárias". O mesmo termo é usado em Gálatas 5:20, quando Paulo inclui as "heresias" (αἱρέσεις) entre as obras da carne. Isso reforça que mesmo em igrejas verdadeiras havia risco de seitas emergirem dentro delas, algo que deveria ser combatido pela sã doutrina.

A Congregação Cristã no Brasil (CCB) adota uma doutrina conhecida como "pecado de morte", na qual certos pecados são considerados tão graves que resultariam na perda definitiva da salvação. Essa perspectiva pode levar membros que cometeram tais pecados a se sentirem excluídos e sem esperança, resultando em afastamento da comunidade e, em casos extremos, desistência da própria vida.


Análise da Doutrina do "Pecado de Morte":


  1. Falta de Base Bíblica para a Perda Irrevogável da Salvação: As Escrituras afirmam que a salvação é um dom gratuito de Deus, assegurado pela fé em Jesus Cristo. Em João 10:28-29, Jesus declara: "Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai." Isso indica que a segurança do crente está nas mãos de Deus, e não depende de méritos ou deméritos humanos.

  2. Interpretação Equivocada de "Pecado para Morte": A referência em 1 João 5:16 ao "pecado para morte" tem sido objeto de diversas interpretações. No entanto, muitos estudiosos concordam que não se trata de um pecado específico que leva à perda da salvação, mas possivelmente de um pecado que resulta em consequências físicas ou disciplina divina severa. Não há respaldo bíblico claro para afirmar que certos pecados possam anular a obra redentora de Cristo na vida do crente.

  3. Consequências Psicológicas e Espirituais do Exclusivismo: A postura exclusivista e a ênfase em uma lista específica de pecados imperdoáveis podem gerar um ambiente de medo e desesperança. Membros que acreditam ter cometido tais pecados podem sentir-se irremediavelmente condenados, levando ao isolamento e, em casos extremos, à perda da vontade de viver. Isso contrasta com a mensagem de reconciliação e esperança presente no evangelho.


Conclusão: 

A doutrina do "pecado de morte" tal como ensinada pela CCB carece de fundamento bíblico sólido e pode resultar em graves danos emocionais e espirituais aos seus membros. É essencial retornar ao ensino das Escrituras, que enfatiza a segurança eterna do crente em Cristo e a disponibilidade contínua do perdão divino para todos os pecados, mediante o arrependimento sincero.


Ao avaliar as práticas e doutrinas da Congregação Cristã no Brasil, é essencial compará-las com os ensinamentos claros das Escrituras. Práticas que promovem exclusivismo, ênfase desproporcional em obras para a salvação e restrições à interpretação pessoal da Bíblia podem ser indicativos de desvios da sã doutrina. Assim como Paulo corrigiu as divisões na igreja de Corinto, é necessário que comunidades cristãs hoje se alinhem aos princípios bíblicos, promovendo a unidade do corpo de Cristo e mantendo a pureza do evangelho da graça.

Josué Matos

19. Os significados bíblicos de Sodomita e Lunático (22/02/2025)

Aqui estão os significados bíblicos de sodomita e lunático, de acordo com a Bíblia e o contexto histórico em que essas palavras eram usadas:


Sodomita


A palavra sodomita aparece na Bíblia em algumas traduções mais antigas, especialmente na Almeida Revista e Corrigida (ARC). O termo deriva de Sodoma, a cidade mencionada em Gênesis 19, que foi destruída por Deus devido à sua extrema perversão moral.


No Antigo Testamento, o termo sodomita (hebraico: קָדֵשׁ - qadesh) refere-se especificamente a prostitutos cultuais masculinos que estavam envolvidos em práticas imorais nos cultos pagãos. Em algumas passagens, a palavra está associada à prostituição ligada a templos idólatras.


  • Deuteronômio 23:17 (ARC) - "Entre os filhos de Israel não haverá prostituta nem sodomita."
  • 1 Reis 14:24 (ARC) - "Havia também sodomitas na terra; fizeram conforme todas as abominações das nações que o Senhor lançara fora de diante dos filhos de Israel."


No Novo Testamento, a palavra equivalente é traduzida como "efeminados" ou "abusadores de si mesmos com os homens" (1 Coríntios 6:9, ARC). As Escrituras condenam as práticas associadas à sodomia como contrárias à vontade de Deus.


Lunático


A palavra lunático aparece na Bíblia na versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), derivando do latim lunaticus, que significa "influenciado pela lua". Esse termo era usado para descrever pessoas que apresentavam sintomas de distúrbios mentais ou convulsões, e que se acreditava estarem ligadas aos ciclos da lua.


  • Mateus 17:15 (ARC) - "Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e, muitas vezes, na água."


No contexto bíblico, a condição chamada de lunatismo era frequentemente associada a ataques epilépticos ou opressão demoníaca, conforme o entendimento da época. No caso descrito em Mateus 17, o Senhor Jesus cura o menino, mostrando que a origem do problema não era apenas física, mas também espiritual.


Conclusão


  • Sodomita, na Bíblia, refere-se àqueles que praticavam prostituição masculina no contexto de cultos idólatras, sendo um termo usado para condenar imoralidades sexuais.
  • Lunático era um termo usado para descrever pessoas com transtornos mentais ou epilépticos, muitas vezes ligados à crença de que a lua influenciava esses distúrbios.


Josué Matos

20. O Ateu Moralista (22/02/2025)


A afirmação de que os Dez Mandamentos são um "absurdo" e que a verdadeira realidade da vida está no "íntimo de cada um" ignora um dos principais ensinos da Escritura: o homem está completamente corrompido pelo pecado e incapaz de produzir algo bom por si só.


A Lei não foi dada para salvar ou corrigir o homem

Deus não deu a Lei para que o homem pudesse se salvar por meio dela ou para que, ao tentar segui-la, pudesse se corrigir. Pelo contrário, a Lei foi dada para revelar algo que o homem, em sua cegueira espiritual, não sabia sobre si mesmo: que ele está em completa ruína e que Deus é santo e não tolera o pecado.


• Romanos 3:10-12: "Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só."


O homem pode acreditar que há alguma bondade dentro de si, mas a Palavra de Deus diz exatamente o contrário: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jeremias 17:9).


A Lei expõe a pecaminosidade do homem.

A função da Lei foi justamente mostrar o estado real do homem diante de Deus. Sem a Lei, o homem poderia se enganar, achando que estava em boas condições espirituais, mas ao se deparar com os mandamentos de Deus, fica evidente que ele está perdido.


• Romanos 7:7: "Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás."

• Gálatas 3:24: "De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados."


A Lei não veio para que o homem pudesse se justificar por ela, mas para que reconhecesse sua condição desesperadora. Ela devia despertar no pecador a necessidade de um Salvador fora dele mesmo.


A Lei apontava para Cristo

Mais do que revelar o pecado, a Lei também apontava para aquele que haveria de vir: o Senhor Jesus Cristo. A Lei de Moisés exigia sacrifícios contínuos para expiação temporária do pecado, mas esses sacrifícios nunca poderiam realmente tirar o pecado (Hebreus 10:4).

A provisão temporária dos sacrifícios ensinava que o pecado só poderia ser tratado por meio do derramamento de sangue (Levítico 17:11). Isso apontava para o sacrifício perfeito e definitivo do Cordeiro de Deus:


• João 1:29: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo."

• Hebreus 10:12: "Mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus."


Agora, temos a Lei que nos condena e o Salvador que a própria Lei dizia que precisaríamos.

O erro do pensamento humanista: "a bondade está dentro de nós".


A ideia de que a moralidade e a verdade vêm do "íntimo do homem" é uma das maiores mentiras de Satanás. Desde o Éden, o inimigo tem enganado o homem, levando-o a confiar em si mesmo, em sua "evolução espiritual" e em sua própria "luz interior".


• Gênesis 3:1,4-5: "Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo, que o Senhor Deus tinha feito, e esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? (...) Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal."


A raiz do pecado está exatamente na tentativa de o homem ser autônomo de Deus, achando que pode discernir o bem e o mal por si mesmo. Mas Deus já declarou que no homem não há bem algum.


• Romanos 7:18: "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum."

• Isaías 64:6: "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia."


Se algo de bom pudesse surgir do coração do homem, então Cristo não precisaria ter vindo. Mas o próprio Senhor Jesus ensinou que o mal vem de dentro do homem:


• Marcos 7:21-23: "Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem."


Dizer que o "homem deve seguir o que está dentro de si" é repetir a mentira da serpente. Deus disse o oposto! Ele declarou que o homem está morto em delitos e pecados (Efésios 2:1) e que somente Cristo pode trazer a vida (João 14:6).


O homem precisa de Cristo, não de si mesmo.

A Lei não foi dada para que o homem pudesse se salvar, mas para que ele reconhecesse sua necessidade de salvação. Ela revelou a justiça e a santidade de Deus, que não pode tolerar o pecado, e mostrou que o homem é totalmente incapaz de alcançar a perfeição por si só.


Mas graças a Deus, Ele não nos deixou apenas com a condenação da Lei. Cristo veio cumprir a Lei e oferecer a salvação por Sua graça!


• Romanos 8:3-4: "Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito."


Portanto, quando alguém diz que a verdade está "dentro do homem", devemos responder com a Escritura: "O homem não tem verdade alguma dentro de si, apenas trevas. Mas Deus enviou a luz do mundo, o Senhor Jesus Cristo, para nos tirar da escuridão."


• João 8:12: "Falou-lhes pois Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida."


Se alguém quer conhecer a "verdadeira realidade da vida", precisa olhar para fora de si mesmo e para aquele que Deus enviou, o único que pode salvar: o Senhor Jesus Cristo (João 3:16-18)!


O ateu pode dizer que tudo que existe são obras dos homens e que Deus não interfere em nada. Mas será que isso realmente faz sentido? Será que o homem pode criar algo sem que antes tenha recebido tudo de Deus?


Pense nisso: o homem constrói casas, mas a madeira vem das árvores que ele não criou. Ele desenvolve tecnologia, mas os materiais usados são tirados da terra que ele não formou. Ele projeta máquinas, mas a inteligência que possui não veio dele mesmo. Tudo que o homem faz é apenas transformar aquilo que já lhe foi dado. Mas quem deu ao homem a matéria-prima? Quem deu o intelecto para inventar?


A Bíblia declara que "Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam" (Salmos 24: 1). Tudo o que existe foi criado por Deus e continua existindo porque Ele sustenta todas as coisas. O apóstolo Paulo disse que "nele vivemos, e nos movemos, e existimos" (Atos 17:28). Se Deus retirasse Seu poder por um segundo sequer, nada continuaria de pé.


A ideia de que Deus não interfere no mundo ignora o maior ato da história: a vinda do Senhor Jesus Cristo. Deus entrou no mundo de forma visível, caminhou entre os homens, operou milagres, morreu na cruz e ressuscitou, demonstrando que não é um Deus distante e indiferente. A cruz é a maior prova da interferência de Deus na história humana.


Além disso, veja a história. Quantos impérios grandiosos surgiram e caíram sem explicação lógica? Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma... todos desapareceram, mas o plano de Deus seguiu adiante. Como explicar a preservação do povo de Israel por milhares de anos, enquanto grandes civilizações foram apagadas? Como explicar as profecias bíblicas que se cumprem diante dos nossos olhos?


Dizer que Deus não está presente na história é como um peixe dizer que não há água ao seu redor. O fato de você estar respirando agora é um ato da graça de Deus. Se Ele quisesse, poderia cessar sua vida num instante. Mas Ele lhe dá tempo, oportunidade e evidências para que você se arrependa e creia Nele.


O homem gosta de se gloriar em suas obras, mas o Senhor já declarou: "Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus" (Isaías 45:5). Você pode ignorar a presença de Deus, mas isso não muda a realidade de que Ele governa soberanamente sobre tudo.


A verdadeira questão não é se Deus está agindo no mundo, mas se você está disposto a reconhecê-Lo.


Josué Matos

21. A "igreja católica", escondeu a verdadeira mensagem de redenção? (23/02/2025)

Para responder a esse argumento, é necessário analisar a questão em três aspectos fundamentais: a preservação da mensagem de redenção, a influência histórica da Igreja e o surgimento de diversas filosofias e religiões ao longo do tempo.


1. A Preservação da Mensagem de Redenção


A mensagem de redenção em Jesus Cristo tem sido preservada e transmitida desde o primeiro século. Os primeiros cristãos registraram os ensinamentos de Cristo e dos apóstolos nos Evangelhos e nas epístolas, formando o Novo Testamento. Estes escritos foram amplamente copiados e distribuídos, e hoje há milhares de manuscritos antigos que confirmam a fidedignidade do texto bíblico.


Há evidências históricas de que os escritos bíblicos foram protegidos e preservados por diferentes grupos cristãos ao longo da história. A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, por exemplo, confirma que os textos do Antigo Testamento se mantiveram inalterados ao longo dos séculos. Além disso, a própria transmissão oral desempenhou um papel crucial na propagação da doutrina cristã.


A Igreja Primitiva, composta por comunidades de crentes, não estava concentrada em uma única instituição centralizada, mas sim espalhada por diversas regiões, onde os ensinos de Cristo eram compartilhados livremente. Isso significa que a mensagem de redenção não poderia ser completamente suprimida por nenhuma entidade específica.


2. O Papel da Igreja e a Disseminação do Cristianismo


A Igreja, ao longo dos séculos, teve momentos de corrupção e desvios doutrinários, principalmente quando a instituição se uniu ao poder político. Durante a Idade Média, há registros de que a Igreja Romana centralizou a autoridade religiosa e, em algumas situações, restringiu o acesso às Escrituras para manter o controle teológico. No entanto, isso não significa que a verdadeira mensagem de redenção foi completamente oculta ou perdida.


A Reforma Protestante no século XVI foi um marco na recuperação da livre leitura da Bíblia. Reformadores como Martinho Lutero, William Tyndale e outros traduziram a Bíblia para línguas vernáculas, permitindo que a população tivesse acesso direto às Escrituras. Isso resultou em um grande movimento de retorno às verdades fundamentais da fé cristã, incluindo a doutrina da salvação pela graça mediante a fé em Cristo.


3. O Surgimento de Outras Filosofias e Religiões


A diversidade de religiões e filosofias no mundo não pode ser atribuída exclusivamente às ações da Igreja Romana. Desde os tempos bíblicos, a humanidade sempre buscou diferentes formas de espiritualidade e entendimento do divino. O apóstolo Paulo, ao pregar no Areópago em Atenas (Atos 17:22-23), mencionou a existência de um altar dedicado ao "Deus desconhecido", demonstrando que a pluralidade de crenças sempre foi uma realidade.

O sincretismo religioso, a influência cultural e as condições sociopolíticas de diferentes regiões contribuíram para o desenvolvimento de diversas correntes religiosas. O próprio crescimento do cristianismo levou às divisões teológicas e institucionais, originando diferentes denominações e interpretações das Escrituras.

A Bíblia ensina que a verdade está em Jesus Cristo, e que Ele é o caminho para a salvação. Mesmo diante da fragmentação religiosa ao longo da história, a mensagem central do Evangelho continua acessível para aqueles que buscam a verdade nas Escrituras.


Conclusão


A ideia de que a Igreja Romana tenha "escondido" a verdadeira mensagem de redenção é uma simplificação da história do cristianismo. Embora tenha havido momentos de obscurantismo e controle eclesiástico, a Palavra de Deus nunca foi destruída nem totalmente ocultada. Sempre houve crentes fiéis que preservaram e transmitiram as verdades da fé cristã.

A mensagem de redenção em Cristo está disponível para todos os que desejam conhecê-la. A responsabilidade individual é buscar na Bíblia a verdade que conduz à vida eterna. O surgimento de outras filosofias e religiões faz parte da história da humanidade, mas a verdade do Evangelho continua sendo proclamada e transformando vidas em todas as partes do mundo.


Josué Matos

22. Espírito Santo, somos todos nós desde o princípio Elementar de nossa criação? (23/02/2025)

Para responder a essa afirmação, é necessário analisar a doutrina bíblica sobre o Espírito Santo e sua natureza. A compreensão correta do tema está fundamentada nas Escrituras e na história da revelação divina.


1. A Pessoa do Espírito Santo


O Espírito Santo é claramente apresentado na Bíblia como uma Pessoa e não apenas uma força ou um princípio elementar da criação. No Evangelho de João, o Senhor Jesus fala do Espírito Santo como "outro Consolador" (João 14:16-17), indicando que Ele é um Ser distinto, assim como Cristo é.


O Espírito Santo possui atributos pessoais, tais como:


  • Inteligência (1 Coríntios 2:10-11)
  • Vontade (1 Coríntios 12:11)
  • Emoções (Efésios 4:30)
  • Capacidade de ensinar e guiar (João 16:13)


Além disso, Ele pode ser entristecido (Efésios 4:30) e pode se comunicar com os crentes (Atos 13:2), o que demonstra sua personalidade.


2. O Espírito Santo e a Criação


A afirmação de que "somos todos o Espírito Santo" desde o princípio da criação não encontra respaldo bíblico. A Bíblia ensina que o Espírito Santo participou ativamente da criação (Gênesis 1:2), mas não que Ele seja a essência de toda a humanidade. Cada ser humano foi criado à imagem de Deus (Gênesis 1:26-27), mas isso não significa que somos, individualmente, o Espírito Santo.


3. O Ensinamento Bíblico e a Igreja


A doutrina sobre o Espírito Santo não é uma invenção da Igreja Católica ou de qualquer outra instituição cristã. Desde os primeiros séculos, os cristãos fiéis às Escrituras reconheceram que Ele é uma das Pessoas da Trindade, junto com o Pai e o Filho. Essa verdade é evidenciada no batismo cristão, quando o Senhor Jesus ordenou que seus discípulos batizassem "em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mateus 28:19).

O Espírito Santo foi enviado para habitar nos crentes após a ascensão de Cristo (Atos 2). Ele é quem convence do pecado (João 16:8) e quem guia os crentes à verdade (João 16:13). Nenhuma passagem bíblica ensina que todos os seres humanos são o Espírito Santo, mas sim que Ele habita nos que creem em Cristo (Romanos 8:9).


Conclusão


A ideia de que "somos todos o Espírito Santo" é incompatível com o ensino bíblico. O Espírito Santo é uma Pessoa divina, distinta dos seres humanos, mas que habita naqueles que são regenerados pela fé em Cristo. Ele é o Consolador enviado para guiar e ensinar os crentes, e sua presença na Igreja é uma prova do cumprimento das promessas de Deus.

A Igreja não precisa se "atualizar" nesse aspecto, pois a verdade de Deus é imutável. O que precisamos é compreender melhor as Escrituras para evitar equívocos sobre a natureza e a obra do Espírito Santo.


Josué Matos

23. Como você participa da "Santa" Ceia, já que não faz parte de uma "Igreja"? (23/02/2025)


A cristandade se desviou tanto do modelo bíblico deixado para a Igreja que, quando se fala em segui-lo hoje, parece que nossa mensagem é de outro mundo. Isso inclui também a prática da Ceia do Senhor, que muitos chamam de "Santa Ceia", embora a Bíblia nunca use esse termo. A Ceia do Senhor é uma das muitas reuniões da igreja local, que também deveria ser todas chamadas de santas, se fosse o caso.


Eu nunca disse que não fazia parte de uma igreja. Pois, não devemos confundir uma igreja local, composta por pessoas salvas reunidas ao nome do Senhor Jesus (Mateus 18:20), com um templo eclesiástico chamado de igreja. Portanto, primeiramente, comecei a fazer parte da Igreja, o Corpo de Cristo, no momento da minha salvação, no dia 25 de janeiro de 1988. Em 1989, fui batizado e recebido numa igreja local onde morava, e hoje continuo fazendo parte de uma igreja local que se reúne em um determinado local para as reuniões regulares encontradas em Atos dos Apóstolos e nas epístolas escritas às igrejas locais. Atualmente, o desvio é tanto do modelo bíblico que seguir este padrão se tornou uma anomalia, e o que foi criado pela organização eclesiástica humana se tornou o padrão comum aceito.


A igreja que se reúne não tem nada a ver com um registro junto ao governo para reuniões públicas. Uma coisa não tem qualquer relação com a outra. O que define a igreja local não é um reconhecimento legal, mas sim a reunião dos santos ao nome do Senhor Jesus conforme o padrão bíblico. 


O Novo Testamento nos ensina que a Ceia do Senhor foi estabelecida pelo próprio Senhor Jesus na noite em que foi traído (1 Coríntios 11:23-26). Os primeiros crentes a praticavam regularmente e a Escritura indica que isso ocorria nas casas onde os santos se reuniam (Atos 2:46).


A ideia de que apenas um líder especialmente designado pode administrar a Ceia do Senhor não tem suporte no Novo Testamento. O ensino bíblico mostra que a igreja local é composta por crentes reunidos ao nome do Senhor, e não depende de uma hierarquia clerical para suas práticas. Em 1 Coríntios 10:16-17, o pão e o cálice são compartilhados entre os crentes como expressão de sua unidade em Cristo. Não se trata de uma cerimônia conduzida por uma figura sacerdotal exclusiva, mas de um ato de adoração e comunhão entre os santos.


A prática de reunir-se para as reuniões da igreja e partir o pão em uma casa, uma sala ou em um salão, por ser um número maior de irmãos, também é coerente com o ensino das Escrituras. Não é necessário estar vinculado a uma instituição religiosa oficial para cumprir as ordenanças do Senhor. A verdadeira igreja é composta pelos crentes, e não por estruturas humanas. Sempre que os santos se reúnem ao nome do Senhor Jesus, em dependência dEle e conforme os princípios bíblicos, eles estão em pleno direito de lembrar do Senhor, partindo o pão e bebendo do cálice em sua memória.


Portanto, não é necessária a autorização de um grupo hierárquico para participar da Ceia do Senhor. O que é essencial é que seja feita de forma reverente, com coração puro e em obediência ao ensino das Escrituras.


Josué Matos

24. Os irmãos da assembleia exclusivista não recebem os irmãos já estando eles há anos, para mim isso não faz sentido. Só queria saber se é bíblico? (24/02/2024)


Primeiramente, entendo sua preocupação e frustração em relação à dificuldade de ser recebida à comunhão da igreja e puder participar da Ceia do Senhor. Essa é uma questão séria, e é essencial que haja clareza e base bíblica em todas as decisões da assembleia local. 


 1. A Igreja não é uma organização secreta 

 Como você bem observou, a igreja local não é como uma sociedade secreta onde apenas alguns "iluminados" têm acesso aos seus privilégios. A Ceia do Senhor é uma ordenança dada a todos os crentes genuínos, não uma cerimônia fechada arbitrariamente. O Novo Testamento ensina que a Ceia é para aqueles que pertencem ao corpo de Cristo, e a porta da comunhão deve estar aberta para todos os verdadeiros crentes que andam conforme os princípios bíblicos. 


 2. O equilíbrio entre a recepção e a santidade da mesa 

 A Bíblia ensina que nem todos podem participar da Ceia indiscriminadamente (1 Coríntios 5:11; 1 Coríntios 11:27-29), mas também não ensina que um crente genuíno e fiel precisa esperar anos para ser recebido na comunhão da igreja e possa participar das reuniões da igreja, incluindo a Ceia do Senhor. O apóstolo Paulo repreendeu os coríntios por tomarem a Ceia de forma indigna, mas nunca impôs restrições exageradas para aqueles que estavam em comunhão na igreja e com Cristo. 


 3. O dever da assembleia de explicar suas razões 

 Como eu não sei os motivos pelos quais os irmãos não estão permitindo que você participe, fica difícil dizer exatamente onde estão certos ou errados. Porém, é um direito seu perguntar e uma obrigação deles dar uma resposta clara e fundamentada na Palavra de Deus. A comunhão da igreja não pode ser governada por regras humanas, mas pela autoridade das Escrituras. Se a recusa se baseia apenas em costumes locais, tradições ou exigências que vão além da Bíblia, isso se torna um problema sério. Se a pessoa crê na salvação unicamente na obra de Cristo, foi batizada, segue a doutrina dos apóstolos e não vive em pecado, não há razão bíblica para negar-lhe a comunhão na igreja local e a participação da Ceia do Senhor. 


 4. O perigo do exclusivismo sem base bíblica 

O exclusivismo sem fundamento nas Escrituras pode se tornar algo prejudicial. O Senhor Jesus nunca rejeitou um verdadeiro crente que vinha a Ele. Pelo contrário, Ele condenou os fariseus por colocarem fardos pesados sobre as pessoas e impedirem outros de entrar no Reino de Deus (Mateus 23:13). Se uma assembleia local impõe regras que a Bíblia não impõe, ela precisa reavaliar suas práticas. 


 5. Como agir diante dessa situação? 

 Minha sugestão é que você pergunte diretamente aos irmãos qual o motivo específico da recusa e solicite que fundamentem sua resposta na Palavra de Deus. Se não houver uma justificativa clara e bíblica, isso pode indicar que tradições humanas estão sendo colocadas acima da verdade bíblica.

Recusar a comunhão de um crente com base exclusivamente em 1 Timóteo 5:22 — "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos" — não é uma aplicação válida do versículo. O contexto continua: "nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro", indicando que a questão envolve discernimento e cuidado na imposição de mãos, e não um impedimento arbitrário.

É legítimo que haja um período de observação para que a igreja e os irmãos tenham plena certeza da conversão e do testemunho do candidato à comunhão. No entanto, se não houver evidências bíblicas que justifiquem sua recusa, não há razão para prolongar essa espera.


Se os irmãos realmente seguem os princípios das Escrituras, deveriam agir conforme Atos 2:41-42, onde vemos que aqueles que creram foram batizados e logo estavam em comunhão. Se há um crente sincero, batizado e que anda corretamente, não há razão para que fique anos esperando para partir o pão. 


Notemos agora o procedimento fundamentado nos princípios bíblicos e nas práticas das igrejas locais, na recepção de um novo membro ou um irmão de visita:


1. Testemunho de Conversão

O candidato deve fornecer um relato claro de sua experiência de salvação, demonstrando compreensão do evangelho e evidências de uma vida transformada. Isso está alinhado com o exemplo dos primeiros cristãos, que, ao crerem, eram acrescentados à comunhão dos santos (Atos dos Apóstolos 2:41).


2. Batismo

O batismo por imersão, como expressão pública de fé em Jesus Cristo, é considerado um pré-requisito para a comunhão plena na igreja local. Este ato simboliza a identificação com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo (Romanos 6:3-5).


3. Avaliação Doutrinária

É importante que os anciãos ou líderes da igreja assegurem que o candidato compreende e concorda com as doutrinas fundamentais da fé cristã pregadas pelos apóstolos. A unidade na doutrina é essencial para a harmonia e edificação mútua (Efésios 4:3-6).


4. Observação do Testemunho

Um período de observação pode ser estabelecido para avaliar o comportamento e o compromisso do candidato com a vida cristã. Isso reflete a instrução de não impor as mãos precipitadamente a ninguém (1 Timóteo 5:22), garantindo que a pessoa viva de maneira digna da vocação cristã.


5. Apresentação à Congregação

Após a avaliação positiva, o candidato pode ser apresentado pelos anciãos à assembleia, onde sua intenção de se unir à comunhão é comunicada. A congregação é encorajada a receber o novo membro com amor e aceitação, conforme o mandamento de receber no Senhor, como convém aos santos (Romanos 16:2).


6. Participação na Ceia do Senhor

Com a recepção formalizada, o novo membro é convidado a participar da Ceia do Senhor, compartilhando do pão e do cálice em memória do sacrifício de Cristo (1 Coríntios 11:23-26).

Este processo visa assegurar que a admissão na comunhão da igreja local seja conduzida de maneira bíblica, promovendo a unidade e a pureza da congregação.

 

A recepção de pessoas na igreja local é um tema central na vida cristã, pois reflete tanto a fidelidade à Palavra de Deus quanto o cuidado com a comunhão entre os irmãos. Esse processo, que gera debates e reflexões, envolve princípios claros e práticas específicas que buscam honrar o Senhor e preservar a unidade do testemunho coletivo. Cada igreja local carrega a responsabilidade final por suas decisões, mas isso não significa ignorar o vínculo com outras igrejas que compartilham a mesma fé. Por exemplo, receber alguém que foi disciplinado biblicamente por outra congregação seria um desrespeito a esse vínculo espiritual.


A Bíblia apresenta diferentes formas de recepção, adaptadas às circunstâncias dos cristãos. Uma delas é a recepção inicial, destinada àqueles que, recém-convertidos, entram pela primeira vez na comunhão, como vemos em Atos 2:42-47. Outra ocorre quando irmãos mudam de residência e precisam se integrar a uma nova igreja local, algo comum nos tempos apostólicos (Romanos 16:3). Há também a recepção temporária de visitantes, que passam pouco tempo em uma localidade (Romanos 16:2), e a restauração de quem, após disciplina, retorna à comunhão (2 Coríntios 2:5-11). Por fim, a recepção de ensinadores exige atenção especial para proteger o rebanho de ensinos falsos (Atos 18:27). Em todos esses casos, a igreja age sob a autoridade da Palavra, guiada por presbíteros que servem em nome da comunidade.


Um ponto essencial é que a recepção não se limita ao "partir do pão" ou à ceia do Senhor, mas abrange a comunhão plena, que inclui privilégios e responsabilidades. Essa comunhão exige mutualidade: a pessoa recebida deve acolher os ensinos e práticas da igreja, rejeitando divisões sectárias. Isso diferencia a igreja local do "corpo de Cristo" universal — nem todo cristão é automaticamente recebido, mas apenas aqueles cuja vida e doutrina estão em harmonia com as Escrituras. O exemplo de Saulo, investigado antes de ser aceito em Jerusalém (Atos 9:23-30), ilustra a cautela necessária nesse processo.


Outro aspecto importante é o "lugar do indouto", que se refere àqueles ainda não integrados à comunhão, mas dispostos a aprender sobre a presença de Deus entre Seu povo (1 Coríntios 14:23-25). Não se trata apenas de ignorância doutrinária, mas de um coração aberto à verdade. Já para visitantes ou novos residentes, as cartas de recomendação, como as usadas por Febe (Romanos 16:1-2), são uma prática bíblica que assegura confiança e proteção. Em situações excepcionais, contatos prévios ou recomendações pessoais podem suprir essa necessidade.


A recepção de alguém disciplinado, por sua vez, mostra o equilíbrio entre firmeza e graça. Após o afastamento, a igreja deve perdoar e restaurar o irmão arrependido, como ensina 2 Coríntios 2:6-8, evitando que a tristeza o destrua. Da mesma forma, receber ensinadores requer cuidado, como visto com Apolo e Timóteo (Atos 18:27; 1 Coríntios 16:10), para garantir que o rebanho seja alimentado com verdade e protegido de erro.


Por trás de tudo isso está a convicção de que as Escrituras são suficientes para guiar a igreja em todos os tempos. Não há justificativa para abandonar os padrões do Novo Testamento, mesmo em dias de confusão. Assim, a recepção na igreja local é um testemunho vivo de obediência, amor e unidade, exigindo sabedoria e oração para ser praticada com fidelidade.


 Josué Matos

25. J.N. Darby se desentendeu com Benjamim Newton quanto à volta do Senhor, se antes da tribulação ou depois? (25/02/2025)


A sua mensagem contém algumas informações que precisam ser esclarecidas à luz dos registros históricos e da doutrina, conforme apresentado nos livros de Darby e em outras fontes confiáveis.
Vamos analisar ponto por ponto:


1. O desacordo entre John Nelson Darby e Benjamin Newton:


De fato, houve um desacordo entre Darby e Newton, mas não meramente sobre a questão da tribulação. O problema central estava relacionado à doutrina que Newton ensinava em Plymouth. Ele começou a introduzir ideias errôneas sobre a Pessoa de Cristo, especialmente em relação à Sua humanidade, o que levou Darby e outros irmãos a se oporem a ele. Além disso, Newton estabeleceu uma liderança clerical na assembleia, o que era contrário aos princípios de reunião ao nome do Senhor. Esse foi o ponto de ruptura principal, e não apenas uma divergência sobre a tribulação.


2. A questão da cessação dos dons espirituais:


A Bíblia ensina claramente que os dons miraculosos, como línguas, curas e profecias, tinham um propósito específico no início da Igreja (Marcos 16:17-20; 1 Coríntios 13:8-10; Hebreus 2:3-4). O ensino da cessação desses dons não se originou com Darby, mas é uma posição sustentada por muitos estudiosos e irmãos antes e depois dele. A interpretação de que "o que é perfeito" (1 Coríntios 13:10) se refere ao fechamento do cânon das Escrituras é defendida por muitos irmãos que entendem que, uma vez que a revelação de Deus foi completada, os dons milagrosos não eram mais necessários. Outros interpretam "o que é perfeito" como sendo o estado eterno, mas essa visão não invalida a cessação dos dons, pois historicamente esses dons cessaram ainda no primeiro século, conforme testemunhado na história da Igreja.


3. Excomunhão de irmãos:


O que ocorreu em relação à separação entre Darby e outros irmãos não foi uma questão de excomunhão arbitrária, mas de disciplina conforme os princípios bíblicos. A comunhão cristã deve ser baseada na verdade e na pureza doutrinária. Em 2 João 10-11, há uma advertência contra receber em comunhão aqueles que não trazem a verdadeira doutrina. Wigram e outros irmãos tentaram intermediar a reconciliação entre Darby e Newton, mas a restauração não ocorreu porque Newton não retratou plenamente os erros doutrinários que ensinou.


4. William Kelly e outros irmãos:


Darby não era um ditador que "excomungava" irmãos, mas zelava pela pureza doutrinária e pela fidelidade à Palavra de Deus. Ele entendia que a comunhão entre os irmãos deveria ser baseada na verdade, e quando havia desvios graves, a separação era necessária. A rejeição da comunhão com certos grupos ou indivíduos não era uma questão pessoal, mas de princípios bíblicos de disciplina e pureza da doutrina.


A história muitas vezes é distorcida, e é importante buscar fontes confiáveis para compreender corretamente os fatos. Os escritos de Darby, bem como os registros históricos disponíveis, mostram que suas decisões estavam baseadas na fidelidade à Palavra de Deus, e não em preferências pessoais ou em atitudes arbitrárias.


Espero que essas informações esclareçam melhor os pontos mencionados. Se precisar de mais detalhes, posso fornecer referências adicionais baseadas nos escritos dos irmãos da época.


Josué Matos 

26. Haverá um Templo durante a Grande Tribulação ou só no Milênio? (26/02/2025) 


A questão da reconstrução do templo em Jerusalém antes do Milênio deve ser buscada uma resposta na Bíblia. Pois, há fortes evidências bíblicas que indicam que um templo será reconstruído antes do Reino Milenar de Cristo.


Um templo durante a Grande Tribulação:

    • Daniel 9:27 menciona que, no meio da última semana profética, o príncipe que há de vir (o Anticristo) fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares. Para que isso aconteça, deve haver um templo em funcionamento com sacrifícios restabelecidos.
    • Mateus 24:15 – O Senhor Jesus referiu-se à "abominação da desolação" no "lugar santo", citando Daniel. Se há um "lugar santo" profanado, é porque há um templo.
    • 2 Tessalonicenses 2:3-4 – O homem do pecado (Anticristo) "assentar-se-á no templo de Deus, querendo parecer Deus". Isso indica um templo funcional antes da volta de Cristo.

O templo descrito em Ezequiel é realmente o do Milênio

    • O templo em Ezequiel 40-48 tem características muito diferentes dos templos anteriores e se encaixa no contexto do Reino Milenar. Esse templo será erguido pelo próprio Senhor e terá sacrifícios memoriais, não expiatórios.
    • Zacarias 14:16 diz que nações subirão a Jerusalém para adorar o Senhor, o que combina com a descrição do templo milenar.

Conclusão:

    • Há evidências de que haverá um templo tribulacional, reconstruído antes da volta de Cristo, mas ele será profanado pelo Anticristo.
    • O templo de Ezequiel será o templo do Milênio, restaurado sob o governo de Cristo.
    • A destruição do templo em 70 d.C. não foi o fim definitivo dos templos em Jerusalém.

A reconstrução do templo antes do Milênio é apoiada por várias passagens proféticas e não deve ser confundida com o templo glorioso descrito em Ezequiel. Se tiver interesse, posso compartilhar mais detalhes sobre essa visão bíblica.



Os Templos de Deus na História e no Futuro: Uma Visão Progressiva


1. A Tenda do Encontro de Moisés

Antes da construção do Tabernáculo instituído por Deus, Moisés armou uma tenda chamada Tenda do Encontro. Esta tenda era colocada fora do arraial e servia como um local onde Moisés e os israelitas podiam buscar ao Senhor. Quando Moisés entrava na tenda, a coluna de nuvem descia e o Senhor falava com ele "face a face, como qualquer fala com o seu amigo" (Êxodo 33:7-11). Josué, seu ajudante, permanecia na tenda mesmo depois que Moisés saía.


2. O Tabernáculo de Moisés

Posteriormente, Deus instruiu Moisés a construir um Tabernáculo que serviria como um santuário móvel para Sua habitação entre o povo de Israel (Êxodo 25-40). O Tabernáculo possuía três áreas principais:

  • O Pátio Exterior – Onde ficava o altar do holocausto e a pia de bronze.
  • O Lugar Santo – Contendo o castiçal de ouro, a mesa dos pães da proposição e o altar do incenso.
  • O Santo dos Santos – Onde estava a Arca da Aliança, sobre a qual Deus se manifestava.

Deus falava com Moisés do propiciatório da Arca da Aliança (Êxodo 25:22). O Tabernáculo permaneceu como o centro de adoração de Israel até a construção do Templo de Salomão.


3. O Tabernáculo de Davi

Davi trouxe a Arca da Aliança para Jerusalém e a colocou em um tabernáculo simples, diferente do Tabernáculo mosaico, que ainda estava em Gibeão (2 Samuel 6:17; 1 Crônicas 16:1). O profeta Amós profetizou que Deus "reedificará o tabernáculo caído de Davi" (Amós 9:11), e Tiago citou essa profecia em Atos 15:16, relacionando-a à inclusão dos gentios no plano divino.


4. O Templo de Salomão

Davi desejava construir um templo para o Senhor, mas essa missão foi dada ao seu filho Salomão (1 Crônicas 22:6-10). Esse templo, localizado em Jerusalém, foi um dos edifícios mais grandiosos da história de Israel. Nele, a Arca da Aliança foi colocada no Santo dos Santos, e a glória de Deus encheu o templo (1 Reis 8:10-11). Contudo, devido à idolatria de Israel, o templo foi destruído pelos babilônios em 586 a.C. (2 Reis 25:8-9).


5. O Segundo Templo (Templo de Zorobabel e Herodes)

Após o exílio babilônico, Zorobabel liderou a reconstrução do templo em 516 a.C. (Esdras 3:8-13; 6:14-15). Mais tarde, Herodes, o Grande, ampliou e embelezou esse templo, tornando-o uma estrutura grandiosa. Foi esse templo que o Senhor Jesus visitou (João 2:13-16). No entanto, como Ele profetizou (Mateus 24:1-2), o templo foi destruído pelos romanos em 70 d.C.


6. O Terceiro Templo (Templo da Grande Tribulação)

A profecia bíblica sugere que um templo será reconstruído antes da Grande Tribulação. O Anticristo entrará nesse templo e se declarará Deus (2 Tessalonicenses 2:3-4). Daniel também menciona o fim dos sacrifícios no templo durante esse período (Daniel 9:27). Esse templo será profanado pela "Abominação da Desolação" mencionada pelo Senhor Jesus em Mateus 24:15.


7. O Templo do Milênio (O Templo de Ezequiel)

No Reino Milenar de Cristo, um novo templo será construído conforme descrito em Ezequiel 40-48. Esse templo será o centro de adoração para todas as nações (Isaías 2:2-3; Zacarias 14:16). Diferente dos templos anteriores, a glória do Senhor retornará para habitar nele (Ezequiel 43:1-5).


8. A Nova Jerusalém – O Templo Final

No estado eterno, não haverá mais templo físico, pois "o Senhor Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro são o seu templo" (Apocalipse 21:22). A presença de Deus será direta e permanente, eliminando a necessidade de um edifício para adoração.


Conclusão

Desde a Tenda de Moisés até a Nova Jerusalém, vemos uma progressão na forma como Deus manifesta Sua presença entre Seu povo. Os templos terrenos serviram como sombras da realidade celestial, culminando na comunhão perfeita com Deus no estado eterno.


Josué Matos

27. Por que "rivalidade" entre os "irmãos abertos e exclusivistas" e críticas a Darby, se é usado os seus escritos? (26/02/2025)


Talvez a palavra "rivalidade" não seja a mais apropriada para descrever a relação entre irmãos das assim chamadas "assembleias abertas" e "fechadas". O que existe, na realidade, são discordâncias em certos pontos doutrinários, o que é algo bem diferente. Desde os tempos do Novo Testamento, vemos que mesmo servos fiéis do Senhor tiveram diferenças entre si, mas isso não significa que um estivesse em rivalidade com o outro no sentido carnal da palavra.


Um exemplo claro é o apóstolo Paulo, que repreendeu Pedro publicamente por sua conduta equivocada em relação aos gentios (Gálatas 2:11-14). No entanto, isso não significa que Paulo desprezava Pedro ou que havia uma "rivalidade" entre eles. Pelo contrário, mais tarde, o próprio Pedro reconheceu a sabedoria que Deus concedeu a Paulo e recomendou seus escritos, ainda que admitindo que alguns pontos eram difíceis de entender e que falsos mestres os distorciam (2 Pedro 3:15-16).


Da mesma forma, quando há críticas a certos pontos doutrinários defendidos por John Nelson Darby, isso não deveria ser visto como uma rejeição total de seus escritos. Como aconteceu com Pedro, é possível reconhecer a instrumentalidade de Darby na restauração de verdades bíblicas enquanto, ao mesmo tempo, se discorda de certas posições que ele tomou. A fidelidade à Palavra de Deus exige que tudo seja examinado à luz das Escrituras (Atos 17:11), e nem mesmo os grandes mestres da história da Igreja estão isentos de questionamento e avaliação à luz da verdade bíblica.


Aliás, esse princípio se aplica a qualquer servo do Senhor. Moisés foi usado por Deus de forma extraordinária, mas foi impedido de entrar na terra prometida por ter desobedecido ao Senhor em Meribá (Números 20:7-12). Davi foi um homem segundo o coração de Deus (1 Samuel 13:14), mas cometeu pecados graves que tiveram consequências severas. No entanto, a autoridade dos escritos de Moisés e dos Salmos de Davi jamais foi questionada, pois foram inspirados por Deus.


Portanto, não deveria ser surpresa que Darby tenha recebido críticas, assim como qualquer outro servo de Deus que tenha influenciado a história da Igreja. O mais importante não é a figura do homem, mas a verdade da Palavra de Deus, que deve ser nossa referência final em todas as coisas (2 Timóteo 3:16-17). Afinal, a própria Bíblia nos instrui a "examinar tudo e reter o bem" (1 Tessalonicenses 5:21).


Josué Matos

28. Mas o irmão é um exclusivista? (27/02/2025)


A sua pergunta é legítima, e compreendo a preocupação. Porém, não nos identificamos com rótulos humanos, pois nos reunimos somente ao nome do Senhor Jesus, longe do sistema denominacional. Se não temos denominação, também não nos denominamos com títulos como "irmãos unidos", "irmãos abertos", "movimento dos irmãos", "igreja dos irmãos", "irmãos exclusivistas" ou qualquer outro nome que nos rotule. Nosso desejo é apenas seguir o padrão que encontramos nas Escrituras, sem criar ou aderir a uma estrutura que nos defina por algo além da Palavra de Deus.


Se a questão é sobre doutrina, cremos que a Bíblia é nossa única regra de fé e prática, assim como os bereanos de Atos 17:11, que examinavam tudo pelas Escrituras. Não seguimos tradições humanas ou sistemas baseados na autoridade de homens, mas buscamos manter a simplicidade do ensino apostólico, conforme revelado na Palavra de Deus.


Portanto, não se trata de ter como referência a qual "grupo" pertencemos, como faziam os coríntios (1 Coríntios 1:12), mas de fidelidade ao modelo bíblico. Não rejeitamos aqueles que são verdadeiros crentes no Senhor Jesus, mas entendemos que Ele nos chama para uma posição separada de sistemas que não estão em conformidade com os princípios neotestamentários sobre a reunião da Igreja.


Josué Matos

29. Por que não pregamos em denominações? — Dessa forma, se tornam tão sectaristas, denominacionais quanto aos demais! (27/02/2025)


Olá! 

Agradeço pelo seu comentário, mas preciso esclarecer que a posição que apresentamos no vídeo não é sectária nem denominacional. Pelo contrário, é baseada no ensino das Escrituras e no exemplo do próprio Senhor Jesus e Seus discípulos.


Os discípulos d'Ele, certa vez, vieram com a notícia de que havia pessoas pregando em Seu nome, mas que não andavam com eles. Eles queriam proibi-los, mas o Senhor respondeu:

"Não lho proibais, porque ninguém há que faça milagre em meu nome e logo a seguir possa falar mal de mim." (Marcos 9:39)


O Senhor, no entanto, não disse para os Seus discípulos se unirem a eles ou trabalharem juntos. Ele apenas deixou claro que não deviam impedi-los. Isso mostra que o fato de alguém pregar algo verdadeiro não significa que necessariamente devemos nos ajuntar a ele, se há outros princípios em jogo.


Outro exemplo significativo é o do mancebo de qualidade. Ele foi convidado pelo Senhor a vender tudo, dar aos pobres e segui-Lo, tendo promessa de uma herança no céu, mas se retirou triste, pois tinha muitas riquezas (Marcos 10:17-22). O Senhor o amou (v. 21), mas não mudou Sua mensagem para torná-la mais aceitável. Ele não enviou os discípulos atrás dele, nem tentou convencê-lo com um discurso mais suave. O Senhor deixou claro que seguir a verdade exige submissão e obediência total.


Da mesma forma, quando o homem rico no inferno pediu que Lázaro fosse enviado para avisar seus irmãos, Abraão respondeu: 

"Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos." (Lucas 16:29)


Isso mostra que Deus já deu Sua Palavra, e cabe ao homem dar ouvidos a ela. Se as denominações ao nosso redor realmente desejam a verdade, as Escrituras estão disponíveis para que examinem e obedeçam. O próprio Senhor Jesus disse:

"Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus ou se eu falo de mim mesmo." (João 7:17)


Assim, fica claro que não são os que permaneceram fiéis ao ensino apostólico que estão fora do caminho do Senhor, e sim os que "saíram de nós", como disse o apóstolo João:

"Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós." (1 João 2:19)

Isso demonstra que aqueles que abandonaram os princípios bíblicos foram os que se afastaram do caminho correto, e não os que permaneceram firmes na doutrina recebida. 


Não se trata de ser sectário, mas de permanecer fiel às Escrituras sem as diluir para agradar ao sistema religioso. Deus chama os Seus a saírem do erro (2 Coríntios 6:17) e a permanecerem na sã doutrina (2 João 9).


Espero que isso ajude a esclarecer. Fique à vontade para continuar o diálogo!


Josué Matos

30. Não vivemos no tempo dos "Pés da Estátua" de Daniel 2? (28/02/2025)


Resposta a um de meus vídeos no YouTube:  o primeiro vídeo que descordo, da parte final, que para mim hoje estamos já na parte de barro que seria a democracia, o povo no poder, parte de barro e de ferro que é uma mistura do que sobrou do império Romano, como governadores, senadores etc.. Mais o povo governo que seria o último estágio, mostrando a parte mais baixa e material mais baixo que seria o Barro, mas tudo bem, é normal termos algumas diferenças pequenas de interpretação."


Minha resposta:

Agradeço sinceramente seu comentário e sua participação em relação ao vídeo sobre a profecia da estátua no sonho de Nabucodonosor. No entanto, observei que seu texto não apresenta referências bíblicas para fundamentar suas afirmações. Isso é particularmente relevante, pois todo o conteúdo do vídeo foi baseado em passagens das Escrituras que deveriam ser consultadas para uma compreensão mais aprofundada do tema.


É importante destacar que não devemos isolar eventos mundiais específicos e associá-los a profecias de forma desconexa. A interpretação bíblica, especialmente no que tange às profecias, requer uma análise contextual e abrangente das Escrituras, evitando conclusões precipitadas ou baseadas em cenários isolados.


Panorama das Profecias Relacionadas à Estátua de Nabucodonosor


No livro de Daniel, capítulo 2, encontramos o relato do sonho de Nabucodonosor, no qual ele vê uma grande estátua composta por diferentes materiais. Cada parte da estátua representa um império que governaria sucessivamente:

  1. Cabeça de Ouro: Simboliza o Império Babilônico, liderado pelo próprio Nabucodonosor (Daniel 2:38).

  2. Peito e Braços de Prata: Representam o Império Medo-Persa, que sucedeu o Babilônico e era inferior em esplendor, mas superior em expansão territorial (Daniel 2:39a).

  3. Ventre e Coxas de Bronze: Correspondem ao Império Grego, estabelecido por Alexandre, o Grande, caracterizado por sua velocidade e poder militar (Daniel 2:39b).

  4. Pernas de Ferro: Denotam o Império Romano, conhecido por sua força, estrutura militar e longa dominação sobre o mundo conhecido (Daniel 2:40).

  5. Pés em Parte de Ferro e em Parte de Barro: Indicam um reino dividido, com elementos fortes e frágeis, sugerindo uma mistura que não se coaduna perfeitamente (Daniel 2:41-43).

A interpretação histórica dessas profecias indica que os quatro impérios mencionados já se manifestaram. No entanto, é essencial compreender que nós vivemos em um intervalo profético, o qual não foi revelado diretamente nessa visão. Esse intervalo está relacionado à era da Igreja, um período entre a 69ª e a 70ª semana da profecia de Daniel 9:24-27.


Explicação do Intervalo Profético


A profecia das setenta semanas, encontrada em Daniel 9:24-27, apresenta um cronograma divino para o povo de Israel e a cidade de Jerusalém. Essas "semanas" são geralmente interpretadas como períodos de sete anos cada, totalizando 490 anos. A divisão é a seguinte:

  • Sete semanas (49 anos): Período desde a emissão do decreto para reconstruir Jerusalém até a conclusão dessa obra.
  • Sessenta e duas semanas (434 anos): Período desde a reconstrução até a vinda do Messias.
  • Uma semana (sete anos): Período final que inclui eventos futuros significativos.

Após as sessenta e nove semanas (7 + 62), o texto indica que o Messias seria "cortado" (Daniel 9:26), referindo-se à crucificação de Cristo. Esse evento marca uma pausa no cronograma profético relacionado a Israel, introduzindo um intervalo antes da 70ª semana.


O Novo Testamento e o Intervalo Profético


O Novo Testamento esclarece esse intervalo como a era da Igreja, um período em que a mensagem de salvação é proclamada a todas as nações. Jesus, em Mateus 16:18, declara: "Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." Este período não foi revelado no Antigo Testamento, sendo um "mistério" agora desvendado.

Paulo, em suas epístolas, refere-se a esse mistério. Em Efésios 3:4-6, ele escreve sobre "o mistério de Cristo, o qual noutras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito". Este mistério é a inclusão dos gentios como coerdeiros em Cristo durante este período.

Após o arrebatamento da Igreja, conforme descrito em 1 Tessalonicenses 4:16-17, o cronograma profético para Israel será retomado, iniciando a 70ª semana de Daniel. Este será um período de sete anos de tribulação, culminando com a segunda vinda de Cristo e o estabelecimento do Seu reino milenar.

É fundamental compreender as profecias de maneira contextualizada e bíblica, para evitar erros comuns de interpretação. Agradeço novamente sua interação e incentivo um estudo mais aprofundado das Escrituras para que possamos crescer juntos no entendimento da Palavra de Deus.


Josué Matos

31. O Trump dá motivos para ser chamado de anticristo pelos seus opositores. (28/02/2025)


A interpretação bíblica das profecias exige cautela e fidelidade à Palavra de Deus, sem basear-se em especulações ou paralelos superficiais com eventos contemporâneos. O anticristo é uma figura profética claramente descrita nas Escrituras, especialmente em 2 Tessalonicenses 2:3-4 e Apocalipse 13. Nenhuma evidência bíblica sugere que Donald Trump ou qualquer líder político atual seja o anticristo. O anticristo será um governante global que se levantará durante a tribulação, estabelecendo um domínio autoritário e exigindo adoração.


A tentativa de associar Trump ao rei Nabucodonosor baseia-se em uma coincidência superficial. Nabucodonosor foi um rei que, de fato, se exaltou, mas foi humilhado por Deus como um julgamento pessoal (Daniel 4:30-34). Essa experiência foi exclusiva dele e não um modelo profético para identificar líderes atuais. O fato de Trump ter um "sonho" relacionado a Gaza, ilustrado com IA, não tem qualquer relação direta com as profecias das Escrituras.


Muitas pessoas tentam atribuir o papel de anticristo a figuras públicas, mas essa é uma abordagem errada e sensacionalista. A profecia bíblica deve ser interpretada pelo que a Escritura diz, e não pelo que os eventos do mundo parecem indicar no momento. O anticristo será uma figura totalmente distinta, emergindo com poderes sobrenaturais, engano global e total rejeição a Deus.


O foco dos crentes deve estar em compreender as Escrituras e esperar o cumprimento exato do plano profético de Deus, sem cair em especulações ou interpretações apressadas. O tempo da tribulação ainda não chegou, e enquanto isso, devemos proclamar o Evangelho e viver segundo a vontade do Senhor, aguardando a bem-aventurada esperança da volta de Cristo (Tito 2:13).


Josué Matos

32. Trump é o Anticristo? (28/02/2025)

Recentemente, algumas pessoas têm apontado Donald Trump como o anticristo, especialmente depois que ele compartilhou um vídeo gerado por inteligência artificial em 25 de fevereiro de 2025, no Truth Social. Nesse vídeo, uma estátua gigante de ouro dele aparece em uma visão fictícia de Gaza transformada em um resort de luxo, com a legenda "Gaza 2025". Para alguns, essa imagem de ostentação e poder, em meio a uma região marcada por sofrimento, soa como um eco de arrogância profética, algo que associam ao anticristo descrito nas Escrituras. Críticos nas redes sociais têm dito coisas como "Sobre o sangue de crianças ele construirá estátuas de ouro" ou "Se havia dúvida, agora não há: ele é o Anticristo". Eles veem nessa atitude uma espécie de idolatria moderna, reminiscente do bezerro de ouro do Êxodo, e apontam para o histórico de Trump, como os atentados que sobreviveu em 2024, como sinais de que ele se posiciona como um "escolhido" de maneira quase messiânica. Mas essa não é a primeira vez que alguém é acusado disso. Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos chamaram Adolf Hitler de anticristo por causa das atrocidades que cometeu, como o Holocausto, que matou milhões em nome de uma ideologia de supremacia. A brutalidade e o controle absoluto que ele exerceu pareciam cumprir profecias de um líder maligno enganador. No entanto, o tempo provou que Hitler não era o anticristo, pois as profecias bíblicas sobre esse personagem não se encaixaram plenamente em sua história, e o mundo seguiu adiante sem o cumprimento final associado a essa figura.

Agora, vamos olhar mais de perto o que as Escrituras dizem sobre o anticristo e como isso pode ou não se aplicar a alguém como Trump ou qualquer outro. A Bíblia fala do anticristo em vários lugares, mas especialmente em 1 João 2:18, onde está escrito: "Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos anticristos têm surgido". Isso sugere que o espírito do anticristo já está no mundo, manifestado em muitos que negam a Cristo, mas também aponta para um Anticristo final, uma figura singular que surgirá no fim dos tempos. Em 2 Tessalonicenses 2:3-4, lemos sobre o "homem do pecado", que "se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de culto, de sorte que se assenta no santuário de Deus, querendo parecer Deus". Esse homem será um enganador supremo, alguém que exalta a si mesmo acima de tudo, trazendo uma falsa paz antes de revelar sua verdadeira natureza destrutiva. Daniel 11:36-37 reforça isso, descrevendo um rei que "fará conforme a sua vontade; e se engrandecerá, e se levantará contra todo deus, e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas". A arrogância e o desprezo por qualquer autoridade divina são marcas claras.

Os santos em Tessalônica, por exemplo, enfrentaram uma confusão semelhante à que vemos hoje. Eles foram enganados a acreditar que as tribulações que experimentavam eram sinônimas da tribulação que ocorreria no início do dia do Senhor. Será que o Arrebatamento tinha passado por eles? O dia do Senhor, mencionado pela primeira vez em Isaías 2:11-12, é um conceito do Antigo Testamento relacionado aos tratos de Deus na Terra, que começam após o arrebatamento dos crentes da era da Igreja. Esse dia inicia com a Tribulação, abrange o reinado de Cristo de mil anos e termina com o julgamento do Grande Trono Branco. Infelizmente, os tradutores da Bíblia Almeida Corrigida usaram "dia de Cristo" em vez de "dia do Senhor" em 2 Tessalonicenses 2:2, o que gerou confusão. O "dia de Cristo" ou "de Jesus Cristo" refere-se aos crentes desta era da Igreja e aos eventos que os afetarão após o Arrebatamento, como o tribunal de Cristo e o casamento do Cordeiro. Mas em 2 Tessalonicenses 2, Paulo não está falando disso. Ele corrige o erro sobre o dia do Senhor. Nos versículos 1 a 5, ele implora aos irmãos que não se deixem enganar por falsas representações, dizendo: "Agora, rogamos a vocês, irmãos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e por nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por carta como se fosse de nós, como se o dia do Senhor estivesse já presente". Aqui, a "vinda" é a "parousia" de Cristo, um termo que não se limita ao momento exato da Sua chegada, mas abrange o período da Sua presença. No versículo 1, fala do retorno de Cristo ao ar para reunir os santos, em contraste com Sua ausência agora. Já no versículo 8, a "parousia" é o retorno à Terra, com "o brilho da Sua vinda", ou a epifania da Sua presença. Curiosamente, o homem do pecado, o anticristo, também tem sua própria "parousia", segundo o versículo 9, imitando Cristo como o homem de Satanás.

Esse engano em Tessalônica vinha de falsos ensinos, alguns alegando ter revelações do Espírito, outros trazendo palavras ou cartas supostamente de Paulo, criando ansiedade entre os irmãos. Eles achavam que estavam vivendo o dia do Senhor, com seus julgamentos e tribulações, e se perguntavam como tinham perdido o Arrebatamento. Paulo os tranquiliza no versículo 3: "Ninguém vos engane por qualquer meio; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição". A apostasia, ou a grande "partida", é um afastamento mundial da verdade, um abandono dos princípios básicos da fé por uma secularização crescente. Só então o dia do Senhor começará, com a revelação do homem do pecado, o auge da ilegalidade personificada. Seu título "homem do pecado" mostra seu caráter; "filho da perdição", sua condenação. Ele não é apenas um princípio de maldade, mas uma pessoa que se opõe a tudo o que é de Deus, como diz o versículo 4: "querendo parecer Deus". Isso ecoa Isaías 14 e Ezequiel 28, onde Satanás diz "serei semelhante ao Altíssimo" e "sou um deus". No versículo 6, Paulo continua: "E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu tempo seja manifestado". Há um poder e uma Pessoa restringindo essa revelação. O Espírito Santo, que habita na Igreja hoje, é Quem o contém, junto com os crentes, o "algo" que segura o mal até o momento designado por Deus. Como em Gênesis 6:3, o Espírito já limitava o mal nos dias de Noé, e a Igreja, como sal da terra em Mateus 5:13, também retarda a corrupção até ser retirada no Arrebatamento.

Então, o que isso significa? O anticristo não é apenas um tirano qualquer ou alguém que comete atos horríveis, como Hitler fez. Ele é um líder que inicialmente engana as nações, muitas vezes com sinais e maravilhas, como diz 2 Tessalonicenses 2:9: "A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira". Apocalipse 13:13-14 vai além, mostrando que ele "faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens, e engana os que habitam na terra". Essa capacidade de enganar com feitos impressionantes o diferencia de figuras históricas que, embora cruéis, não cumpriram esse papel específico. Além disso, o anticristo estará ligado a um sistema global, como o "número da besta" em Apocalipse 13:16-18, onde "faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravizados, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal". Isso aponta para um controle econômico e político absoluto, algo que nenhum líder até agora, nem Hitler nem Trump, estabeleceu de forma tão completa.

Olhando para Trump e essa estátua em Gaza, alguns poderiam argumentar que a vaidade e o simbolismo de poder se alinham com a arrogância profetizada. Ele já foi chamado de "salvador" por apoiadores após sobreviver a atentados, e o vídeo de uma estátua dourada alimenta a ideia de autoexaltação. Mas será que isso é suficiente? Hitler também tinha propaganda que o exaltava, comícios que pareciam idolatria, e ainda assim não era o anticristo. A Bíblia diz em Mateus 24:24 que "surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os eleitos". O anticristo será mais do que um líder controverso ou egocêntrico; ele será uma figura que negará abertamente a Cristo, como 1 João 2:22 alerta: "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse é o anticristo". Trump, por mais polêmico que seja, não negou publicamente a fé cristã, ao menos não em termos que o identifiquem como essa figura.

Além disso, o momento é crucial. Daniel 9:27 fala de um pacto de sete anos que o anticristo fará com muitos, um evento que marcará o início da tribulação. Nada disso aconteceu ainda, nem com Trump nem com ninguém. Apocalipse 13:5 diz que ele terá poder por "quarenta e dois meses", um período específico que ainda não vemos em nenhum líder moderno. E há a questão do templo: 2 Tessalonicenses 2:4 menciona que ele se assentará no santuário de Deus, algo que requer um templo reconstruído em Jerusalém, que ainda não existe hoje, em 28 de fevereiro de 2025. Daniel 9:27 e Mateus 24:15 falam da "abominação da desolação" nesse templo, um evento na metade da Tribulação, quando a adoração à besta será imposta sob pena de morte por 42 meses. Hitler destruiu, mas não se assentou em nenhum lugar assim, e Trump, mesmo com sua estátua fictícia, não está ligado a esse evento. Apocalipse 11:1-2 confirma que esse templo será reconstruído e profanado, mas isso é futuro.

Então, o que podemos concluir? O anticristo é mais do que um símbolo de maldade ou vaidade. Ele é um enganador final, um líder que surgirá em um tempo determinado, com sinais claros que ainda não se manifestaram plenamente. Acusar Trump ou Hitler pode refletir o medo ou a indignação das pessoas, mas as Escrituras nos chamam a vigiar e orar, como em Mateus 24:42: "Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor". O espírito do anticristo já opera no mundo, como João nos adverte, mas o Anticristo com "A" maiúsculo ainda é um evento futuro, contido por Deus até o momento certo. Por agora, a estátua de Trump em Gaza pode ser um sinal de arrogância ou mau gosto para alguns, mas não é a prova final que os profetas anunciaram. Fiquemos atentos, examinando tudo à luz da Palavra, sem nos apressarmos em julgar o que ainda não se revelou por completo.


Josué Matos

33. A Lei de Deus vai desabrochando à medida que ele vai evoluindo através das vidas sucessivas — Reencarnação. (01/03/2025)


Mensagem que recebi de alguém em meu canal do YouTube:
A verdadeira lei de Deus está gravada na consciência do espírito humano desde o princípio elementar. E vai desabrochando à medida que ele vai evoluindo através das vidas sucessivas — (Reencarnação).  


Minha Resposta:

A Bíblia nos ensina claramente que a salvação não vem por um suposto processo de 'evolução espiritual' ao longo de vidas sucessivas, mas sim pela graça de Deus, mediante a fé no Senhor Jesus Cristo. O apóstolo Paulo escreve em Efésios 2:8-9: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie." Isso significa que não há esforço humano ou progresso espiritual por meio de múltiplas vidas que possam levar alguém à salvação. Somente a obra de Cristo na cruz é suficiente para nos reconciliar com Deus.


A doutrina da reencarnação não apenas contradiz a essência da salvação pela fé, mas também nega o ensinamento bíblico sobre o destino eterno do ser humano. O escritor de Hebreus afirma categoricamente: "Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo" (Hebreus 9:27). Este versículo refuta diretamente a ideia de múltiplas vidas, deixando claro que cada ser humano tem apenas uma oportunidade nesta vida para decidir seu destino eterno. Depois da morte, segue-se o juízo de Deus, e não uma nova chance em outra existência terrena.


Além disso, a crença na reencarnação menospreza a obra redentora de Cristo. Se o homem pudesse se aperfeiçoar por meio de várias vidas, não haveria necessidade da cruz. Mas o Senhor Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6). Ele não disse que existem vários caminhos ou que, após muitas vidas, alguém chegaria a Deus. A salvação está exclusivamente Nele.


A ideia de que a 'lei de Deus está gravada na consciência do espírito humano desde o princípio' pode soar bonita, mas não é bíblica. O que a Palavra de Deus nos ensina é que o coração do homem é naturalmente inclinado ao pecado. Jeremias 17:9 diz: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" O ser humano não está gradualmente evoluindo para a perfeição; pelo contrário, sem Deus, está espiritualmente morto em seus pecados (Efésios 2:1). A única solução é o novo nascimento em Cristo (João 3:3).


O problema dessa doutrina é: e se não houver reencarnação, como a Bíblia afirma que não há? Neste caso, já será tarde! Quem depositou sua esperança em algo que não existe enfrentará o juízo de Deus sem a salvação oferecida em Cristo. Por isso, a única escolha sábia é crer na verdade da Escritura e confiar no Senhor Jesus como Salvador antes que seja tarde demais.


Josué Matos


34. Por que Deus Condena o Espiritismo? (01/03/2025)


1. Espiritismo: Religião de Luz ou Engano Espiritual?


📌 Resumo: O espiritismo se apresenta como uma doutrina de amor e esclarecimento espiritual, mas será que sua origem e ensinamentos são realmente compatíveis com a Bíblia? Neste vídeo, analisamos as raízes do espiritismo e como a Palavra de Deus alerta sobre os perigos do contato com espíritos.


O espiritismo é frequentemente apresentado como uma doutrina de luz, esclarecimento e amor ao próximo. Muitos dos seus seguidores acreditam estar em busca de um conhecimento superior, uma conexão com o mundo espiritual que traria respostas e consolo. Contudo, ao analisarmos essa doutrina à luz da Palavra de Deus, percebemos que há sérias incompatibilidades entre o espiritismo e o cristianismo bíblico.


A Bíblia nos adverte repetidamente sobre o perigo de nos envolvermos com práticas espirituais que não procedem de Deus. Em Deuteronômio 18:10-12, encontramos uma advertência clara: "Entre ti não se achará quem... consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor". Essa passagem mostra a proibição direta de qualquer tentativa de comunicação com os mortos, prática central no espiritismo.


Além disso, um dos fundamentos do espiritismo é a crença na reencarnação, que defende que a alma passa por diversas existências para alcançar evolução espiritual. No entanto, a Escritura Sagrada ensina uma realidade completamente diferente: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo" (Hebreus 9:27). Esse versículo refuta categoricamente a ideia de múltiplas vidas e deixa claro que, após a morte, segue-se o julgamento divino.


Outro ponto crucial é a visão espírita sobre Jesus Cristo. No espiritismo, Ele é visto apenas como um espírito elevado, um mestre moral, mas não como Deus encarnado. Esse pensamento é uma negação direta da divindade de Cristo, pois a Bíblia declara: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós" (João 1:1,14). Negar a divindade de Cristo é rejeitar a base do verdadeiro cristianismo.


O espiritismo também ensina que os espíritos podem se comunicar com os vivos, trazendo mensagens de consolo e orientação. No entanto, a Bíblia nos mostra que os mortos não têm parte no mundo dos vivos. Em Eclesiastes 9:5-6, está escrito: "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles jamais recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento." Essa passagem desmente a ideia de que os mortos podem interagir com os vivos e reforça que qualquer comunicação espiritual que pareça vir de mortos é, na verdade, uma enganação maligna.


Além disso, a Bíblia nos alerta que Satanás e seus demônios se disfarçam para enganar: "E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz" (2 Coríntios 11:14). Isso significa que muitas experiências espirituais aparentemente benignas podem, na verdade, ser armadilhas do inimigo para afastar as pessoas da verdade do Evangelho.

A salvação no espiritismo também é baseada em méritos e evolução espiritual, enquanto o cristianismo bíblico ensina que a salvação é exclusivamente pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9). Dessa forma, qualquer sistema religioso que ensine que a salvação depende do esforço humano está em desacordo com a mensagem do Evangelho.


Diante dessas verdades, fica evidente que o espiritismo não é uma religião compatível com o cristianismo bíblico. Suas doutrinas contradizem diretamente as Escrituras e afastam as pessoas do verdadeiro conhecimento de Deus. A Bíblia nos adverte: "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios" (1 Timóteo 4:1). O espiritismo, com sua comunicação com espíritos, ensino da reencarnação e rejeição da divindade de Cristo, se encaixa perfeitamente nessa advertência.

O chamado de Deus para todo aquele que busca a verdade é abandonar qualquer ensino contrário à Sua Palavra e confiar somente no Evangelho de Cristo. Nele encontramos a verdadeira luz, a verdadeira vida e a verdadeira salvação.


2. Reencarnação: O Que a Bíblia Diz Sobre Vidas Passadas?


📌 Resumo: Um dos pilares do espiritismo é a reencarnação, a ideia de que a alma retorna à Terra para evoluir espiritualmente. Mas será que essa doutrina encontra base na Bíblia? Vamos explorar o que as Escrituras ensinam sobre vida, morte e juízo eterno.


A doutrina da reencarnação é um dos pilares do espiritismo e de diversas crenças orientais. Ela propõe que a alma passa por múltiplas existências para purificar-se e atingir um estágio superior de evolução espiritual. No entanto, a pergunta essencial é: essa ideia tem fundamento na Palavra de Deus?


A Bíblia, desde o Antigo Testamento, apresenta uma visão clara sobre a vida e a morte. Em Eclesiastes 12:7, encontramos: "E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu." Isso indica que, após a morte, o espírito não retorna a um novo corpo, mas volta para Deus. Essa concepção é reafirmada de forma contundente em Hebreus 9:27: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo." O texto é claro: há uma só morte, e depois dela, o juízo final.

O conceito de reencarnação também é contradito pelo ensino do Senhor Jesus sobre a ressurreição. Em Lucas 16:19-31, Ele narra a história do rico e de Lázaro. Ambos morrem, e Lázaro é levado ao seio de Abraão, enquanto o rico é atormentado no Hades. Em nenhum momento é sugerida a possibilidade de retorno à Terra. Pelo contrário, fica evidente que a decisão final sobre o destino eterno ocorre imediatamente após a morte.


Outro ponto importante é a doutrina da ressurreição, central na fé cristã. O Novo Testamento enfatiza que, no fim dos tempos, os mortos ressuscitarão para comparecer diante de Deus. Em 1 Coríntios 15:52, Paulo ensina: "Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." Se houvesse reencarnação, a ressurreição não faria sentido.

O espiritismo muitas vezes tenta justificar a reencarnação com passagens mal interpretadas, como a suposta volta de Elias em João Batista. No entanto, o próprio João negou ser Elias reencarnado (João 1:21). O que ocorreu foi o cumprimento de uma profecia em que João Batista veio "no espírito e poder de Elias" (Lucas 1:17), ou seja, como um profeta semelhante a ele, e não como uma reencarnação literal.


A doutrina da reencarnação também contradiz o ensino da graça. A salvação não é um processo de múltiplas vidas para "purificar" o espírito, mas um ato de redenção realizado pelo Senhor Jesus na cruz. Efésios 2:8-9 declara: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie." Se dependesse de um processo de purificação por vidas sucessivas, então a obra da cruz não seria necessária.

Em suma, a reencarnação é uma doutrina que se opõe diretamente à revelação bíblica. A Palavra de Deus nos ensina que temos uma só vida, seguida pelo juízo, e que a esperança dos crentes é a ressurreição e a vida eterna em Cristo. Qualquer doutrina que sugira um ciclo de vidas para "evolução espiritual" deve ser rejeitada como contrária ao verdadeiro evangelho.


3. Comunicação com Espíritos: Uma Revelação ou Engano Satânico?


📌 Resumo: Os médiuns afirmam receber mensagens de espíritos desencarnados e até de familiares falecidos. Mas será que essas entidades são realmente nossos entes queridos? A Bíblia nos adverte contra essas práticas e revela a verdadeira identidade desses "espíritos".


A comunicação com os mortos é um dos pilares centrais do espiritismo e de diversas crenças esotéricas. Para os médiuns e adeptos dessa doutrina, espíritos desencarnados continuam a se manifestar, trazendo mensagens aos vivos e proporcionando orientação espiritual. Muitos creem que estão falando com entes queridos falecidos ou até mesmo com figuras históricas, porém, à luz das Escrituras Sagradas, essa prática é severamente condenada e identificada como uma estratégia de engano do inimigo.

Desde os tempos do Antigo Testamento, Deus proibiu terminantemente qualquer tentativa de comunicação com os mortos. Em Deuteronômio 18:10-12, encontramos a advertência:

"Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor."

Aqui, a consulta aos mortos é colocada no mesmo nível da feitiçaria e da adivinhação, práticas associadas ao engano e à rebelião contra Deus. O Senhor desejava que Seu povo confiasse apenas nEle e não buscasse respostas espirituais em fontes contrárias à Sua revelação.


O Engano das Manifestações Espirituais

O espiritismo ensina que médiuns atuam como intermediários entre o mundo dos vivos e dos espíritos. No entanto, a Bíblia revela que os mortos não retornam para se comunicar. Em Jó 7:9-10, lemos:

"Tal como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar jamais o conhecerá."

Esse texto mostra que os mortos não têm permissão para voltar e interagir com os vivos. Mas então, quem são esses "espíritos" que se manifestam em sessões espíritas e aparentam ser entes queridos? A resposta é dada pelo próprio apóstolo Paulo em 2 Coríntios 11:14-15:

"E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça."

O diabo e seus demônios possuem a capacidade de se disfarçar, enganando aqueles que buscam orientação em fontes erradas. Satanás tem utilizado a necromancia (consulta aos mortos) como um de seus artifícios para afastar as pessoas da verdade de Deus.


O Exemplo de Saul e a Feiticeira de En-Dor

Um dos episódios mais conhecidos de consulta aos mortos na Bíblia encontra-se em 1 Samuel 28, quando o rei Saul, desesperado, procurou uma médium para evocar o espírito do profeta Samuel. Os filisteus estavam prestes a guerrear contra Israel, e Saul, temeroso, buscou uma resposta de Deus, mas não obteve resposta por meio de sonhos, do Urim ou dos profetas. Em sua angústia, ele desobedeceu à própria ordem que havia dado de expulsar os médiuns e adivinhos de Israel e foi consultar uma feiticeira em En-Dor.

Saul se disfarçou e pediu à médium que trouxesse Samuel dos mortos. A médium, ao ver a aparição, ficou assustada, indicando que algo incomum havia acontecido, diferente das manifestações demoníacas que ela provavelmente conhecia. O texto bíblico diz que era Samuel, e a profecia dada a Saul confirmou sua condenação: Deus retiraria o reino de suas mãos e o entregaria a Davi, os filisteus derrotariam Israel, e Saul e seus filhos morreriam no dia seguinte.

Esse evento mostra a seriedade da rebeldia contra Deus e a inutilidade de buscar respostas em práticas proibidas. O destino de Saul estava selado, e sua tentativa de obter respostas através de meios ilícitos apenas confirmou sua ruína. Ele fez sua última refeição naquela noite, antes de partir para a batalha que terminaria em sua morte.


A Única Fonte de Verdade e Revelação

A Bíblia ensina que apenas Deus pode revelar a verdade espiritual e dar direção para nossas vidas. O Senhor Jesus nos deu acesso direto ao Pai, e não há necessidade de intermediários espirituais além dEle. Em João 14:6, Ele declarou:

"Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim."

Buscar mensagens de espíritos, confiar em médiuns e participar de sessões espíritas são práticas que afastam as pessoas da verdade de Cristo. Em vez disso, devemos confiar inteiramente na Palavra de Deus, que é suficiente para nos guiar em tudo o que precisamos.


Conclusão

A comunicação com os mortos não passa de um engano demoníaco que desvia as pessoas do caminho de Deus. As Escrituras nos ensinam claramente que os mortos não retornam para falar com os vivos, e que qualquer tentativa de fazê-lo é uma prática abominável diante do Senhor. O espiritismo, ao tentar abrir esse canal de comunicação, coloca seus seguidores em perigo espiritual.

Ao invés de buscarmos respostas em supostos espíritos, devemos nos firmar na Palavra de Deus e confiar em Seu Espírito Santo, que nos guia "a toda a verdade" (João 16:13). Apenas assim estaremos protegidos contra os enganos de Satanás e garantiremos nosso futuro eterno ao lado de Cristo.


4. Chico Xavier e Allan Kardec: Profetas do Bem ou Falsos Mestres?


📌 Resumo: Chico Xavier e Allan Kardec são os maiores expoentes do espiritismo no Brasil e no mundo. Mas será que seus ensinamentos são compatíveis com a Bíblia? Vamos comparar as doutrinas espíritas com a revelação divina.


Chico Xavier e Allan Kardec são considerados os grandes expoentes do espiritismo, sendo que Kardec estabeleceu as bases doutrinárias do espiritismo moderno no século XIX, enquanto Chico Xavier popularizou e expandiu essa doutrina no Brasil. Seus seguidores os veem como homens iluminados, enviados para trazer uma nova compreensão da vida espiritual. Mas será que seus ensinamentos estão em conformidade com a Palavra de Deus? Ao analisarmos suas doutrinas à luz das Escrituras, perceberemos que há divergências profundas e fundamentais.


Allan Kardec e a Origem do Espiritismo

Allan Kardec (1804-1869) foi um educador francês que se dedicou à codificação do espiritismo, sendo o responsável por obras como "O Livro dos Espíritos" e "O Evangelho Segundo o Espiritismo". Ele afirmava que seus escritos eram baseados em comunicações de espíritos superiores. No entanto, a Bíblia nos adverte contra essa prática. Em Deuteronômio 18:10-12, lemos:

"Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem quem se dê à adivinhação, ou prognosticador, ou agoureiro, ou feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos. Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor."

Kardec afirmava que o espiritismo era uma continuação dos ensinos de Cristo, mas suas doutrinas se opõem frontalmente às verdades bíblicas, especialmente no que diz respeito à reencarnação, à salvação e ao propósito da vida após a morte.


Chico Xavier e a Popularização do Espiritismo no Brasil

Chico Xavier (1910-2002) foi um médium brasileiro que psicografou centenas de livros, afirmando receber mensagens do além. Sua obra teve grande impacto, especialmente porque ele era visto como um homem humilde e benevolente. No entanto, a questão central permanece: suas mensagens estavam alinhadas com a revelação divina?

A Bíblia ensina que a única forma de comunicação legítima entre Deus e os homens se dá através de Sua Palavra e de Seu Espírito Santo. Nenhuma revelação pode contradizer o que já foi estabelecido nas Escrituras:

"À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." (Isaías 8:20)


Pontos de Conflito Entre o Espiritismo e a Bíblia


  • Reencarnação vs. Ressurreição
    O espiritismo ensina que a alma passa por múltiplas reencarnações para se purificar e evoluir espiritualmente. No entanto, a Bíblia é clara ao afirmar que a vida do homem é única e que, após a morte, vem o juízo:

"E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo." (Hebreus 9:27)


  • Jesus Cristo: Espírito Evoluído ou Deus Encarnado?
    Para o espiritismo, Jesus Cristo é um espírito elevado, mas não o Filho de Deus encarnado. No entanto, a Escritura testifica sua divindade:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (João 1:1)

"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós." (João 1:14)

Qualquer doutrina que negue a divindade de Cristo se afasta do verdadeiro evangelho.


  • Mediunidade e Contato com os Mortos
    A prática da mediunidade, na qual se busca contato com os mortos, é fundamental para o espiritismo. Chico Xavier afirmava receber mensagens do além, trazendo conforto para muitas pessoas enlutadas. Contudo, a Bíblia é enfática ao proibir tal prática:

"Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; porventura não consultará o povo a seu Deus? Consultará aos mortos pelos vivos?" (Isaías 8:19)

Na parábola do rico e Lázaro (Lucas 16:19-31), o Senhor Jesus ensina que não há possibilidade de comunicação entre vivos e mortos. O destino do homem após a morte é selado, sem retornos ou mensagens do além.


  • A Salvação: Graça ou Evolução Espiritual?
    O espiritismo ensina que o homem pode se purificar através de sucessivas encarnações e boas ações. No entanto, a Bíblia ensina que a salvação não vem das obras, mas é um dom gratuito de Deus pela fé em Cristo:

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie." (Efésios 2:8-9)


Conclusão: Profetas da Verdade ou Falsos Mestres?

Os ensinos de Allan Kardec e Chico Xavier, embora revestidos de um verniz de bondade e moralidade, desviam-se das verdades essenciais da Bíblia. O Senhor Jesus alertou sobre falsos mestres que viriam para enganar:

"Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos." (Mateus 24:24)

A Palavra de Deus é a única fonte confiável de revelação e verdade. Qualquer doutrina que contradiga a Bíblia deve ser rejeitada. O espiritismo, ao negar a suficiência das Escrituras, ao promover a comunicação com espíritos e ao distorcer a identidade de Jesus Cristo, não pode ser considerado uma extensão do cristianismo, mas sim um engano espiritual.

Como crentes, devemos estar firmados na verdade da Palavra de Deus e alertar aqueles que estão sendo enganados, apontando para o único caminho da salvação: a fé em Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou para nos dar a vida eterna.

"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João 14:6)


5. Espíritos de Luz ou Anjos de Engano? A Verdade Bíblica!


📌 Resumo: Muitos acreditam que guias espirituais e espíritos de luz são enviados para ajudar a humanidade. Mas a Bíblia adverte que "Satanás se transfigura em anjo de luz" (2 Coríntios 11:14). Como discernir a verdade do engano?


Desde os primórdios da humanidade, a busca pelo espiritual tem levado muitos a tentarem se conectar com seres que se apresentam como guias, mentores ou "espíritos de luz". O espiritismo e outras crenças esotéricas afirmam que essas entidades vêm para ajudar a humanidade em seu processo de evolução espiritual. Mas será que essas manifestações espirituais são benignas? A Bíblia nos alerta claramente sobre a atuação de espíritos enganadores e do grande perigo de dar ouvidos a tais seres.

A Palavra de Deus revela que Satanás, desde o princípio, tem enganado a humanidade. Ele é chamado de "pai da mentira" (João 8:44) e tem a capacidade de se disfarçar para enganar, como nos diz 2 Coríntios 11:14: "E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz". Isso significa que nem toda manifestação espiritual que parece boa ou benevolente provém de Deus. Na realidade, muitos dos que alegam receber mensagens de espíritos de luz estão, sem saber, interagindo com demônios disfarçados.


A Proibição Bíblica ao Contato com Espíritos

Deus sempre advertiu Seu povo contra qualquer forma de contato com espíritos. Em Deuteronômio 18:10-12, encontramos uma séria advertência: "Entre ti não se achará quem... consulte adivinhadores, nem prognosticadores, nem agoureiros, nem feiticeiros, nem encantadores, nem quem consulte espíritos familiares, nem magos, nem quem consulte os mortos. Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor". Essa passagem é uma proibição clara e direta sobre qualquer tipo de comunicação com o mundo espiritual fora da revelação divina.

Isaías 8:19 também nos alerta: "E, quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?". A resposta implícita é que o povo de Deus deve buscar apenas a Ele, e não espíritos ou reveladores ocultos.


O Engano dos Espíritos de Luz

Uma das táticas de Satanás é apresentar os seus demônios como seres iluminados e benevolentes. Muitos que dizem receber mensagens de "mestres espirituais" ou "anjos de luz" relatam mensagens que enfatizam paz, amor e conhecimento. No entanto, essas mensagens frequentemente contêm sutis distorções da verdade bíblica.

Um exemplo clássico disso é a crença no espiritismo de que Jesus Cristo é apenas um espírito evoluído, um exemplo moral, e não o Filho de Deus encarnado. Essa ideia contradiz diretamente passagens como João 1:1, que afirma: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus".

Outro ponto de distorção comum é a negação do juízo eterno. O espiritismo ensina que não há inferno, mas apenas um processo de purificação e aprendizado. No entanto, a Bíblia afirma claramente que há um destino eterno para os salvos e outro para os perdidos. Em Mateus 25:46, Jesus diz: "E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna".


Como Discernir a Verdade do Engano

A melhor maneira de evitar ser enganado por espíritos disfarçados é conhecer profundamente a Palavra de Deus. O apóstolo João nos adverte: "Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo" (1 João 4:1).

Um espírito que nega a divindade de Cristo, a existência do juízo ou que ensina doutrinas contrárias às Escrituras não pode ser de Deus. Como o apóstolo Paulo escreveu em Gálatas 1:8: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho, além do que já vos tenho anunciado, seja anátema".


Conclusão

O espiritismo e outras crenças esotéricas ensinam que podemos receber orientação de "espíritos de luz" e "mentores espirituais", mas a Bíblia revela que tais manifestações são, na realidade, operações demoníacas destinadas a enganar os homens. Deus nos chama a confiar unicamente nEle e em Sua Palavra. "A tua palavra é a verdade" (João 17:17).

Aqueles que buscam direção espiritual devem olhar para Cristo, o verdadeiro Caminho, e rejeitar qualquer forma de contato com espíritos. "Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem" (1 Timóteo 2:5).


6. O Espiritismo Acredita em Jesus Cristo? A Resposta Vai te Surpreender!


📌 Resumo: O espiritismo afirma respeitar Jesus Cristo, mas será que sua visão d'Ele está de acordo com as Escrituras? Descubra como a doutrina espírita distorce a verdadeira identidade e missão do Senhor Jesus.


O espiritismo frequentemente apresenta-se como uma doutrina que respeita e admira Jesus Cristo, considerando-o um espírito altamente evoluído, um exemplo moral e um mestre da humanidade. No entanto, será que essa visão está de acordo com as Escrituras? A resposta pode surpreender aqueles que pensam que espiritismo e cristianismo podem coexistir sem contradições.

Para entender essa questão, precisamos analisar como o espiritismo define Jesus Cristo e compará-lo com o que a Bíblia revela sobre Ele.


1. Jesus Cristo no Espiritismo

O espiritismo kardecista, baseado nos ensinamentos de Allan Kardec, ensina que Jesus foi um espírito puro, um ser altamente evoluído enviado por Deus para guiar a humanidade. Segundo essa visão, Ele não é Deus encarnado, mas um espírito que atingiu um alto grau de iluminação. O espiritismo rejeita a doutrina da Trindade e a divindade de Cristo, considerando-O um modelo moral e não o Salvador dos pecadores.

Além disso, o espiritismo ensina que Jesus não realizou milagres sobrenaturais, mas apenas fenômenos explicáveis por leis espirituais ainda desconhecidas pelo homem. Também nega Sua ressurreição corporal, afirmando que Ele apenas apareceu em espírito após Sua morte.


2. Jesus Cristo na Bíblia

A Bíblia, por outro lado, apresenta Jesus Cristo como muito mais do que um mestre moral ou um espírito evoluído. As Escrituras revelam que Ele é o próprio Deus encarnado:

  • "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós." (João 1:1,14)
  • "Eu e o Pai somos um." (João 10:30)
  • "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade." (Colossenses 2:9)

Diferente do que ensina o espiritismo, a Bíblia declara que Jesus não é apenas um espírito elevado, mas o próprio Deus feito homem, enviado para salvar os pecadores. Sua missão não foi apenas ensinar boas obras, mas redimir a humanidade da condenação do pecado.


3. O Propósito da Vinda de Cristo

O espiritismo acredita na evolução espiritual através de múltiplas reencarnações, onde cada indivíduo paga por seus erros em vidas futuras. Dessa forma, a cruz de Cristo não é vista como um sacrifício necessário para a salvação, mas apenas um exemplo de amor e abnegação.

Contudo, a Bíblia ensina claramente que a salvação não é alcançada por mérito próprio, mas somente pela graça de Deus por meio do sacrifício de Cristo:

  • "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido." (Lucas 19:10)
  • "Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras." (1 Coríntios 15:3)
  • "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie." (Efésios 2:8-9)

Se a reencarnação fosse verdadeira, a morte de Cristo na cruz seria desnecessária. Mas as Escrituras afirmam que há apenas uma oportunidade para a salvação nesta vida:

  • "E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo." (Hebreus 9:27)

Portanto, a visão espírita sobre o propósito da vinda de Jesus contradiz completamente o ensino bíblico.


4. A Ressurreição de Cristo

O espiritismo nega a ressurreição corporal de Cristo, afirmando que Ele apenas apareceu em espírito. No entanto, a Bíblia declara que Jesus ressuscitou fisicamente e apareceu a muitas testemunhas:

  • "Olhai para as minhas mãos e para os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho." (Lucas 24:39)
  • "Se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé." (1 Coríntios 15:14)

A ressurreição de Jesus é a base da fé cristã. Negá-la significa rejeitar o próprio evangelho.


5. O Perigo da Doutrina Espírita

O espiritismo apresenta um "Jesus" diferente daquele revelado na Bíblia. E essa distorção não é um mero erro teológico, mas algo extremamente grave. A Bíblia adverte que Satanás se disfarça para enganar:

  • "Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz." (2 Coríntios 11:13-14)

A doutrina espírita, ao negar a divindade, a ressurreição e a redenção por meio do sangue de Cristo, se alinha mais com os "espíritos enganadores" mencionados em 1 Timóteo 4:1 do que com a verdade do evangelho.


Conclusão

Embora o espiritismo afirme respeitar Jesus Cristo, sua visão d'Ele está longe da verdade bíblica. O espiritismo apresenta um Jesus que não é Deus, que não morreu para redimir pecadores e que não ressuscitou corporalmente. Esse não é o verdadeiro Cristo da Bíblia.

Aqueles que buscam a verdade devem rejeitar qualquer doutrina que distorça a identidade e a obra do Senhor Jesus. Como o apóstolo Paulo advertiu:

  • "Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos temos anunciado, seja anátema." (Gálatas 1:8)

Cristo não é apenas um espírito evoluído, um guia ou um mestre moral. Ele é o Filho de Deus, o único Salvador, o Senhor dos Senhores. E somente n'Ele há vida eterna:

  • "Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida." (1 João 5:12)

7. O Céu e o Inferno no Espiritismo e na Bíblia: Quem Está Certo?


📌 Resumo: No espiritismo, o inferno é apenas um estado de espírito, e o céu é um estágio de evolução. Mas o que a Bíblia ensina sobre a eternidade? Vamos explorar as palavras de Cristo sobre o destino final da humanidade.


No espiritismo, a visão do céu e do inferno é profundamente diferente daquilo que as Escrituras ensinam. De acordo com a doutrina espírita, o inferno não é um lugar real de tormento eterno, mas apenas um estado de consciência para aqueles que ainda não evoluíram espiritualmente. Da mesma forma, o céu não é um destino final, mas uma condição alcançada após sucessivas reencarnações. No entanto, o que a Bíblia realmente ensina sobre esses temas?


1. A Perspectiva Espírita sobre o Céu e o Inferno

O espiritismo kardecista, baseado nos escritos de Allan Kardec, ensina que o espírito humano está em um processo constante de aperfeiçoamento por meio de múltiplas existências. O sofrimento após a morte não seria um castigo divino, mas uma consequência natural dos erros cometidos em vidas anteriores. O "Umbral", conceito popularizado no Brasil por Chico Xavier, seria uma espécie de purgatório onde os espíritos sofredores pagam pelos seus erros antes de evoluírem para estágios mais elevados.

No que se refere ao céu, o espiritismo não o vê como um lugar específico onde Deus habita, mas como um estado espiritual de progresso, acessível apenas àqueles que atingiram um nível superior de evolução moral e intelectual. Segundo essa visão, todos os seres humanos estão destinados à perfeição por meio da reencarnação e, eventualmente, alcançarão um estado de iluminação.


2. O Que a Bíblia Ensina sobre o Céu e o Inferno

A Bíblia apresenta uma visão completamente diferente do destino eterno da humanidade. Em primeiro lugar, as Escrituras ensinam que há dois destinos finais para os seres humanos: a vida eterna com Deus ou a condenação eterna.


O Céu: Um Lugar de Glória

A Bíblia descreve o céu como um lugar real, onde Deus habita e onde os crentes desfrutarão da Sua presença eternamente. Em João 14:2-3, o Senhor Jesus diz:

"Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E quando eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também."

O céu é apresentado como um lugar de bem-aventurança, onde não há dor, morte ou sofrimento. Apocalipse 21:4 declara:

"E Deus limpará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas."

Diferente da visão espírita, o céu não é um estado de consciência ou uma conquista progressiva da alma, mas um dom de Deus concedido àqueles que foram redimidos pelo sangue de Cristo.


O Inferno: Um Lugar de Condenação

Ao contrário do que ensina o espiritismo, o inferno não é apenas um estado de sofrimento momentâneo ou uma fase passageira da evolução espiritual. A Bíblia ensina que ele é um lugar de juízo eterno preparado para Satanás e seus anjos, mas onde também serão lançados todos aqueles que rejeitarem a salvação oferecida por Deus. O próprio Senhor Jesus advertiu repetidamente sobre a realidade do inferno:

"E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna." (Mateus 25:46)

Outro texto contundente encontra-se em Apocalipse 20:15:

"E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo."

O inferno é descrito como um lugar de sofrimento consciente e eterno, sem possibilidade de reencarnação ou nova oportunidade. Em Lucas 16:19-31, o Senhor Jesus conta a história do rico e Lázaro, na qual o homem rico, após a morte, encontra-se em tormentos e pede alívio, mas recebe a resposta de que não há mais possibilidade de mudança de destino após a morte.


3. O Perigo da Visão Espírita sobre a Eternidade

A doutrina espírita sobre o céu e o inferno remove a seriedade da condenação eterna e dá às pessoas uma falsa sensação de segurança. Se o inferno for apenas um estado mental e houver sempre uma nova chance por meio da reencarnação, então não há urgência para se arrepender e crer no Evangelho. No entanto, a Bíblia é clara ao afirmar que esta vida é a única oportunidade que temos para escolher entre a salvação e a perdição.

"E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo." (Hebreus 9:27)

O ensino espírita contradiz diretamente essa verdade bíblica e, portanto, não pode ser aceito por aqueles que creem na revelação de Deus.


4. Como Alcançar o Céu Segundo a Bíblia

Diferente da ideia espírita de autoaperfeiçoamento por meio de múltiplas vidas, a Bíblia ensina que a salvação é um dom gratuito de Deus, recebido pela fé em Jesus Cristo. Efésios 2:8-9 afirma:

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie."

Não é por meio de reencarnações ou boas ações que alguém alcança o céu, mas exclusivamente pela fé em Cristo. Ele mesmo declarou:

"Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João 14:6)

O ensino do espiritismo, ao negar a necessidade da cruz e da redenção pelo sangue de Cristo, afasta os homens da verdadeira salvação.


Conclusão

O espiritismo apresenta um conceito distorcido do céu e do inferno, negando a seriedade do juízo eterno e oferecendo uma falsa esperança de reencarnação e evolução. A Bíblia, por outro lado, ensina claramente que há apenas dois destinos para a humanidade: a vida eterna para aqueles que creem em Cristo e a condenação eterna para aqueles que o rejeitam.

A questão não é meramente teológica, mas de vida ou morte eterna. A decisão que tomamos nesta vida determina nosso destino final. O chamado do Evangelho é claro: arrependa-se e creia no Senhor Jesus Cristo para que tenha a certeza da vida eterna ao lado de Deus.

"Quem crê no Filho tem a vida eterna; mas quem não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece." (João 3:36)


8. Kardecismo e Cristianismo: Podem Caminhar Juntos?


📌 Resumo: Muitos acreditam que podem ser espíritas e cristãos ao mesmo tempo. Mas será que as doutrinas espíritas estão em harmonia com os ensinamentos de Cristo? Vamos analisar essa questão com base na Bíblia.


O espiritismo kardecista é amplamente difundido no Brasil e em diversas partes do mundo como uma filosofia que busca unir ciência, filosofia e religião. Muitos adeptos do espiritismo afirmam que seguem os ensinamentos de Jesus Cristo, utilizando passagens bíblicas para justificar suas doutrinas. No entanto, será que o kardecismo e o cristianismo bíblico podem caminhar juntos? Para responder essa pergunta, é necessário examinar os principais pontos do espiritismo e compará-los com a Palavra de Deus.


1. A Natureza de Jesus Cristo

O espiritismo reconhece Jesus como um espírito elevado, um guia moral e modelo de conduta, mas nega Sua divindade. Allan Kardec afirma que Jesus foi apenas um homem de grande evolução espiritual, um dos muitos enviados para ensinar a humanidade.

A Bíblia, por outro lado, ensina claramente que Jesus Cristo é Deus. Em João 1:1, lemos: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus". Em João 10:30, o próprio Senhor Jesus declarou: "Eu e o Pai somos um". A negação da divindade de Cristo contradiz diretamente a essência do cristianismo.


2. A Doutrina da Reencarnação

Um dos pilares fundamentais do espiritismo é a reencarnação, a ideia de que as almas retornam à Terra várias vezes para evoluir espiritualmente até atingirem um estado de pureza. Entretanto, a Bíblia ensina que a vida é única e que após a morte segue-se o juízo. Hebreus 9:27 afirma: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo".

O conceito bíblico da ressurreição difere completamente da reencarnação. No último dia, os mortos ressuscitarão para receberem sua recompensa ou condenação eterna, conforme João 5:28-29: "Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação".


3. Comunicação com os Mortos

O espiritismo ensina que é possível e benéfico se comunicar com os mortos através de médiuns. Segundo Allan Kardec, os espíritos superiores guiam a humanidade e transmitem ensinamentos do mundo espiritual.

A Bíblia, porém, condena categoricamente qualquer tentativa de comunicação com os mortos. Deuteronômio 18:10-12 diz: "Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos. Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor".

A história da feiticeira de En-Dor (1 Samuel 28) mostra o rei Saul tentando se comunicar com o falecido profeta Samuel, um ato reprovado por Deus e que resultou na morte de Saul (1 Crônicas 10:13-14).


4. O Conceito de Salvação

No espiritismo, a salvação é um processo de autoaperfeiçoamento através de múltiplas reencarnações. A ideia central é que cada pessoa colhe o que plantou e precisa evoluir espiritualmente até alcançar a perfeição.

Já no cristianismo, a salvação não vem das obras humanas nem de um progresso moral ao longo de várias vidas, mas unicamente pela graça de Deus, através da fé em Jesus Cristo. Efésios 2:8-9 afirma: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie".

Romanos 6:23 esclarece: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor". O evangelho ensina que só há um caminho para Deus: Jesus Cristo (João 14:6).


5. O Inferno e o Destino Eterno

Para os kardecistas, o inferno é apenas um estado de sofrimento moral, e ninguém fica condenado eternamente. Segundo Allan Kardec, até mesmo os piores espíritos podem evoluir e alcançar a felicidade.

Porém, a Bíblia apresenta o inferno como um lugar real de condenação eterna. Em Apocalipse 20:15, está escrito: "E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo". Jesus descreveu o inferno como um lugar onde "o seu verme nunca morre, e o fogo nunca se apaga" (Marcos 9:44).


Conclusão

A análise dos ensinamentos do espiritismo e da Bíblia mostra que ambos seguem caminhos totalmente opostos. Embora os kardecistas afirmem seguir Jesus, eles negam Sua divindade, distorcem o conceito de salvação e contradizem a revelação bíblica sobre a vida após a morte.

O cristianismo autêntico está baseado na Palavra de Deus, que não permite a fusão com doutrinas contrárias. Como disse o apóstolo Paulo em Gálatas 1:8: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema".

Diante disso, um verdadeiro seguidor de Cristo deve rejeitar qualquer ensinamento que desvie da verdade revelada nas Escrituras. Kardecismo e cristianismo não podem caminhar juntos, pois a luz e as trevas jamais se misturam (2 Coríntios 6:14).


9. Reencarnação ou Ressurreição? A Diferença Que Muda Tudo!


📌 Resumo: A Bíblia ensina que os mortos ressuscitarão, mas o espiritismo prega a reencarnação. Essas ideias são compatíveis? Qual delas é a verdade? Vamos examinar as Escrituras para esclarecer esse tema.


Nos dias atuais, muitas pessoas acreditam que podem conciliar as crenças do espiritismo kardecista com os ensinamentos do cristianismo. Essa visão se tornou comum principalmente porque o espiritismo afirma respeitar a figura de Jesus Cristo e utiliza passagens bíblicas para tentar fundamentar suas doutrinas. No entanto, será que as doutrinas espíritas realmente estão em harmonia com a Palavra de Deus? Ao analisarmos as Escrituras e as principais crenças do espiritismo, percebemos que existem contradições fundamentais que tornam impossível a fusão dessas duas correntes de pensamento.


O Jesus do Espiritismo e o Jesus da Bíblia

Para começar, é importante esclarecer que o espiritismo não reconhece Jesus Cristo como Deus. Allan Kardec, em seus escritos, trata Jesus como um espírito evoluído, um mestre moral e um exemplo de conduta, mas não como o Filho de Deus encarnado. Essa visão contraria diretamente o ensino bíblico. João 1:1 e 14 afirma:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós."

O Senhor Jesus não é apenas um guia moral, mas o próprio Deus encarnado, que veio ao mundo para salvar os pecadores. Negar sua divindade é rejeitar um dos pilares essenciais do cristianismo.


A Salvação: Pela Graça ou Pela Evolução Espiritual?

Outro ponto de divergência crucial entre o espiritismo e o cristianismo bíblico é o meio pelo qual o ser humano pode alcançar a salvação. O espiritismo ensina que a salvação vem através da evolução moral e espiritual do indivíduo ao longo de várias encarnações. Segundo Allan Kardec, cada pessoa tem inúmeras oportunidades de progredir espiritualmente até atingir um estado de pureza.

Por outro lado, a Bíblia é clara ao afirmar que a salvação não depende dos méritos humanos, mas exclusivamente da graça de Deus. Efésios 2:8-9 declara:

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie."

Se a salvação fosse conquistada por méritos próprios, não haveria necessidade da morte expiatória de Cristo. No entanto, a Escritura ensina que somente por meio do sacrifício de Jesus na cruz é que podemos ser reconciliados com Deus (Romanos 5:8-9).


Reencarnação ou Ressurreição?

O espiritismo baseia-se fortemente na ideia da reencarnação. Essa doutrina ensina que, após a morte, a alma retorna em um novo corpo para continuar sua jornada evolutiva. No entanto, a Bíblia rejeita essa ideia de forma categórica. Hebreus 9:27 declara:

"E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo."

A Bíblia ensina que após a morte há um juízo, e não uma sucessão de vidas. Além disso, o cristianismo ensina a ressurreição dos mortos, e não a reencarnação. Em João 11:25-26, o Senhor Jesus disse:

"Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá."


A promessa bíblica é que aqueles que creem no Senhor Jesus ressuscitarão para a vida eterna, e não que reencarnarão repetidamente para tentar alcançar a perfeição.

Comunicação com os Mortos: Permitida ou Proibida?

Uma prática central no espiritismo é a tentativa de comunicação com os mortos por meio de médiuns. No entanto, a Bíblia condena expressamente essa prática. Em Deuteronômio 18:10-12, Deus adverte:

"Entre ti não se achará... quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor."

Além disso, Isaías 8:19 alerta:

"E, quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?"


O espiritismo ensina que os médiuns recebem mensagens de espíritos desencarnados, mas a Bíblia nos mostra que esses espíritos não são de Deus. O apóstolo Paulo alerta que Satanás se transfigura em anjo de luz para enganar (2 Coríntios 11:14). A tentativa de se comunicar com os mortos é, na verdade, uma porta para a atuação demoníaca.


Conclusão: É Possível Ser Espírita e Cristão ao Mesmo Tempo?

Diante dessas verdades bíblicas, torna-se evidente que o espiritismo e o cristianismo bíblico são incompatíveis. A visão espírita sobre Jesus Cristo, a salvação, a reencarnação e a comunicação com os mortos contradiz diretamente as Escrituras. O cristianismo ensina que há um único caminho para Deus: Jesus Cristo. Como Ele mesmo declarou em João 14:6:

"Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."

Portanto, aqueles que desejam seguir a Cristo precisam rejeitar doutrinas que desviam da verdade bíblica. O espiritismo pode parecer uma religião de amor e caridade, mas, ao distorcer os ensinos fundamentais da Palavra de Deus, afasta as pessoas da verdadeira salvação. O chamado da Bíblia é claro: devemos nos apegar à verdade e rejeitar todo engano espiritual.


10. Allan Kardec na Bíblia? A Resposta Que Ninguém Esperava!


📌 Resumo: Allan Kardec afirmou que sua doutrina estava em harmonia com os ensinamentos de Jesus. Mas será que ele realmente seguiu o que Cristo ensinou? Vamos comparar as palavras de Kardec com as Escrituras.


Allan Kardec, o fundador do espiritismo moderno, afirmou que sua doutrina estava em harmonia com os ensinamentos de Jesus Cristo. No entanto, ao examinarmos suas ideias à luz das Escrituras Sagradas, percebemos uma série de contradições fundamentais. A Bíblia apresenta um Evangelho claro, centrado na redenção pela graça de Deus por meio da fé em Cristo, enquanto a doutrina de Kardec se baseia em conceitos como reencarnação, comunicação com os mortos e evolução espiritual por mérito próprio. Neste estudo, compararemos as principais crenças do espiritismo com os ensinamentos bíblicos para determinar se realmente há compatibilidade entre ambos.


1. A Revelação e a Inspiração das Escrituras

Kardec acreditava que sua doutrina era uma "revelação progressiva", onde novos ensinamentos espirituais seriam acrescentados ao longo do tempo. No entanto, a Palavra de Deus afirma que a revelação foi concluída com os escritos inspirados da Bíblia. Em Apocalipse 22:18-19, há uma séria advertência contra adicionar ou retirar qualquer coisa das Escrituras. Além disso, 2 Timóteo 3:16-17 afirma que "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda boa obra". Isso significa que a Bíblia é completa e suficiente, sem necessidade de novas revelações.


2. A Reencarnação versus a Ressurreição

Uma das doutrinas centrais do espiritismo é a reencarnação, ou seja, a crença de que a alma retorna à Terra em diferentes corpos para evoluir. Allan Kardec defendeu essa ideia como uma forma de aperfeiçoamento espiritual progressivo. No entanto, a Bíblia ensina claramente que "aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo" (Hebreus 9:27). Em vez de reencarnação, a Escritura ensina a ressurreição: "Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação" (João 5:29). O conceito de renascimentos sucessivos é, portanto, incompatível com a doutrina bíblica da vida após a morte.


3. A Comunicação com os Mortos

O espiritismo promove a comunicação com os mortos como algo positivo e esclarecedor. Kardec ensinou que os "espíritos" podem trazer mensagens valiosas para os vivos. Entretanto, a Palavra de Deus condena de forma direta e inequívoca essa prática: "Entre ti não se achará... quem consulte os mortos. Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor" (Deuteronômio 18:10-12). Além disso, a história do rico e Lázaro (Lucas 16:19-31) mostra que os mortos não podem retornar para comunicar-se com os vivos, pois Deus estabeleceu um grande abismo intransponível entre os dois mundos.


4. A Salvação pela Graça versus Evolução Espiritual

Kardec ensinava que a salvação é obtida pelo progresso individual através de múltiplas existências. Isso contradiz frontalmente a mensagem central do Evangelho, que declara que a salvação é um dom gratuito de Deus, recebido pela fé em Cristo. Efésios 2:8-9 deixa claro: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie". Não há qualquer referência bíblica a um sistema de progresso espiritual por meio de múltiplas vidas; ao contrário, a salvação é uma decisão que deve ser tomada nesta vida, e não em uma suposta vida futura.


5. Quem é Jesus Cristo Segundo Kardec e Segundo a Bíblia?

No espiritismo, Jesus é visto como um espírito evoluído, um grande mestre moral, mas não como Deus encarnado. No entanto, a Bíblia declara de forma inquestionável que Jesus é Deus. João 1:1 e 14 dizem: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós". Além disso, Colossenses 2:9 afirma: "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade". A visão espírita de Jesus reduz sua identidade e nega sua divindade, algo completamente oposto à fé cristã.


Conclusão

Ao analisar as doutrinas de Allan Kardec à luz da Bíblia, fica claro que suas crenças estão em completo desacordo com os ensinamentos divinos. Enquanto a Escritura ensina a salvação pela graça, a ressurreição, a impossibilidade de comunicação com os mortos e a divindade de Cristo, Kardec promoveu conceitos que deturpam e distorcem a verdade revelada por Deus. Portanto, a doutrina espírita não pode ser conciliada com o verdadeiro cristianismo bíblico. "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente" (Tiago 1:5). Que possamos buscar a verdade somente na Palavra de Deus, rejeitando todo ensino que se opõe a ela.


11. O Purgatório Espírita Existe? A Ilusão do Umbral!


📌 Resumo: No espiritismo, o "umbral" é uma espécie de purgatório para almas em sofrimento. Mas essa ideia tem base bíblica? Vamos descobrir o que a Palavra de Deus diz sobre o destino dos mortos.


O espiritismo ensina que, após a morte, as almas passam por um estado intermediário chamado "umbral". Essa concepção se assemelha, em certo grau, à doutrina católica do purgatório, sendo descrito como um local de sofrimento e purificação para aqueles que não evoluíram espiritualmente. Entretanto, essa crença tem alguma base bíblica? O que a Palavra de Deus ensina sobre o destino dos mortos?


Para responder a essa questão, é essencial analisarmos a origem e os fundamentos dessa doutrina e compará-los com as Escrituras. No espiritismo, o umbral é descrito como um lugar nebuloso, habitado por espíritos atormentados que ainda precisam expiar suas faltas antes de alcançar estágios mais elevados de evolução espiritual. Tal conceito se baseia na ideia de múltiplas encarnações e no aprimoramento contínuo da alma. Mas, conforme já vimos em estudos anteriores, a Bíblia refuta claramente a doutrina da reencarnação, afirmando que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo" (Hebreus 9:27).


Além disso, a ideia de um lugar transitório para purificação não encontra respaldo na revelação divina. As Escrituras são claras ao ensinar que, após a morte, o destino eterno do ser humano está selado. O Senhor Jesus descreveu essa realidade de maneira contundente na parábola do rico e Lázaro (Lucas 16:19-31). Nessa narrativa, o rico, que viveu de forma egoísta, morreu e foi para o Hades, onde estava em tormento. Lázaro, por sua vez, foi levado pelos anjos ao seio de Abraão, um lugar de descanso. O mais notável desse relato é que o rico, em sofrimento, não tinha possibilidade de transição para um estado melhor: "E além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá" (Lucas 16:26).


Esse ensino do Senhor Jesus desmonta completamente a ideia do umbral como um estado temporário de sofrimento com possibilidades de melhora gradual. A Bíblia apresenta apenas dois destinos finais para a humanidade: a vida eterna para os justificados pela fé em Jesus Cristo e a condenação eterna para aqueles que rejeitam a salvação. O próprio Senhor afirmou: "Os que tiverem feito o bem sairão para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição da condenação" (João 5:29).

Outro ponto fundamental que refuta o conceito espírita do umbral é o ensino bíblico sobre a suficiência da obra de Cristo. O espiritismo prega que as almas precisam purificar-se por meio de sofrimentos e reencarnações sucessivas, porém, a Bíblia ensina que a purificação do pecado foi plenamente realizada na cruz. "Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados" (Hebreus 10:14). Não há necessidade de sofrimentos adicionais, pois "o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado" (1 João 1:7).

Além disso, a ideia de espíritos vagando no umbral contradiz a clara declaração bíblica de que os mortos não permanecem na Terra, nem têm qualquer envolvimento com os vivos: "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento" (Eclesiastes 9:5). A tentativa de comunicação com mortos ou crença em espíritos em sofrimento transitório são práticas condenadas nas Escrituras, pois envolvem engano demoníaco. "E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz" (2 Coríntios 11:14).

Diante de todas essas evidências, vemos que o conceito espírita do umbral não tem qualquer sustentação na revelação divina. Em vez de buscar explicações humanas sobre a vida após a morte, devemos confiar na Palavra de Deus, que nos assegura que os salvos por Cristo estarão para sempre com o Senhor (2 Coríntios 5:8) e que os ímpios enfrentarão a justa condenação divina (Apocalipse 20:15). O ensino do umbral é apenas mais uma tentativa de desviar as pessoas da verdade do evangelho, levando-as a confiar em suas próprias obras e méritos, ao invés de descansarem inteiramente na graça salvadora de Deus.


12. Quem Fala na Sessão Espírita? A Resposta Chocante!


📌 Resumo: Espíritas afirmam que médiuns recebem mensagens de pessoas falecidas. Mas a Bíblia alerta que Satanás e seus demônios se disfarçam para enganar. Será que os mortos realmente falam?


No espiritismo, uma das práticas mais comuns é a mediunidade, que supostamente permite a comunicação com os mortos. Sessões espíritas são realizadas para receber mensagens de entes falecidos, trazendo palavras de conforto, conselhos e até revelações sobre o mundo espiritual. Mas será que essa comunicação é legítima? A Bíblia nos fornece respostas diretas e contundentes sobre essa questão.


A Bíblia Proíbe a Comunicação com os Mortos

Desde os tempos do Antigo Testamento, Deus alertou severamente contra a consulta aos mortos. Em Deuteronômio 18:10-12, lemos:

"Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor."

A ordem de Deus é clara: os israelitas não deveriam consultar os mortos porque essa prática é abominável. Mas por quê? Porque os mortos não podem se comunicar, e aqueles que parecem estar falando são, na realidade, espíritos malignos.


Os Mortos Não Falam Nem Retornam

O espiritismo ensina que os espíritos desencarnados continuam evoluindo e podem se manifestar aos vivos. No entanto, a Bíblia afirma que, após a morte, a alma segue para um destino definitivo:

"E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo." (Hebreus 9:27)

Não há um estado intermediário onde os mortos permanecem vagando pela Terra, buscando comunicar-se com os vivos. A passagem de Eclesiastes 9:5-6 reforça esse ponto:

"Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento."

Se os mortos não sabem de nada e não têm mais parte no mundo dos vivos, então quem são os seres que falam nas sessões espíritas?


Espíritos de Engano: O Verdadeiro Perigo

A Bíblia alerta que Satanás e seus demônios se disfarçam para enganar. Em 2 Coríntios 11:14-15, lemos:

"E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça."

Satanás pode se apresentar como um ser de luz, e seus demônios podem imitar a voz e o comportamento de pessoas falecidas para enganar os que participam de sessões espíritas. Quando alguém pensa estar ouvindo um parente falecido, na realidade, está interagindo com um espírito maligno que está se passando por essa pessoa.


O Exemplo do Rei Saul e a Necromante de Endor

Um dos episódios mais conhecidos da Bíblia sobre a tentativa de falar com os mortos é a história do rei Saul e a feiticeira de Endor (1 Samuel 28). Saul, desesperado, consulta uma médium para falar com o profeta Samuel, que já havia morrido. Deus havia rejeitado Saul por sua desobediência e, ao invés de se arrepender, ele busca uma fonte proibida para obter orientação. O resultado foi trágico: Saul recebeu uma mensagem de condenação, e no dia seguinte morreu na batalha.

Esse episódio reforça que tentar se comunicar com os mortos não traz bênção, mas sim juízo. Deus não permite essa prática e a proíbe explicitamente.


O Destino dos Espíritas e dos que Consultam Espíritos

A Bíblia é clara ao dizer que os que praticam feitiçaria, adivinhação e consulta aos mortos não herdarão o Reino de Deus. Apocalipse 21:8 declara:

"Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte."

A consulta aos mortos não é um caminho de luz, mas sim uma prática condenada por Deus que leva à perdição eterna.


Conclusão: Devemos Buscar a Deus, Não os Mortos

O cristão deve rejeitar completamente qualquer tentativa de se comunicar com os mortos e, em vez disso, buscar a Deus, que nos guia por meio da Sua Palavra e do Espírito Santo.

Isaías 8:19 nos adverte:

"Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos se consultará aos mortos?"

A resposta da Bíblia é clara: devemos consultar a Deus e não espíritos enganadores. Somente Ele tem a verdade e a direção segura para nossas vidas. O espiritismo, por mais atraente que pareça, é um caminho de engano, e aqueles que buscam a verdade devem se afastar dessas práticas e confiar no Senhor Jesus Cristo, o único caminho para a vida eterna.


13. A Bíblia Proíbe o Espiritismo? Veja a Verdade!


📌 Resumo: Muitos não sabem, mas Deus já alertou seu povo contra a prática do espiritismo. Vamos analisar passagens bíblicas que condenam o contato com mortos e espíritos enganadores.


O espiritismo atrai muitos adeptos com sua promessa de contato com o mundo espiritual e de esclarecimento sobre a vida após a morte. No entanto, é fundamental que os cristãos analisem essa prática à luz das Escrituras Sagradas. A Bíblia tem algo a dizer sobre o espiritismo? A Palavra de Deus aprova ou condena a comunicação com os mortos? Neste estudo, exploraremos diversas passagens bíblicas que demonstram de forma clara e inequívoca a posição divina sobre essa questão.


A proibição direta de Deus sobre o contato com os mortos

Desde os tempos do Antigo Testamento, Deus advertiu seu povo contra qualquer forma de consulta aos mortos ou envolvimento com práticas mediúnicas. Em Deuteronômio 18:10-12, encontramos uma proibição categórica:

"Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem quem se dê à adivinhação, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos. Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor."

Deus não apenas proíbe, mas classifica tais práticas como abominação. A palavra hebraica usada aqui (תּּוּעָבַה, "toʻaʻoʷah") indica algo detestável e repugnante para Deus. Essa proibição não era uma simples precaução cultural, mas uma ordem divina destinada a proteger o povo de influências malignas.


O exemplo do rei Saul e a consulta à médium de En-Dor

Uma das histórias mais conhecidas da Bíblia sobre esse tema é a do rei Saul, que buscou uma necromante para tentar se comunicar com o profeta Samuel já falecido. Em 1 Samuel 28:7-8, lemos:

"Então disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha espírito de feiticeira, para que vá a ela e a consulte. E os seus criados lhe disseram: Eis que em En-Dor há uma mulher que tem espírito de feiticeira."

Saul, que anteriormente havia banido tais práticas de Israel, desobedece a ordem de Deus e procura uma necromante. O resultado foi trágico: Deus rejeita Saul, e ele morre pouco depois, confirmando que sua escolha o levou à destruição. Esse evento mostra claramente que Deus não aprova o contato com os mortos.


Os mortos podem realmente se comunicar com os vivos?

A doutrina espírita ensina que os mortos podem enviar mensagens aos vivos através de médiuns. No entanto, a Bíblia afirma o contrário. Em Lucas 16:19-31, o Senhor Jesus conta a história do rico e Lázaro, onde o homem rico deseja enviar uma mensagem a seus irmãos, mas recebe a resposta de Abraão:

"E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá."

Esse texto demonstra que os mortos estão separados dos vivos e não podem atravessar essa barreira. Qualquer suposta comunicação com "espíritos de falecidos" não passa de engano demoníaco.


A origem demoníaca da comunicação espírita

A Bíblia revela que Satanás e seus demônios se disfarçam para enganar os incautos. 2 Coríntios 11:14-15 adverte:

"E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça."

O apóstolo Paulo explica que Satanás se apresenta como um ser de luz para iludir aqueles que não conhecem a verdade de Deus. O espiritismo, ao ensinar que os mortos falam, abre caminho para a atuação demoníaca, pois apenas esses seres malignos podem simular vozes e aparências dos falecidos.


A esperança cristã: vida eterna com Cristo

Ao contrário do que ensina o espiritismo, a esperança cristão não está em contatos com os mortos, mas na vida eterna com Cristo. Filipenses 1:21 nos diz:

"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho."

O crente não precisa buscar respostas em supostos "espíritos", pois a revelação de Deus já está completa em Sua Palavra. 2 Timóteo 3:16-17 declara:

"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda boa obra."


Conclusão

A Bíblia é clara ao condenar o espiritismo e suas práticas. Deus proíbe a consulta aos mortos porque Ele é o único que detém o conhecimento do futuro e da eternidade. Qualquer tentativa de buscar orientação fora da Palavra de Deus leva ao engano e à destruição espiritual.

O crente deve confiar plenamente no Senhor, sabendo que Ele é suficiente para nos guiar em toda verdade. Se você tem buscado respostas no espiritismo, arrependa-se e volte-se para Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida (João 14:6).


Josué Matos

35. Logo após o arrebatamento, muitos da Cristandade irão ficar, joio e trigo irão se separar? (03/03/2025)


Pergunta recebida por e-mail:
Logo após o arrebatamento, muitos da Cristandade irão ficar, joio e trigo irão se separar. Eu creio que esses que ficarem rejeitaram a graça e estarão sujeitos à operação do erro pelo anticristo. Sofrerão juízos a partir da tribulação. Eu acredito que esses já fizeram a escolha eterna, não havendo mais chance de reconciliação, porém Deus é sempre misericordioso e justo. Havendo vida, ainda há esperança.
Poderia me dizer se estou correto ou não?


Minha resposta:

Após o arrebatamento da Igreja, em que todos os salvos da terra, desta dispensação, serão levados para o céu, Deus levantará os 144.000 judeus evangelistas para pregar o Evangelho do Reino (Apocalipse 7:4-8; 14:1-5). Esses judeus selados por Deus serão uma testemunha poderosa durante a Grande Tribulação, proclamando a mensagem do Reino a Israel e às nações.


Todos os salvos desta dispensação serão arrebatados. O mundo ficará somente com pecadores inconversos. Deus, como fez com Saulo no caminho de Damasco, salvará os 144.000 judeus evangelistas, e muitos serão salvos por esta mensagem do Reino (Atos 9:3-6; Apocalipse 7:9-14).


A grande massa da cristandade não salva, que ficará após o arrebatamento, seguirá a besta e o falso profeta, pois estavam em busca de milagres e prodígios de mentira, e Deus os entregará a uma operação do erro, para que creiam na mentira (2 Tessalonicenses 2:9-12; Apocalipse 13:11-15). Essa descrição revela que muitos que professavam fé, mas não eram verdadeiramente regenerados, aceitarão o governo do anticristo e sua falsa religião.


O Evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho antes do fim (Mateus 24:14). Essa mensagem terá em vista o povo judeu, que reconhecerá a Cristo como o verdadeiro Messias, e também as nações que hoje estão fechadas ao cristianismo. Durante esse período, aqueles que crerem em Cristo como Messias e Senhor serão salvos e entrarão no Reino Milenar (Zacarias 12:10; 14:9; Isaías 11:10-12).


Hoje, somos salvos pela fé no Evangelho da Graça, que nos oferece o perdão dos pecados e a promessa do arrebatamento para estarmos com o Senhor na glória (Efésios 2:8-9; 1 Tessalonicenses 4:16-17; Tito 2:11-13). Nosso destino é celestial, pois fomos chamados para estar eternamente com Cristo nos céus (Filipenses 3:20-21; Colossenses 3:4).


Na terra, durante a Grande Tribulação, o Evangelho do Reino proclamará a salvação a todos os que crerem no Cristo que já veio e que voltará para estabelecer Seu Reino. A promessa para esses crentes é reinar e servir a Cristo por mil anos (Apocalipse 20:4-6; Mateus 25:34). Essa é a esperança que será oferecida durante esse tempo de juízo, levando muitos a reconhecerem Jesus Cristo como o Rei vindouro.


O joio e o trigo neste período são o resultado desta mensagem, quando o Senhor vier para reinar (Mateus 13:24-30, 36-43). Os que crerem serão o trigo, colhido para o Reino, enquanto os que rejeitarem a mensagem serão o joio, destinado ao juízo.

Assim, distinguimos claramente os diferentes aspectos da mensagem do Evangelho em tempos distintos: hoje, pregamos o Evangelho da Graça, apontando para o arrebatamento e nossa morada celestial; no futuro, durante a Tribulação, será pregado o Evangelho do Reino, chamando pessoas a crerem no Cristo que voltará para reinar.


Josué Matos

 

36. Caim, Esaú e Judas não foram salvos porque não tinham boas obras? (04/03/2025)


Quem me escreveu, disse:
Porém, Salomão e Davi, foram salvos, porque, se dedicaram a Deus durante toda sua vida, e Deus os perdoou, porque, eles tinham promessa. Já Esaú, Judas, e Caim. Não tinham promessa, eles eram pecadores natos. Judas, foi o pior, porque, esteve do lado de Jesus, foi ensinado por ele, mas, traiu o Filho de Deus. Por isto, Jesus disse, que tinha escolhido 12, mas, 1 era um diabo, que era Judas Iscariotes. Como o Senhor mesmo diz, a salvação não depende somente de obras, é preciso obras e fé. Salomão e Davi, tiveram obras e fé, por isto estão salvos. Já Judas, Caim e Esaú, não tiveram nem obras, nem fé. Por isto, estão condenados. 2 Samuel 12:21-23 / 2 Samuel 17:11-15 / Romanos 9:10-16 / Atos 1:16-20 / 1 João 4:11-12.


Minha Resposta:

A afirmação de que a salvação depende tanto de obras quanto de fé está equivocada e contraria o ensino claro das Escrituras. A Palavra de Deus ensina que a salvação é exclusivamente pela graça mediante a fé, sem qualquer mérito humano ou contribuição de boas obras. Como está escrito:

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9).

A justificação diante de Deus é pela fé, e não por obras. Abraão, por exemplo, foi justificado pela fé antes mesmo de realizar qualquer obra: "Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça" (Gênesis 15:6; Romanos 4:3).


1. A Salvação de Davi e Salomão

Davi e Salomão foram salvos, não porque tiveram fé e obras, mas porque confiaram no Senhor. Davi pecou gravemente, mas reconheceu sua condição e se arrependeu sinceramente. Ele disse:

"Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto" (Salmo 32:1).

Seu perdão não foi baseado em suas boas obras, mas na misericórdia de Deus. Salomão, por outro lado, teve um início piedoso, mas se desviou, e a Escritura não dá uma declaração clara sobre sua salvação.


2. Esaú, Judas e Caim

Esaú, Judas e Caim foram condenados, não porque faltaram obras em suas vidas, mas porque rejeitaram a Deus. Esaú vendeu seu direito de primogenitura porque não valorizava as promessas divinas (Hebreus 12:16-17). Caim tentou se aproximar de Deus por meio de seu próprio mérito, rejeitando o caminho da fé (Gênesis 4:3-7). Judas teve proximidade com o Senhor Jesus, mas nunca O aceitou de verdade (João 6:70-71). A condenação deles não foi por falta de obras, mas por incredulidade.


3. A Base da Salvação

A salvação é um dom gratuito de Deus para aqueles que creem no Senhor Jesus Cristo, como ensina Atos 16:31: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo". A fé salvadora, contudo, resulta naturalmente em boas obras, como reflexo da vida transformada pelo Espírito Santo (Tiago 2:17-18), mas nunca como um requisito para a salvação.


Conclusão

A doutrina bíblica é clara: somos salvos unicamente pela fé, e as boas obras são consequências, não causa, da salvação. A salvação depende inteiramente da obra de Cristo, e não da fidelidade do homem. Essa verdade é a essência do Evangelho.


Josué Matos

37. Hebreus 6, diz que podemos perder a salvação? (04/03/2025)


O que me escreveram:

Sim, DEUS perdoa qualquer pecado, mas, a blasfêmia contra o Espírito Santo não tem perdão. Judas, experimentou os dons do Espírito Santo, e rejeitou depois o Espírito Santo, para dar lugar a Satanás. Deus não podia perdoar mais Judas, porém, Judas até tentou o arrependimento com Deus. Mas, em Hebreus 6, Deus diz que, quem recebi os dons do Espírito Santo, e conhece a palavra de DEUS, e depois caiu na vida de pecado, não tem mais lugar de arrependimento. Este foi o caso de Judas Iscariotes. Caim, poderia ter confessado seu pecado, e viver com Deus, mas Caim, não quis confessar, DEUS, teve que repreender ele, mas, ele debochou de seu irmão e de Deus. Por isto, Deus o castigou na terra, e no inferno. Caim, perdeu sua oportunidade de reconciliação, quando Deus ofereceu a ele o perdão. Diferente de David, que não quis mais matar ninguém inocente, e adulterar com a mulher do próximo. E o Senhor perdoou Davi, porque, ele confessou e largou os seus pecados. Deus, permite que homens e mulheres maus vivam na terra, mas, muitos não tem mais salvação, porque, blasfemaram contra o Espírito Santo, como: O papa, Adolf Hitler, Saul, etc..... 


Minha Resposta:

A salvação é pela graça mediante a fé, e não por obras, para que ninguém se glorie (Efésios 2:8-9). A ideia de que somente aqueles que foram fiéis até o fim serão salvos introduz um elemento de mérito humano na salvação, o que contradiz o ensino bíblico da justificação pela fé.


O texto de Hebreus 6:4-6, frequentemente citado para sustentar a perda da salvação, trata da apostasia daqueles que, mesmo tendo sido iluminados e participado da obra do Espírito, rejeitam definitivamente a Cristo. No entanto, essa passagem não fala de verdadeiros crentes que perdem a salvação, mas daqueles que tiveram contato com as bênçãos espirituais e deliberadamente rejeitaram o evangelho. Isso se encaixa perfeitamente no caso dos judeus que, tendo conhecido a verdade, voltaram ao judaísmo, negando a suficiência da obra de Cristo.


Judas Iscariotes é um exemplo de alguém que nunca foi verdadeiramente salvo. O Senhor Jesus declarou que ele era um diabo (João 6:70) e que nunca teve verdadeira fé salvadora. Sua participação nos milagres e na pregação do evangelho não indicava uma conversão genuína, mas apenas um envolvimento externo. O mesmo princípio se aplica a Hebreus 6: não se trata de crentes verdadeiros, mas de pessoas que tiveram contato com o evangelho sem um novo nascimento real.


Sobre Caim, a Escritura ensina que ele rejeitou o caminho de Deus e persistiu em sua rebelião. Deus ofereceu-lhe a oportunidade de arrependimento (Gênesis 4:6-7), mas ele recusou. No entanto, isso não prova que certos indivíduos são predestinados à perdição sem possibilidade de salvação, pois a oferta de graça foi feita a ele. Já Davi, embora tenha pecado gravemente, demonstrou um coração verdadeiramente arrependido e confiou na misericórdia divina (Salmo 51).


A questão da blasfêmia contra o Espírito Santo (Mateus 12:31-32) deve ser entendida no contexto em que foi dita. Os fariseus atribuíram ao diabo a obra do Espírito Santo, rejeitando deliberadamente a Cristo. Esse pecado não é simplesmente um ato de infidelidade, mas uma rejeição total e consciente da verdade de Deus. Não há base bíblica para afirmar que certas figuras históricas como Hitler ou o papa, cometeram esse pecado de forma definitiva.


A Bíblia ensina que a verdadeira segurança do crente está na fidelidade de Deus e na obra completa de Cristo (João 10:28-29; Romanos 8:38-39). Quem crê verdadeiramente em Cristo tem a vida eterna e não será lançado fora (João 6:37). A perseverança dos santos não significa que eles são salvos por sua fidelidade, mas que Deus os preserva na fé até o fim (Filipenses 1:6). Portanto, qualquer ideia de salvação baseada na conduta humana, e não na graça soberana de Deus, está em desacordo com o ensino bíblico.


Josué Matos

38. Foi Judas que entregou Jesus a Pilatos? (04/03/2025)


O que me escreveram:

Claro que Jesus (João 19:11) estava falando de Judas. Judas entregou Jesus aos soldados romanos e traiu Jesus, com um beijo. Se não fosse Judas, a crucificação não teria acontecido. É como na lei brasileira, quem manda matar é mais culpado do que quem mata, um inocente. Logo, o pecado maior foi o de Judas.

Judas já sabia muito bem que, ao entregar Jesus, Jesus ia ser crucificado e morto. Muitas reuniões Jesus fez com seus discípulos, para lhe dizerem que a morte dele seria necessária, e falou na frente de Judas, que ele era um traidor, e que sua sentença já estava dada por Deus, por trair o Filho de Deus. Você precisa entender que Jesus morreu. Mas, quem era para ser castigado e morto era toda a humanidade. Isaías 53 diz que Jesus morreu por conta dos pecadores, Jesus suportou o castigo, que nos trouxe a paz com Deus. Toda humanidade é pecadora. Necessita do sangue de um inocente, para perdão dos pecados. 


Minha Resposta:

A afirmação de que Judas foi o principal responsável pela crucificação de Jesus Cristo é um erro básico de interpretação bíblica, fruto de uma leitura superficial e desconectada do contexto geral das Escrituras.


Primeiramente, a prisão, julgamento e crucificação do Senhor Jesus foram resultados da vontade soberana de Deus, como parte do Seu plano redentor. Pedro, ao pregar no dia de Pentecostes, declara claramente: "A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos" (Atos 2:23). Não foi Judas quem planejou a morte de Cristo, mas sim os líderes religiosos judeus, e quem teve o poder de executá-lo foram os romanos.


O próprio Senhor Jesus afirmou a Pilatos: "Nenhuma autoridade terias contra mim, se de cima não te fosse dada; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem" (João 19:11). É incorreto afirmar que Ele se referia a Judas. O texto aponta para o Sumo Sacerdote e as autoridades judaicas que, deliberadamente, levaram Jesus a Pilatos e exigiram sua condenação. O Evangelho de João é claro ao descrever como os principais dos sacerdotes pressionaram Pilatos, ameaçando denunciá-lo a César caso ele não sentenciasse Jesus à morte (João 19:12-16).


A ideia de que Judas foi o fator determinante na crucificação ignora a soberania de Deus e a responsabilidade dos líderes religiosos. Judas, ao trair Jesus, não tinha intenção de levá-lo à morte. Ele já havia visto Jesus escapar de inúmeras situações perigosas, como em Nazaré, quando quiseram atirá-lo de um precipício (Lucas 4:29-30). Sua reação posterior de remorso, devolvendo as 30 moedas de prata e se enforcando (Mateus 27:3-5), indica que não imaginava que sua traição resultaria na condenação de Cristo.


A argumentação de que Judas foi o maior culpado também não faz sentido do ponto de vista legal. Judas apenas indicou quem era Jesus com um beijo, um gesto de identificação, pois os soldados poderiam confundi-lo entre os discípulos. No entanto, o julgamento e a condenação foram obras do Sinédrio e de Pilatos, que, embora reconhecesse a inocência de Cristo, cedeu à pressão política e lavou as mãos de sua decisão.


Portanto, a afirmação de que "se não fosse Judas, a crucificação não teria acontecido" é um completo equívoco. O próprio Senhor Jesus disse que sua morte era necessária para cumprir as Escrituras (Mateus 26:54) e que Ele daria a Sua vida voluntariamente (João 10:18). O plano de Deus jamais dependeria da traição de um homem para se concretizar.


 De fato, o Senhor Jesus várias vezes anunciou que seria morto, como em Mateus 16:21, mas os próprios discípulos não compreendiam essa verdade. Tanto que Pedro, em Mateus 16:22, chegou a repreendê-Lo por dizer isso, mostrando que eles não imaginavam que isso realmente aconteceria. Se até Pedro reagiu assim, fica claro que Judas também não esperava esse desfecho trágico.


Se Judas soubesse de antemão que o Senhor Jesus seria condenado à morte, por que, ao ver que Ele foi condenado, sentiu remorso e devolveu as moedas? Mateus 27:3-4 mostra que ele não esperava esse resultado: 'Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente.' Isso indica que, embora Judas tivesse traído o Senhor Jesus, ele não imaginava que sua entrega levaria à condenação e morte.


Isso se encaixa na lógica do contexto bíblico: os discípulos acreditavam que o Senhor estabeleceria o Reino ali mesmo, naquela época, e não entendiam que Ele deveria morrer primeiro. Se Judas pensava assim, talvez tenha esperado que o Senhor Jesus apenas fosse preso e, de alguma forma, se livrasse da situação, como já havia escapado de armadilhas antes.


O que você mencionou sobre Isaías 53 é essencial! O Senhor Jesus morreu como sacrifício pelos pecadores, e isso era o plano de Deus desde o princípio. Mas, do ponto de vista humano, os próprios discípulos não compreenderam esse plano até depois da ressurreição. Judas fez uma escolha terrível ao traí-Lo, mas não parece ter previsto a crucificação como consequência direta do seu ato.


É sempre bom meditar nesses textos juntos, pois isso nos ajuda a entender melhor os eventos e as intenções por trás das ações dos personagens bíblicos. Deus abençoe seu estudo e crescimento na Palavra!"


Josué Matos

39. Esaú tinha tudo para ser um grande homem de Deus, por que seus pais já eram crentes? (04/03/2025)


O que me esc reveram:

Esaú, escolheu o seu destino. Esaú tinha tudo para ser um grande homem de Deus. Por que, seus pais já eram crentes. E havia ensinado a ele, as coisas de Deus. Mas, ele rejeitou. Amado. A pecados, que Deus não perdoa mais, são blasfêmias contra o Espírito Santo. Todos estes 3, homens, tiveram contato com o Espírito Santo, mas, eles, profanaram o Santo Espírito de Deus. Por isto, João diz, a pecados que são para a morte, estes não se devem orar. Por quê? Porque não adianta, que Deus não vai perdoar. Esaú, tentou lugar de arrependimento, mas não achou. Ou seja, Deus não perdoou mais. Judas, também tentou, mas, Deus não perdoou mais. Caim, nem tentou tentar, foi obstinado, viveu, com Adão e Eva, os dois ser humano, que Deus mais teve intimidade. Caim teve uma boa escola, ouvia Deus falar. Mas, era obstinado. Por isto, chegou o tempo, que Deus o deixou aos seus próprios caminhos pecaminosos, não tendo mais salvação. Amém. 


Minha Resposta:

A ideia de que a salvação depende da fidelidade do homem e que há pecados que Deus não pode mais perdoar não é bíblica. A Escritura é clara ao ensinar que a salvação é um dom gratuito da graça de Deus, não baseada em obras, mas unicamente na fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8-9). Vamos analisar biblicamente as afirmações feitas e esclarecer o ensino correto.

  1. A Salvação não é pelas Obras A Bíblia afirma que "o justo viverá da fé" (Romanos 1:17) e que somos justificados "pela fé, sem as obras da lei" (Romanos 3:28). Se a salvação dependesse da fidelidade do homem, ninguém poderia ser salvo, pois "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3:23). O único fundamento da salvação é o sacrifício perfeito de Jesus Cristo, que pagou pelos pecados dos que creem nEle.

  2. O Caso de Esaú Em Hebreus 12:16-17, lemos que Esaú vendeu sua primogenitura por um prato de lentilhas e que, mais tarde, "procurou arrependimento com lágrimas, mas não achou lugar para o arrependimento". Isso não significa que Deus o rejeitou arbitrariamente, mas que ele não encontrou mais como reverter as consequências da sua escolha. O texto não diz que Deus não o perdoaria se ele verdadeiramente se arrependesse para a salvação, mas sim que ele perdeu os direitos da primogenitura por sua própria decisão.

  3. Judas e Caim Judas Iscariotes traiu o Senhor Jesus e, em desespero, suicidou-se (Mateus 27:3-5). Seu caso não prova que Deus o rejeitou antes de qualquer possibilidade de arrependimento. A questão é que ele não creu em Cristo verdadeiramente. Ele tinha remorso, mas não uma fé genuína para buscar perdão. Caim, por sua vez, foi avisado pelo próprio Deus: "Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti?" (Gênesis 4:7). Deus lhe deu oportunidade de se corrigir, mas ele preferiu seguir seu caminho.

  4. A Blasfêmia contra o Espírito Santo A blasfêmia contra o Espírito Santo mencionada em Mateus 12:31-32 não se refere a qualquer pecado cometido por um crente verdadeiro. No contexto, o Senhor Jesus estava respondendo aos fariseus que atribuíam as obras do Espírito Santo a Satanás. Esse pecado não é um erro isolado, mas um endurecimento contínuo e deliberado contra a verdade divina. Qualquer pessoa que hoje sente o desejo de se arrepender e crer no Evangelho não cometeu esse pecado, pois a própria convicção do pecado vem do Espírito Santo.

  5. O Pecado para a Morte Em 1 João 5:16, lemos sobre o "pecado para a morte". Esse versículo não se refere a uma condenação eterna, mas sim a um pecado que leva à morte física, como julgamento de Deus sobre certos pecados graves. Um exemplo disso é Ananias e Safira (Atos 5:1-11), que mentiram ao Espírito Santo e foram mortos instantaneamente. Isso não significa que eles foram para o inferno, mas que sofreram disciplina divina severa.

  6. Conclusão Deus não rejeita um pecador verdadeiramente arrependido. O chamado do Evangelho é: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mateus 11:28). A doutrina da eleição e da soberania de Deus não contradiz o fato de que "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Romanos 10:13). O perigo está em endurecer continuamente o coração contra a graça divina, não em um suposto pecado que Deus não possa perdoar.

    Portanto, a ideia de que a salvação depende da fidelidade do homem ou de que certas pessoas foram rejeitadas sem possibilidade de arrependimento é contrária ao ensino bíblico. A salvação é pela graça, mediante a fé, e Deus não rejeita aquele que verdadeiramente vem a Ele.

Josué Matos

40. Como começar uma assembleia local? (04/03/2025)


O que me escreveram:

Há algum curso de formação, bem como se começa uma comunidade.
Faço parte das assembleias de Deus.
Qual a visão dos irmãos acerca do pentecostalismo?
 


Minha Respposta:

Agradeço sua mensagem e seu interesse em conhecer mais sobre a visão dos irmãos a respeito do pentecostalismo e sobre como iniciar uma assembleia local cristã fiel aos ensinamentos bíblicos. Procurarei responder da maneira mais clara e objetiva possível.


1. Há algum curso de formação?

No contexto das igrejas que seguem o modelo apostólico do Novo Testamento, não há um curso formal de formação teológica no sentido tradicional, como seminários ou institutos bíblicos. O aprendizado acontece principalmente por meio do estudo diligente das Escrituras, comunhão com irmãos mais experientes e a prática da vida cristã dentro do contexto de uma igreja local.

Os primeiros cristãos aprendiam por meio da exposição contínua da Palavra de Deus e da edificação mútua (Atos dos Apóstolos 2:42). O Espírito Santo é o verdadeiro Mestre, que ilumina as Escrituras para o crente sincero (João 16:13; 1 João 2:27). Assim, o ideal é buscar a instrução diretamente na Bíblia e acompanhar os ensinamentos daqueles que têm uma caminhada mais longa na fé, sempre verificando se o ensino está de acordo com as Escrituras (Atos dos Apóstolos 17:11).

Se deseja aprofundar seu conhecimento, uma boa prática é estudar sistematicamente a Bíblia, buscando orientação de irmãos que possam ajudar a compreender melhor as doutrinas fundamentais da fé cristã.


2. Como se começa uma assembleia local cristã?

Acima de tudo, é essencial que haja pessoas verdadeiramente salvas pela graça de Deus mediante a fé no Senhor Jesus (Efésios 2:8-9).

A formação de uma assembleia de crentes segundo o modelo bíblico não segue um método institucional ou hierárquico, mas um princípio simples e baseado na Palavra de Deus. Alguns pontos essenciais a serem observados:

  1. Cristo como centro – Toda reunião e prática devem estar firmadas na centralidade de Cristo (Mateus 18:20; Colossenses 1:18).

  2. Autoridade da Escritura – A Bíblia deve ser a única regra de fé e prática, sem acréscimos humanos (2 Timóteo 3:16-17).

  3. Reuniões baseadas no modelo do Novo Testamento – No início da igreja cristã, os crentes se reuniam em simplicidade, para oração, ensino da Palavra, comunhão e partir do pão (Atos dos Apóstolos 2:42). Esse é o padrão a ser seguido.

  4. Sem hierarquias clericais – No Novo Testamento, não há um sistema clerical como encontrado em muitas denominações hoje. Os irmãos se reúnem em dependência do Senhor, e aqueles que possuem dons espirituais os exercem para edificação mútua (1 Coríntios 12:4-7; Efésios 4:11-12).

  5. Nomeação de anciãos – Com o tempo, Deus levanta irmãos qualificados segundo as diretrizes de 1 Timóteo 3:1-7 e Tito 1:5-9 para pastorearem o rebanho.

  6. Evangelismo e discipulado – A igreja local deve se preocupar em pregar o evangelho e ensinar os novos convertidos (Mateus 28:19-20).

Se houver um grupo de crentes que deseja se reunir seguindo esses princípios, deve-se começar com oração e estudo da Palavra, pedindo direção ao Senhor.


3. Qual a visão dos irmãos sobre o pentecostalismo?

Os irmãos que seguem a simplicidade do Novo Testamento entendem que o pentecostalismo moderno contém ensinamentos e práticas que não encontram base clara nas Escrituras. Alguns pontos a considerar:

  1. Os dons de sinais foram temporários – Os apóstolos receberam dons especiais para autenticar a mensagem do evangelho na era inicial da igreja (Hebreus 2:3-4; 2 Coríntios 12:12). Com a conclusão do cânon bíblico e a maturidade da igreja, esses dons cessaram, pois seu propósito já havia sido cumprido.

  2. O verdadeiro batismo no Espírito Santo ocorre no novo nascimento – A Bíblia ensina que todo crente é batizado no Espírito Santo no momento em que nasce de novo (1 Coríntios 12:13; Efésios 1:13-14). Não há uma segunda experiência obrigatória como ensinam alguns grupos pentecostais.

  3. O falar em línguas na Bíblia não é o mesmo das igrejas pentecostais – No Novo Testamento, as línguas eram idiomas reais dados como sinal para os incrédulos judeus (Atos dos Apóstolos 2:6-11; 1 Coríntios 14:21-22). Hoje, o dom de línguas, como era conhecido na igreja primitiva, não tem mais função.

  4. A suficiência das Escrituras – Deus fala conosco hoje exclusivamente por meio da Bíblia. Não há novas revelações ou profecias que acrescentem algo à Palavra de Deus (2 Timóteo 3:16-17; Apocalipse 22:18-19).


Isso não significa que os irmãos desconsideram o zelo de muitos pentecostais, mas acreditam que a melhor maneira de servir a Deus é retornar ao padrão bíblico, sem acréscimos ou práticas que não tenham fundamento claro na Palavra de Deus.

Se deseja estudar mais sobre o assunto, encorajo a examinar as Escrituras e buscar a direção do Senhor para entender qual é a Sua vontade.


No amor de Cristo,

Josué Matos

41. A Bíblia dá margem para várias interpretações? (04/03/2025)


O que me escreveram:

O problema é que a Bíblia dá margem a milhares de interpretações e, desse modo, cria milhares de religiões e seitas e todas se julgam a verdadeira. Na verdade, é uma confusão generalizada onde todos se julgam donos da verdade... A verdade suprema e absoluta está somente em Deus Pai e somente Ele pode julgar toda humanidade... Fico tranquilo sabendo que, antes de ser Soberano, Deus é Justo e Misericordioso e nada passa batido aos Seus olhos... 


Minha resposta:

Agradeço sua mensagem e seu interesse em refletir sobre essas questões tão profundas. Concordo plenamente que a verdade absoluta pertence a Deus, pois Ele é o Criador de todas as coisas e o único que tem conhecimento perfeito e infalível. Como diz a Escritura:

"Ao Senhor, teu Deus, pertencerão os segredos, mas as coisas reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei." (Deuteronômio 29:29)

Deus é, de fato, Justo e Misericordioso, e nada escapa do Seu conhecimento. No entanto, isso não significa que Ele nos deixou à mercê da confusão religiosa ou que a Bíblia seja um livro aberto a qualquer interpretação subjetiva. Pelo contrário, a Palavra de Deus foi dada para ser compreendida, e não para gerar caos e divisão.


1. A Bíblia Pode Ser Compreendida?

Você mencionou que a Bíblia dá margem a muitas interpretações, o que leva à formação de diversas religiões e seitas. Isso realmente é um fato histórico, mas será que o problema está na Bíblia ou na forma como os seres humanos a interpretam?

A própria Escritura ensina que Deus não é um autor de confusão:

"Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos." (1 Coríntios 14:33)

A divisão entre religiões ocorre não porque a Bíblia seja ambígua, mas porque muitas pessoas se aproximam dela sem reverência, sem dependência do Espírito Santo e, muitas vezes, com intenções erradas, buscando apoiar suas próprias ideias em vez de permitir que a Palavra molde suas crenças. O apóstolo Pedro já advertia sobre aqueles que distorcem as Escrituras:

"Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição." (2 Pedro 3:16)

Isso significa que existem pessoas que interpretam erroneamente a Bíblia, mas não porque a Bíblia seja contraditória, e sim porque se afastam da correta abordagem espiritual e textual.


2. Como Podemos Saber a Verdade?

A verdade não está em uma multiplicidade de interpretações humanas, mas naquilo que Deus revelou. O Senhor Jesus Cristo declarou:

"Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade." (João 17:17)

Ele também afirmou:

"Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João 14:6)

Isso significa que a verdade suprema não é subjetiva ou relativa. Deus revelou a verdade por meio de Sua Palavra e por meio de Seu Filho. Quando nos aproximamos da Bíblia com um coração humilde e sincero, Deus nos guia à verdade.


3. E as Muitas Religiões?

De fato, existem muitas religiões e seitas que afirmam ser a verdadeira. Mas o próprio Senhor Jesus já nos advertiu que haveria falsos mestres e que muitos seguiriam caminhos de engano:

"Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos." (Mateus 24:24)

A multiplicidade de religiões não é uma prova contra a Bíblia, mas sim uma confirmação daquilo que as Escrituras previram. O Senhor nos convida a examinar tudo e reter o que é verdadeiro (1 Tessalonicenses 5:21).

O critério para discernir entre o verdadeiro e o falso não é a opinião humana, mas aquilo que está conforme a Palavra de Deus. O Senhor Jesus disse:

"Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (João 8:31-32)

4. Deus é Justo e Nada Passa Despercebido

Você expressou confiança no fato de que Deus julgará toda a humanidade com justiça, e isso é uma verdade fundamental. As Escrituras afirmam:

"Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos." (Atos dos Apóstolos 17:31)

A justiça de Deus significa que Ele recompensará os justos e julgará os ímpios. Mas Sua misericórdia também nos dá a oportunidade de sermos salvos, pois Ele deseja que todos venham ao arrependimento (2 Pedro 3:9).


Conclusão

Sim, há muita confusão religiosa no mundo, mas isso não significa que Deus nos deixou sem um caminho claro. A verdade está na Sua Palavra, e Ele nos convida a buscá-la com humildade e sinceridade. Aqueles que realmente desejam conhecer a verdade podem encontrá-la por meio de um relacionamento vivo com Deus através de Jesus Cristo.

Se desejar continuar essa conversa e explorar mais sobre as Escrituras, estou à disposição.


Atenciosamente,
Josué Matos

42. As boas obras nos levam para o céu? (04/03/2025)


O que me escreveram: 

Não tenho dúvida, do que está claro na Bíblia. O senhor, está equivocado. A Bíblia diz que os mortos serão julgados, cada um por suas obras. (Apocalipse 20:11-15) / Atos 10:1-4 / Tiago 2:14-26) Não quer dizer, que um crente, ele vai ser perfeito em obras, mas, as obras dele deve contribuir para a sua salvação, mediante a fé em Cristo. Tiago é bem claro, ao dizer que: "fé sem obras é morta". Salomão, foi salvo! E isso tem como provar na Bíblia: Leia: 1 crônicas 17:11-15 / 2 Samuel 7:12-17).


Minha resposta:

Você está confundindo duas coisas fundamentais: a justificação diante de Deus e as evidências da fé na vida do crente. A salvação não é pelas obras, mas as obras são o fruto da fé verdadeira. Vamos analisar os textos que você citou dentro do seu devido contexto.


1. Apocalipse 20:11-15 - O Julgamento dos Mortos

O texto de Apocalipse 20 fala sobre o juízo do grande trono branco, que é para os mortos ímpios, aqueles que não estão no livro da vida. De fato, eles serão julgados pelas suas obras, mas note que esse julgamento não é para decidir a salvação deles, pois todos que aparecem diante desse trono já estão condenados! Se um homem pensa que será salvo por suas obras, ele será julgado exatamente por elas – e condenado, pois nenhuma obra humana pode ser suficiente diante da santidade de Deus.

Se você acredita que será salvo por obras, esse é o julgamento que você enfrentará. No entanto, os crentes não estarão ali, porque já foram justificados pela fé em Cristo (Romanos 8:1, João 5:24).


2. Atos 10:1-4 – Cornélio e as Suas Obras

Cornélio era um homem piedoso, mas mesmo com todas as suas boas obras ele ainda não era salvo. Se ele fosse salvo por obras, Pedro não precisaria pregar para ele! Mas o que aconteceu? Deus mandou Pedro anunciar o evangelho da graça, e Cornélio creu e recebeu o Espírito Santo (Atos 10:43-44). Isso prova que as boas obras, por mais que sejam apreciadas por Deus, não são suficientes para a salvação.


3. Tiago 2:14-26 – Fé sem Obras é Morta

Este é o trecho que muitos usam para tentar justificar uma salvação pelas obras, mas Tiago não está dizendo que as obras salvam. Ele está dizendo que uma fé verdadeira se manifesta por meio de obras. O que ele combate é a falsa fé, aquela que apenas professa crer, mas não demonstra mudança de vida.

Isso se harmoniza perfeitamente com Efésios 2:8-10:

  • Somos salvos pela graça, mediante a fé, não pelas obras (Ef 2:8-9).
  • Somos criados em Cristo para boas obras (Ef 2:10).

As boas obras são consequência da fé verdadeira, mas não são o meio da salvação. A fé sem obras é morta, porque é uma fé falsa – mas a salvação é somente pela fé em Cristo.


4. E Salomão, foi salvo?

Os textos que você citou (1 Crônicas 17:11-15; 2 Samuel 7:12-17) falam da promessa de Deus a Davi de que seu filho reinaria, e que de sua linhagem viria o Messias. Mas isso não prova a salvação de Salomão. Na verdade, a Bíblia não afirma claramente se Salomão foi salvo ou não. O que sabemos é que ele caiu em idolatria no final de sua vida (1 Reis 11:4-11). Deus não confirmou sua salvação, mas apenas manteve sua promessa a Davi.

Se Salomão se arrependeu no final da vida, como sugere Eclesiastes, então sim, ele foi salvo – mas não pelas suas obras, e sim pela misericórdia de Deus.


Conclusão

  • A salvação é pela graça, mediante a fé, sem as obras (Efésios 2:8-9).
  • As obras são o resultado da fé verdadeira, mas não o meio da salvação (Tiago 2:17).
  • Quem confia nas suas obras será julgado por elas – e será condenado (Apocalipse 20:12).
  • A justificação não vem das obras da lei, mas pela fé em Cristo (Romanos 3:28, Gálatas 2:16).

Se você ainda acha que suas obras contribuem para a sua salvação, então você está confiando em si mesmo, e não em Cristo. Arrependa-se e creia somente na graça de Deus.


Josué Matos

43. Ananias e Safira perderam a salvação? (04/03/2025)


O que me escreveram:

Você ainda acha que Ananias e Safira serão salvos? Você acha que João estava falando de morte física? Isto prova o quanto você é carnal, ao ler e interpretar as Escrituras sagradas. 


Minha Resposta:

Ananias e Safira foram salvos, apesar de sua grave transgressão relatada em Atos 5:1-11. Eles mentiram sobre o valor da venda de uma propriedade, tentando enganar os apóstolos e, consequentemente, o Espírito Santo. Como disciplina divina, Deus os julgou imediatamente, resultando em sua morte física. No entanto, isso não significa que tenham perdido a salvação.


A disciplina severa que receberam deve ser entendida à luz de Hebreus 12:6: "Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho." Deus disciplina Seus filhos para preservar a santidade da Igreja, mas isso não implica que Ananias e Safira foram condenados eternamente. Assim como outros crentes que sofreram disciplina severa, como os coríntios que adoeceram e morreram por participarem indignamente da Ceia do Senhor (1 Coríntios 11:30), Ananias e Safira foram disciplinados com a morte física, mas não perderam sua salvação.


Em relação a 1 João 5:16, o "pecado para a morte" refere-se claramente à morte física como consequência de uma transgressão grave. O contexto das Escrituras mostra que Deus pode aplicar disciplina severa a crentes que persistem em pecado sem arrependimento. Como exemplos, temos Ananias e Safira (Atos 5) e os crentes em Corinto (1 Coríntios 11:30). O texto não está falando de uma condenação eterna, mas de um julgamento divino em vida.


A salvação não vem das obras, nem antes da conversão e nem depois. O pecador é salvo pela graça mediante a fé, e isso é dom de Deus, não das obras (Efésios 2:8-9). Assim, um salvo pode cair em pecado e ser disciplinado, até mesmo com a morte física, mas isso não anula a obra da redenção de Cristo. Uma vez salvo, sempre salvo, pois a salvação é obra exclusiva de Deus e não depende do mérito humano.


Interpretar a salvação como algo que pode ser perdido por causa das obras conduz a um entendimento errôneo do evangelho da graça. O sacrifício de Cristo é perfeito e suficiente para garantir a eterna redenção de todo aquele que crê (Hebreus 10:14). Portanto, mesmo que um crente peque e seja disciplinado, sua salvação permanece segura em Cristo.


Josué Matos

44. Infelizmente, tudo que nos foi ensinado por esse livro, a Bíblia, não é “A VERDADE”. (06/03/2025)


Você tem o direito de questionar a Bíblia, assim como eu tenho o direito de crer que ela é a verdade absoluta. Mas permita-me desafiá-lo a refletir: se a Bíblia não é a verdade, então o que define a verdade? A opinião de um grupo? A experiência pessoal? O sentimento de cada um? Se não há um padrão absoluto, então qualquer coisa pode ser "verdade" para alguém e "mentira" para outro, tornando o conceito de verdade irrelevante.


O próprio Senhor Jesus declarou: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (João 17:17). Se Ele é um mestre confiável, como muitos reconhecem, então Suas palavras precisam ser levadas a sério.


Além disso, a Bíblia tem resistido ao teste do tempo. Ela é historicamente consistente, profeticamente precisa e espiritualmente transformadora. Nenhum outro livro impactou tanto a humanidade em todas as áreas: moral, social, científica e espiritual. Muitos tentaram desacreditá-la, mas a Palavra de Deus permanece firme.


A verdadeira questão não é se a Bíblia é verdade, mas se estamos dispostos a aceitá-la e nos submeter a ela. Afinal, rejeitar a verdade não a torna menos verdadeira.

Se você acredita que a Bíblia não contém a verdade, convido-o a apontar, com base em evidências concretas e não apenas opiniões, onde ela falha. Estou disposto a um diálogo respeitoso e fundamentado.


Que Deus ilumine seu entendimento.


Josué Matos

45. Mas o Sr. crê na Eleição e Predestinação? (07/03/2025)


A doutrina da eleição e da predestinação é uma das mais profundas verdades reveladas nas Escrituras. Ao longo da história cristã, muitos têm debatido sua relação com a responsabilidade humana. No entanto, a Escritura apresenta essas verdades como harmônicas, não contraditórias.


1. Diferença entre Eleição e Predestinação

Embora esses termos sejam frequentemente usados de maneira intercambiável, eles possuem diferenças fundamentais na Escritura:

  • Eleição refere-se à escolha soberana de Deus de determinadas pessoas para a salvação. Essa escolha ocorreu antes da fundação do mundo, conforme Efésios 1:4: "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor."

  • Predestinação diz respeito ao destino que Deus preparou para aqueles que foram eleitos. Em Romanos 8:29-30, vemos que os que foram conhecidos por Deus foram também predestinados a serem conformes à imagem de Cristo. Assim, a predestinação não apenas envolve a salvação, mas também o objetivo final de santidade e glorificação.

A distinção é que a eleição trata da escolha, enquanto a predestinação trata do destino designado para os eleitos.


2. A Soberania de Deus na Eleição

A doutrina da eleição enfatiza que a salvação é uma obra soberana de Deus. Ele não escolhe baseado em qualquer mérito humano, mas segundo o conselho da Sua própria vontade.

Em Atos 13:48, vemos essa verdade: "E creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna." Isso mostra que a fé é resultado da obra divina, não algo que parte da iniciativa humana.

No entanto, a eleição não exclui a necessidade da pregação do Evangelho. Deus não apenas elege, mas também ordena meios pelos quais os eleitos serão chamados, como vemos em Romanos 10:14-15.


3. A Predestinação e o Propósito Divino

A predestinação envolve a ideia de um destino final preparado por Deus. Em Efésios 1:5, lemos que fomos "predestinados para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade." Assim, a predestinação não é apenas para a salvação, mas para uma posição espiritual definida: sermos filhos adotivos de Deus.


4. A Responsabilidade do Homem

Embora a salvação seja uma obra soberana de Deus, a responsabilidade humana é ensinada claramente nas Escrituras. Deus chama todos ao arrependimento, conforme Atos 17:30: "Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam."

O Senhor Jesus declarou: "Todo aquele que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora." (João 6:37). Isso demonstra que os eleitos virão a Cristo, mas também enfatiza que eles devem vir, ou seja, sua responsabilidade é real.

O pecador que rejeita o Evangelho não poderá culpar a Deus pela sua incredulidade, pois João 3:18 afirma: "Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus."


5. Conclusão: Uma Harmonia Perfeita

A eleição e a predestinação não anulam a responsabilidade do homem. Elas são aspectos complementares do plano redentor de Deus. A pregação do Evangelho é necessária, e os que são chamados a crer devem responder em arrependimento e fé.

Deus é soberano em Sua escolha, mas também ordenou que a salvação viesse por meio da fé. Essa tensão entre soberania e responsabilidade é um mistério divino que a mente humana não pode compreender totalmente. O crente deve confiar no plano soberano de Deus e, ao mesmo tempo, proclamar o Evangelho fielmente, sabendo que a salvação pertence ao Senhor.


Dessa forma, não cabe ao homem questionar a justiça divina, mas sim confiar que Deus, sendo perfeito em sabedoria e bondade, conduz todas as coisas para o cumprimento de Seus propósitos eternos.


Josué Matos

46. Os 10 mandamentos são bíblicos? Se faz favor de os ler com muita ATENÇÃO. (07/04/2025)


Os Dez Mandamentos são bíblicos? Claro que sim, ninguém nega isso! Eles fazem parte da Lei que Deus entregou a Moisés no Monte Sinai para o povo de Israel (Êxodo 20:1-17). Mas a questão mais profunda é: qual é o papel da Lei na Antiga e na Nova Aliança? Você já leu com atenção o livro de Gálatas e Romanos 4?


1. Os Dez Mandamentos na Antiga Aliança

Na Antiga Aliança, a Lei foi dada a Israel para revelar o caráter santo de Deus e mostrar ao homem sua pecaminosidade (Romanos 3:20: "pela lei vem o conhecimento do pecado"). O propósito da Lei nunca foi salvar, mas apontar para a necessidade de um Redentor. Como está escrito:

"Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos." (Tiago 2:10)

Ou seja, a Lei não era um meio de salvação, mas um espelho para revelar a incapacidade do homem de cumprir os padrões divinos.


2. O Cumprimento da Lei no Novo Testamento

Com a vinda de Jesus Cristo, algo extraordinário aconteceu. Ele não veio abolir a Lei, mas cumpri-la (Mateus 5:17). Isso significa que Ele obedeceu perfeitamente à Lei e, ao morrer na cruz, satisfez plenamente suas exigências.

Paulo explica isso claramente em Romanos 4, ao mostrar que a justificação não vem pelas obras da Lei, mas pela fé, assim como aconteceu com Abraão:

"Porque se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus. Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça." (Romanos 4:2-3)

Se Abraão foi justificado pela fé antes da Lei ser dada, por que hoje alguém tentaria se justificar por ela?


3. A Nova Aliança e a Lei de Cristo

Na Nova Aliança, a Lei mosaica não é mais o padrão para os crentes. Em vez disso, somos chamados a viver pela Lei de Cristo (Gálatas 6:2), que se baseia no amor a Deus e ao próximo. Isso é reafirmado quando o Senhor Jesus resume toda a Lei em dois mandamentos:

"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas." (Mateus 22:37-40)

Isso significa que, no Novo Testamento, os mandamentos morais de Deus continuam válidos, mas não estamos mais debaixo do jugo da Lei mosaica, que incluía o sábado, as restrições alimentares e os rituais cerimoniais.


4. E o Quarto Mandamento?

Os adventistas insistem na obrigatoriedade da guarda do sábado, mas a Bíblia ensina que o sábado era um sinal específico entre Deus e Israel:

"Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis os meus sábados; porque isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações, para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica." (Êxodo 31:13)

O Novo Testamento não exige que os cristãos guardem o sábado. Pelo contrário, Paulo ensina que ninguém deve ser julgado por isso:

"Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo." (Colossenses 2:16-17)

Se o sábado era uma sombra, e Cristo é a realidade, por que continuar presos a algo que já se cumpriu?


5. O Que a Lei de Moisés Não Pôde Fazer, Cristo Fez

Em Atos 13:38-39, Paulo declara:

"Seja-vos, pois, notório, varões irmãos, que por este se vos anuncia a remissão dos pecados. E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê."

Aqui fica claro: a Lei não pode justificar o homem. Apenas Cristo pode trazer a verdadeira justificação pela fé.


6. Conclusão

Os Dez Mandamentos são bíblicos? Sim. Mas o cristão está debaixo da Lei de Moisés? Não. A justificação vem somente pela graça mediante a fé em Cristo (Efésios 2:8-9).

Então, minha pergunta para você é:
🔹 Você já leu Gálatas e Romanos 4 com atenção?
🔹 Como você explica os textos que dizem que a Lei foi abolida em Cristo (Efésios 2:15) e que o crente não está debaixo da Lei, mas da graça (Romanos 6:14)?


Fico no aguardo da sua resposta! 😊


Josué Matos

47. A Ressurreição dos Justos? (10/03/2025)


Alguém me Perguntou:
Boa noite, irmão, assisti seu vídeo, muito bom ainda mais com viés pré tribulacionista...vou aqui dar minha opinião e peço lhe gentilmente que me corrija, caso veja necessidade: Em 1° tessalonicenses 4:16 diz que os mortos ressuscitarão primeiro (todos) e em Apocalipse 6, os mártires do passado estão clamando pelos mártires da grande tribulação, no texto que o Sr me ciona de apocalipse 20 deixa claro que essa ressurreição tem a ver com a besta e a grande tribulação, logo, essa ressurreição é apenas dos salvos da grande tribulação já que os demais já ressuscitaram e são esses que também vão julgar com Cristo no milênio Se possível me ajuda a entender, obrigado. 


Minha Resposta:

Agradeço por assistir ao vídeo e por compartilhar suas reflexões sobre a ressurreição mencionada em 1 Tessalonicenses 4:16 e Apocalipse 20:4-6. Vamos analisar os textos para compreender melhor as diferentes fases da ressurreição conforme apresentadas nas Escrituras.

1. Ressurreição em 1 Tessalonicenses 4:16

"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro." (1 Tessalonicenses 4:16)

Aqui, Paulo está se referindo ao arrebatamento da Igreja, um evento em que os crentes que morreram em Cristo ressuscitarão, e os crentes vivos serão transformados e arrebatados para encontrar o Senhor nos ares. Esta ressurreição é específica para aqueles que estão "em Cristo", ou seja, os crentes desde o Pentecostes até o momento do arrebatamento.

2. Ressurreição dos crentes do Antigo Testamento

Os crentes do Antigo Testamento também participarão da ressurreição, mas em um momento diferente. Em Daniel 12:2, vemos uma referência clara:

"E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno." (Daniel 12:2)

Os santos do Antigo Testamento, como Abraão, Moisés, Davi e os profetas, serão ressuscitados no final da Grande Tribulação, juntamente com os mártires desse período, para entrarem no reino milenar de Cristo. Essa ressurreição é mencionada em Apocalipse 20:4-6, onde os santos ressuscitam para reinar com Cristo por mil anos.

3. Mártires em Apocalipse 6:9-11

"E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?" (Apocalipse 6:9-10)

Essas almas são dos mártires que morreram por sua fé antes e durante a Grande Tribulação. Eles clamam por justiça, e lhes é dito que descansem por um pouco mais de tempo, até que se complete o número de seus conservos e irmãos que também seriam mortos como eles.

4. Ressurreição em Apocalipse 20:4-6

"E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos." (Apocalipse 20:4-6)

Este trecho refere-se à ressurreição dos mártires da Grande Tribulação, aqueles que não adoraram a besta nem receberam sua marca. Eles ressuscitam para reinar com Cristo durante o Milênio. Essa ressurreição também inclui os santos do Antigo Testamento, pois eles também são participantes das promessas do Reino Messiânico.

Conclusão

As Escrituras apresentam diferentes fases na ressurreição dos justos:

  1. Ressurreição dos que morreram em Cristo: Ocorre no arrebatamento da Igreja, conforme 1 Tessalonicenses 4:16.
  2. Ressurreição dos santos do Antigo Testamento e dos mártires da Grande Tribulação: Ocorre após a Segunda Vinda de Cristo, antes do Milênio, conforme Apocalipse 20:4-6 e Daniel 12:2.

Ambas as ressurreições fazem parte da "primeira ressurreição", destinada aos justos, que reinarão com Cristo. A "segunda morte" não tem poder sobre eles. Os ímpios serão ressuscitados posteriormente, após o Milênio, para o julgamento final.

Espero que esta explicação ajude a esclarecer sua dúvida. Que o Senhor continue a iluminar seu entendimento das Escrituras.


Josué Matos

48. Onde Deus colou o Seu Nome. (10/03/2025)


Alguém me Escreveu:

Deuteronômio, 12:5, diz que é o Senhor Jeová que escolheu o Lugar para pôr ali o Seu Nome, que depois de Siló, definitivamente o lugar foi onde Salomão construiu o Templo. Hoje é a mesma coisa o Senhor Jesus não coloca o Seu Nome onde os homens escolhem, mas onde Ele escolher. Mateus, 18:20; Atos, 4:12. Os homens hoje se formam no curso de Teologia, como pastores, doutores em divindade, chamados apóstolos, reverendos, etc. Seria o Senhor conhecido pelas pessoas através de uma carteira de Universidade? Se assim fosse, o Senhor teria enganado Pedro quando disse que Ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo! Mateus, 16: 16 (redação de Pedro), 17 (resposta do Senhor Jesus). Porque aqui o Senhor Jesus revelou que as revelações dos céus são dadas por Drus e não por uma Universidade humana! Esse é o motivo de se ouvir tanta bobagem quando certos Teólogos, não estou generalizando, certos pastores, a mesma coisa, mas vivem nos meios sociais falando bobagens. Olha os erros que cometeu Agostinho, que é considerado um "pai" da Igreja. Alguns papas, até o pregador Charles Spurgeon que, a meu ver, era um salvo, mas misturava política com o evangelho, o mesmo que fazem a maioria dos chamados pastores hoje. Digo aqui, pastor é aquele que tem o DOM dado por Cristo e não é formado em teologia. A Igreja (Assembleia) que, após a morte do último Apostolo (João), se escravizou neste mundo, começou com a perda do Primeiro Amor, isto é, perdeu o seu foco no Senhor Jesus, e começou a olhar para homens que goram querendo adquirir a primazia. Devemos ler a 3 Carta do Apóstolo João, pois já tinha isso no meio da Igreja ainda no tempo dos Apóstolos. De lá para cá, o LEGALISMO, o processo judaizante, cresceu. Mas tivemos uma bela Obra do Espírito Santo no início do século 1.800, a sexta Carta, que é a Igreja de Filadélfia, onde o Senhor tirou do meio do Sistema Católico Romano e Protestante, muitos irmãos que começaram a partir o pão entre si fora desses Sistemas, tendo somente o Nome do Senhor como terreno de Reunião! Mas nos anos 1848 começou a primeira divisão entre os irmãos, dando início à chamada Laodiceia, que é o ÚLTIMO ESTÁGIO DE DEPRAVAÇÃO DA CRISTANDADE. Damos muitas graças por Deus Pai nos ter alcançado com sua eterna Graça, e nos santificado (separado) do meio dessa CONFUSÃO! 


Minha Resposta:

Agradeço sua mensagem e a preocupação em manter a verdade das Escrituras acima das tradições humanas. De fato, a questão do lugar onde o Senhor coloca o Seu Nome é fundamental na história da redenção. Em Deuteronômio 12:5, vemos que Deus escolheu um local específico para ali colocar o Seu Nome, o que se cumpriu com a centralização do culto em Jerusalém, conforme estabelecido no templo construído por Salomão. No entanto, com a vinda do Senhor Jesus e a obra consumada na cruz, essa centralização física foi substituída por uma realidade espiritual. O próprio Senhor Jesus disse à mulher samaritana:


"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem." (João 4:23)


Assim, hoje, não há um local físico escolhido para a adoração, mas sim uma reunião em Seu Nome, conforme Mateus 18:20:


"Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles."


Sobre a questão do ensino teológico e títulos eclesiásticos, é verdade que a revelação espiritual não é adquirida por diplomas humanos, mas concedida pelo próprio Deus. O Senhor Jesus declarou a Pedro:


"Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi a carne e o sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus." (Mateus 16:17)


A verdadeira sabedoria vem do Espírito de Deus, e não apenas do intelecto humano (1 Coríntios 2:14). No entanto, não podemos desconsiderar que o estudo cuidadoso da Palavra é incentivado nas Escrituras. O apóstolo Paulo, por exemplo, instruiu Timóteo a ser diligente no estudo da verdade:


"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." (2 Timóteo 2:15)


Isso não significa que a formação acadêmica seja um requisito para o ministério, mas tampouco deve ser desprezada quando utilizada corretamente para edificação. O perigo está quando a sabedoria humana substitui a dependência do Espírito Santo.


Com relação à história da Igreja, vemos desde os tempos apostólicos o perigo do desvio do primeiro amor e a busca pela primazia por parte de alguns homens (3 João 9-10). O crescimento do legalismo e da influência do sistema religioso humano após a morte dos apóstolos também é um fato histórico. Contudo, Deus sempre preservou um remanescente fiel ao longo dos séculos, culminando no despertamento de muitos no século XIX, quando irmãos crentes passaram a se reunir fora das denominações religiosas, reconhecendo apenas o Nome do Senhor como base para a comunhão.


Concordo que Laodiceia representa um estágio de mornidão e declínio espiritual nos últimos dias (Apocalipse 3:14-22), e devemos estar vigilantes para não sermos absorvidos pelo espírito desse tempo. Agradeçamos a Deus por Sua graça que nos separou para Si e sigamos perseverando na verdade, sempre com humildade e amor fraternal.


Que o Senhor nos fortaleça em Sua Palavra e nos ajude a permanecer fiéis até a Sua vinda.


Em Cristo,
Josué Matos

49. Em que ano Jesus Nasceu? (10/03/2025)


O que me Perguntaram:

O irmão disse no início (do vídeo) que os 3 gentios (ou visitantes) (Mateus2) vieram no ano 4 antes do Senhor Jesus. Bom, a meu ver, eles chegaram após o nascimento do Senhor, mas não antes Dele, o problema está no calendário que usamos e o que os judeus usam tem alguns anos de diferença. Uns falam 4 anos antes do ano domini, outros, 4.004, isto é, 4 anos depois, etc. Tem muitas controvérsias, mas está certo que não muda nada, pois Aquele que há de vir, virá, e não atrasará, no ano, no mês, no dia certo, Ele virá nos buscar para nos levar onde Ele está! 


Minha Resposta:

Agradeço seu comentário e sua atenção ao conteúdo do vídeo! De fato, a questão da data exata do nascimento do Senhor Jesus é um tema que tem sido debatido ao longo dos séculos devido às diferenças nos calendários e nos cálculos históricos.


O ponto que mencionei sobre os magos virem "antes" do nascimento do Senhor pode ter gerado dúvida, mas o que quis enfatizar é que eles começaram sua jornada antes do nascimento, guiados pela estrela, e chegaram algum tempo depois. As Escrituras mostram que, quando encontraram o menino, Ele já não estava na manjedoura, mas em uma casa (Mateus 2:11), e Herodes, ao perceber que fora enganado pelos magos, mandou matar os meninos de até dois anos (Mateus 2:16), o que sugere que o Senhor Jesus já poderia ter vários meses ou até mesmo mais de um ano de idade quando os magos chegaram.


Quanto ao calendário, você tem razão em mencionar que há diferenças. Nosso calendário ocidental tem um erro de cálculo, pois foi estabelecido no século VI por Dionísio, o Exíguo, e posteriormente ajustado, mas sem precisão absoluta. Muitos estudiosos apontam que o Senhor Jesus nasceu entre os anos 6 a 4 a.C., com base em eventos históricos como a morte de Herodes, que ocorreu por volta de 4 a.C.


Mas, como você bem disse, a data exata não altera em nada o cumprimento dos propósitos divinos! O mais importante é que Ele veio na plenitude dos tempos, conforme Gálatas 4:4:


"Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei."


E, assim como Sua primeira vinda foi no tempo determinado por Deus, Sua volta também será no momento exato estabelecido pelo Pai. Louvemos a Deus por essa certeza bendita! 🙌

Que o Senhor continue nos edificando em Sua Palavra.


Em Cristo,
Josué Matos



50. Filhos podem orar no devocional familiar? (10/03/2025)


Que me Perguntaram:

Irmão Josué, bom dia! Minha família é de 5 pessoas. Meu marido, eu,  filho n° 1 tem 12 anos, filho n° 2 tem 10 anos, filha n° 3 tem 7 anos. Quando nos juntamos para ler a Bíblia e orar. Colocamos sempre os meninos para ler e orar. Estamos fazendo certo desse jeito? Ou só meu marido fala como se estivesse na assembleia? Tenho outra dúvida também! Já faz mais ou menos 7 anos que tive certeza da minha salvação após ouvir o evangelho com Mário Persona. Desde então, compartilho mensagens do evangelho no Facebook. Posso fazer isso? Ou não por ser mulher? Fiquei muito feliz com o estudo da vestimenta e decidi tirar os ornamentos. Vi também o estudo de Rute!


Minha Resposta:

Fico feliz em ver sua dedicação em buscar orientação para conduzir sua família nos caminhos do Senhor. Vamos abordar suas dúvidas à luz das Escrituras e de ensinamentos cristãos sólidos.


1. Participação das crianças na leitura e oração familiar


Envolver seus filhos na leitura da Bíblia e na oração é uma prática altamente recomendada. As Escrituras enfatizam a importância de ensinar as crianças nos caminhos de Deus desde cedo. Por exemplo, em Deuteronômio 6:6-7, somos instruídos a inculcar os mandamentos de Deus nos filhos, falando deles em diversas situações do cotidiano. Além disso, Provérbios 22:6 nos encoraja a ensinar a criança no caminho em que deve andar, garantindo que, mesmo quando envelhecer, não se desviará dele.


No entanto, a oração na família deve seguir os princípios estabelecidos nas Escrituras. Em 1 Timóteo 2:8, o apóstolo Paulo afirma: "Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda." Esse versículo refere-se especificamente aos homens crentes. A oração pública na igreja e dentro do lar deve ser conduzida pelo pai, caso seja um homem salvo. Na ausência do pai em casa, a mãe faz as orações. Os filhos, quando ainda não são crentes, devem aprender ouvindo o pai orar e sendo instruídos na palavra de Deus. Isso lhes proporcionará um modelo para que, quando forem alcançados pelo evangelho, possam orar com entendimento e piedade.


2. Papel do marido e da esposa nas devoções familiares


Embora a liderança espiritual da família seja atribuída ao marido, conforme Efésios 5:23, isso não exclui a participação ativa da esposa nas atividades espirituais do lar. As Escrituras apresentam exemplos de mulheres que desempenharam papéis significativos na instrução e edificação espiritual. Em 2 Timóteo 1:5, Paulo reconhece a fé sincera de Timóteo, que habitou primeiro em sua avó Lóide e em sua mãe Eunice, indicando a influência espiritual feminina na formação de Timóteo. Além disso, em Atos 18:26, Priscila, junto com seu marido Áquila, instruiu Apolo mais pontualmente no caminho de Deus, demonstrando que as mulheres podem apoiar ativamente seu marido no ensino e na edificação espiritual em particular.


3. Compartilhamento do evangelho por mulheres nas redes sociais


Compartilhar mensagens do evangelho é uma forma de cumprir o mandamento de Jesus em Marcos 16:15: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." As Escrituras mostram mulheres que desempenharam papéis ativos na disseminação da fé. Em Filipenses 4:3, Paulo menciona mulheres que "trabalharam comigo no evangelho", reconhecendo sua contribuição no ministério. Além disso, em João 4:28-29, 39, a mulher samaritana, após seu encontro com Jesus, compartilhou sua experiência com os habitantes de sua cidade, levando muitos a crerem nele.


Embora 1 Timóteo 2:12 instrua que a mulher não deve "ensinar, nem exercer autoridade sobre o homem (ou de homem)" no contexto da assembleia, isso não impede que ela compartilhe o evangelho em outras esferas, como nas redes sociais, especialmente quando seu objetivo é alcançar outras mulheres ou o público em geral. Portanto, ao compartilhar mensagens do evangelho no Facebook, você está utilizando uma plataforma moderna para disseminar a Palavra de Deus, o que é louvável. 


Antigamente, muitas mulheres crentes escreviam livros e muitos dos hinos que cantamos hoje foram escritos por mulheres.


4. A questão dos ornamentos e vestimenta cristã


A decisão de remover ornamentos e adotar uma vestimenta modesta não é apenas uma questão de convicção pessoal, mas um mandamento bíblico. Em 1 Timóteo 2:9-10, Paulo ensina que as mulheres devem se ataviar "em traje honesto, com pudor e modéstia; não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras." Além disso, em 1 Pedro 3:3-4, é ensinado que o adorno das mulheres não deve ser o exterior, mas "o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus."


Outro exemplo significativo é encontrado em Gênesis 35:2-4, quando Jacó, ao preparar sua família para um encontro com Deus, ordenou que se desfizessem dos deuses estranhos e dos enfeites, incluindo brincos. Esse princípio permanece válido, pois reflete a separação do mundo e a busca por uma vida que glorifique a Deus em todos os aspectos, inclusive na aparência exterior.


Conclusão


Sua busca por viver uma vida que agrade a Deus e sua dedicação à sua família são inspiradoras. Continue firmada na Palavra, buscando orientação divina em todas as áreas da sua vida. Lembre-se de que a jornada cristã é contínua, e Deus honra aqueles que o buscam de todo o coração.


Que o Senhor continue a abençoar você e sua família abundantemente.


Em Cristo,

Josué Matos

51. Devemos pedir permissão para entrar na Igreja, o Corpo de Cristo? (11/03/2025)


O que me Escreveram:

A igreja que eu congrego hoje, tinha um véu que me separava de Deus, mas que foi rasgado de alto a baixo me dando acesso direito a Deus, e não tem dia e horário marcado pra eu entrar nela, mas entro nela todos os dias pelo sangue e nome de Jesus, e nessa igreja tem um pastor de verdade que se chama Jesus. E nela não existe essa roubalheira de dinheiro e nem a safadeza que existe na igreja CNPJ, como se tem hoje. Se você quiser conhecer essa igreja e o pastor que se chama Jesus, está convidado. Apenas feche seus olhos onde estiver, e peça permissão para entrar em nome de Jesus, e você terá a maior experiência da sua vida na verdadeira casa de Deus hoje, que é a pessoa de Jesus, templo esse que é o seu próprio corpo que foi erguido ao terceiro dia, quando ele ressuscitou. Experimente fazer isso todos os dias, e pode ser na sua casa mesmo ou onde estiver, e você descobrirá onde é a verdadeira casa de Deus hoje, que não é mais no templo de areia e cimento construído pelo homem e registrado em cartório com um CNPJ, mas na pessoa de Jesus.


Minha Resposta:

Obrigado por compartilhar sua opinião e seu convite para conhecer a verdadeira igreja. É muito importante o que você destacou sobre o véu rasgado de alto a baixo, permitindo-nos acesso direto à presença de Deus através do Senhor Jesus Cristo. Realmente, Mateus 27:51 afirma claramente esse fato significativo.


No entanto, é necessário esclarecer alguns pontos importantes para evitar confusão doutrinária:


  1. A Verdadeira Igreja: A verdadeira igreja não é um edifício feito por mãos humanas, mas também não é apenas o Senhor Jesus. Biblicamente falando, a igreja é composta por todos os salvos em Cristo, conforme 1 Coríntios 12:27 diz: "Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular." Portanto, a igreja é coletiva, composta por todos os que creem e não uma única pessoa isoladamente.

  2. Congregação Local: Embora concorde plenamente que algumas instituições religiosas possam ter se corrompido, isso não anula o princípio bíblico claro e firme da importância da congregação local. Hebreus 10:25 adverte: "Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia." Assim, é errado generalizar que toda congregação ou igreja com registro oficial (CNPJ) seja corrupta ou inválida. Existem muitas igrejas locais sérias, piedosas e fiéis às Escrituras.

  3. Registro Civil e Local de Reunião: Para manter um salão aberto ao público, onde a igreja se reúne, a legislação brasileira exige um registro oficial para funcionamento. A Bíblia ensina claramente que devemos obedecer às autoridades civis, conforme Romanos 13:1-2. Portanto, não há nada de errado ou antibíblico nesse procedimento. Talvez o erro esteja em não distinguir o local de reunião do que é, de fato, a igreja que ali se reúne. São coisas muito distintas. Reunir-se em casas é muito bom e bíblico, mas uma assembleia com 200 membros, por exemplo, precisará naturalmente de um local maior, possibilitando várias reuniões durante a semana, algo que em uma casa particular não seria viável. Este local público exigirá um registro para o seu pleno funcionamento, mas isto não tem nada a ver com a igreja que se reúne ali.

  4. Sobre fechar os olhos e pedir permissão para entrar: A Bíblia nunca instrui que devemos fechar os olhos nem pedir permissão para entrar na igreja ou no corpo místico de Cristo. Biblicamente, para pertencer ao corpo de Cristo, é preciso arrepender-se dos pecados e crer de coração no Senhor Jesus Cristo como Salvador pessoal, conforme Romanos 10:9 afirma claramente: "Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." Atos dos Apóstolos 2:41-47 mostra claramente que os novos crentes eram agregados à igreja por meio da fé genuína, não por um ritual específico.

  5. O Corpo de Cristo (literal e místico): O templo ao qual o Senhor Jesus se referiu em João 2:19-21 era o Seu próprio corpo literal e físico, que ressuscitou três dias após a Sua morte. Jesus Cristo está hoje no céu em corpo de carne e ossos, glorificado. O corpo místico de Cristo, que é a Igreja, teve início no dia de Pentecostes, cinquenta dias após a Páscoa. Portanto, é essencial distinguir claramente entre o corpo físico e literal de Cristo e o corpo místico, a Igreja, que é composta por todos os salvos.

  6. Cristo como Pastor Supremo e pastores locais: Sem dúvida, o Senhor Jesus é o nosso Supremo Pastor (João 10:11). Contudo, as Escrituras também mencionam claramente pastores locais, presbíteros ou anciãos estabelecidos por Deus nas congregações locais. Veja Atos dos Apóstolos 20:28: "Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue." Esses homens são responsáveis diante de Deus para cuidar do rebanho local, sob autoridade do Supremo Pastor, Cristo.

  7. Comunhão dos santos: A comunhão pessoal e diária com Cristo é essencial, mas não substitui a comunhão presencial com os demais crentes. Atos dos Apóstolos 2:42 menciona que os primeiros cristãos "perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações." Isso mostra claramente que o reunir-se fisicamente com outros irmãos em Cristo é bíblico, saudável e necessário.


Em resumo, a verdadeira igreja envolve sim o relacionamento pessoal com Cristo, mas também inclui o vínculo fraternal com os demais membros do corpo de Cristo, reunindo-se localmente de maneira bíblica, ordenada e estruturada, para edificação mútua.


Que Deus abençoe e esclareça ainda mais seu entendimento e o guie sempre em Sua Palavra.


Com amor em Cristo,

Josué Matos

52. Só existe o Pai e Filho, sendo o Espírito Santo


O que me Escreveram:

Em Mateus 1:18 está dito que Jesus foi gerado ou concebido pelo Espírito Santo. Se o Espírito Santo é uma pessoa, a 3ª pessoa da Trindade, logo, se Deus é uma Trindade e se o Espírito Santo é a 3ª pessoa da Trindade, então quem é o pai de Jesus? A 1ª pessoa ou a 3ª pessoa? Fica claro que o Espírito Santo é o poder que Deus Pai usou para gerar Jesus no ventre de Maria. 

Eu creio em Deus como uma família constituída da pessoa do Pai e da pessoa do Filho. O Espírito Santo como sendo o poder que unifica e dá expressão a essa família, que se expandirá na eternidade, incorporando todos os salvos. (2Pe 1:4) Não parece bíblico dizer que Eles são pessoas coiguais, quando o próprio Filho diz que o Pai é maior que todos, incluindo Ele (João 10:9; 14:28;) e que Ele é submisso eternamente ao Pai. "Porque todas as coisas [o Pai] sujeitou debaixo de seus pés [do Filho]. Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que sujeitou todas as coisas. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos" (1 Coríntios 15:27,28) Antes, em 1 Coríntios, Paulo afirmou claramente que "a cabeça de Cristo é Deus" (11:3). Em ambas as passagens, Paulo descreve dois Seres divinos individuais, com Jesus sujeito a Deus Pai. 


Que Respondi:

Vamos analisar suas afirmações e suas referências bíblicas:

Resposta ao Dualista sobre Mateus 1:18 e a Trindade

A resposta a essa questão precisa ser bíblica e teologicamente sólida, considerando o ensino das Escrituras sobre a Trindade e a encarnação do Senhor Jesus Cristo. Vamos analisar ponto por ponto o argumento apresentado.

1. O Espírito Santo e a Geração de Cristo

Mateus 1:18 declara:

"Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo."

O dualista argumenta que, se o Espírito Santo é uma Pessoa distinta da Trindade, então Ele seria "o pai" de Jesus, e não Deus Pai. No entanto, esse raciocínio ignora a unidade da Trindade e a maneira como Deus opera.

A Bíblia ensina claramente que Deus Pai enviou o Filho ao mundo e que o Espírito Santo foi o agente da concepção virginal. Isso não significa que o Espírito Santo seja "o pai" de Jesus, mas que Ele foi o meio pelo qual a encarnação aconteceu.

Lucas 1:35 esclarece isso ainda mais:

"E, respondendo o anjo, disse-lhe: O Espírito Santo virá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus."

Aqui há uma distinção clara:

  • "O Espírito Santo virá sobre ti" → Ele é o agente da concepção.
  • "A virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra" → Isso enfatiza que o poder de Deus estava operando.
  • "Pelo que também o Santo... será chamado Filho de Deus" → O Senhor Jesus não é chamado "Filho do Espírito Santo", mas "Filho de Deus".

Isso demonstra que o Espírito Santo não é "o pai" de Jesus, mas Aquele que realizou a concepção de maneira milagrosa, sem participação humana.

2. O Espírito Santo Não é Apenas um Poder

O argumento do dualista afirma que o Espírito Santo é meramente "o poder de Deus" e não uma Pessoa divina. Essa visão é incorreta e contradiz diversas passagens bíblicas que mostram o Espírito Santo como uma Pessoa divina distinta.

  • O Espírito Santo fala: "E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro." (Atos 8:29).
  • O Espírito Santo ensina: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas." (João 14:26).
  • O Espírito Santo intercede: "E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis." (Romanos 8:26).

Poder não ensina, não fala, não intercede. Somente uma Pessoa pode fazer isso. O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Trindade, não uma mera força impessoal.

3. Deus Pai é Quem Envia o Filho

As Escrituras afirmam consistentemente que Jesus é o Filho do Pai, não do Espírito Santo:

  • "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito." (João 3:16).
  • "E nós temos visto e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo." (1 João 4:14).

Se o Espírito Santo fosse "o pai" de Jesus, essas passagens fariam pouco sentido. O Pai enviou o Filho, e o Espírito Santo foi o agente da concepção no ventre de Maria, mas isso não faz do Espírito Santo "o pai" de Jesus.

Conclusão

O erro do dualista está em ignorar a distinção entre as Pessoas da Trindade e a unidade delas. Ele tenta aplicar uma lógica humana à natureza divina, sem levar em conta como Deus se revelou nas Escrituras.

  • Deus Pai é o Pai de Jesus, pois foi Ele quem O enviou ao mundo.
  • O Espírito Santo é a Pessoa divina que realizou o milagre da concepção no ventre de Maria, mas Ele não é "o pai" de Jesus.
  • O Senhor Jesus Cristo é o Filho eterno de Deus que assumiu a forma humana por meio desse nascimento milagroso.

O argumento dualista não se sustenta biblicamente. Ele reduz o Espírito Santo a um mero "poder", quando a Escritura claramente o apresenta como uma Pessoa divina. Além disso, desconsidera a unidade da Trindade na obra da encarnação.

O Senhor Jesus foi gerado pelo poder do Espírito Santo, mas Ele é chamado Filho de Deus porque foi enviado pelo Pai. Isso está totalmente de acordo com a doutrina da Trindade e com o ensino das Escrituras.


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A visão apresentada afirma que Deus é uma "família" composta pelo Pai e pelo Filho, enquanto o Espírito Santo seria apenas o poder unificador dessa relação. No entanto, essa perspectiva não reflete plenamente o ensino bíblico sobre a Trindade e a divindade do Espírito Santo.


1. A Pluralidade de Pessoas em Deus

A Bíblia ensina claramente que Deus existe em três Pessoas distintas, e não apenas duas. Desde o Antigo Testamento, encontramos indícios da pluralidade dentro da Divindade:

  • Gênesis 1:26 – "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..."
  • Isaías 6:8 – "A quem enviarei, e quem há de ir por nós?"
  • Mateus 28:19 – "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo."

A fórmula batismal citada pelo Senhor Jesus coloca o Espírito Santo no mesmo nível do Pai e do Filho, reforçando a ideia de Trindade e de igualdade entre as Pessoas divinas.


2. O Espírito Santo Não é Apenas o "Poder" de Deus

A visão de que o Espírito Santo é meramente "o poder" de Deus não é sustentada pelas Escrituras. O Espírito Santo é uma Pessoa divina, pois:

  • Ele fala: "E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro." (Atos 8:29)
  • Ele ensina: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas..." (João 14:26)
  • Ele intercede: "O mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis." (Romanos 8:26)
  • Ele pode ser entristecido: "E não entristeçais o Espírito Santo de Deus..." (Efésios 4:30)

Esses atributos indicam personalidade e inteligência, e não meramente uma força impessoal ou uma "energia divina".


3. O Filho é Submisso ao Pai em Função e Não em Essência

O argumento apresentado se baseia em textos como João 14:28 ("O Pai é maior do que eu") e 1 Coríntios 15:27-28 (a submissão do Filho ao Pai). No entanto, a submissão do Senhor Jesus ao Pai refere-se à Sua posição funcional dentro do plano redentor e não a uma inferioridade em essência ou natureza.

  • O Senhor Jesus assumiu a forma de servo: "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo..." (Filipenses 2:6-7)
  • O Senhor Jesus afirma sua igualdade com o Pai: "Eu e o Pai somos um." (João 10:30)
  • Ele é chamado de Deus: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (João 1:1)

A submissão do Filho ao Pai dentro do plano da redenção e no cumprimento do governo divino não significa inferioridade ontológica. O mesmo ocorre no relacionamento humano: uma esposa pode ser submissa ao seu marido sem ser inferior a ele em essência ou valor.


4. O Cabeça de Cristo é Deus – Explicação Correta de 1 Coríntios 11:3

O texto de 1 Coríntios 11:3 ("a cabeça de Cristo é Deus") precisa ser entendido no contexto da ordem funcional dentro da Trindade. A Bíblia mostra que:

  • O Pai envia o Filho (João 3:16), mas isso não significa que o Filho seja inferior.
  • O Filho glorifica o Pai, mas Ele mesmo também é glorificado (João 17:1-5).
  • A submissão do Filho ao Pai não anula Sua divindade.

Se tomássemos o argumento de que a submissão funcional implica inferioridade essencial, então também precisaríamos dizer que uma esposa é ontologicamente inferior ao marido, o que não é verdade segundo a Escritura (Gálatas 3:28).


5. O Ensino Bíblico da Trindade

A doutrina da Trindade ensina que Deus é um único Ser em três Pessoas coiguais e coeternas:

  • O Pai é Deus (Efésios 4:6)
  • O Filho é Deus (Tito 2:13)
  • O Espírito Santo é Deus (Atos 5:3-4)

Essas três Pessoas são distintas, mas compartilham a mesma essência divina. Isso é diferente da visão modalista (que nega a distinção entre as Pessoas) ou da visão subordinacionista (que faz do Filho e do Espírito seres inferiores ao Pai).


Conclusão

A ideia de que Deus é apenas uma "família" composta pelo Pai e pelo Filho, e que o Espírito Santo é apenas um "poder", não encontra respaldo nas Escrituras. A Bíblia claramente ensina que:

  • O Pai, o Filho e o Espírito Santo são Pessoas distintas, mas um único Deus.
  • O Espírito Santo é uma Pessoa e não meramente um poder.
  • A submissão do Filho ao Pai é funcional e não essencial.
  • A Trindade é a forma bíblica de compreender Deus.

Negar a plena divindade do Espírito Santo e a coigualdade entre o Pai e o Filho resulta numa visão distorcida da revelação bíblica. O correto é afirmar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três Pessoas distintas, mas unidas na mesma essência divina, eternamente coexistentes como o único Deus verdadeiro.


Josué Matos